Conversa daqui, papo de lá, muxoxos, nhenhenhens e sempre uma sombra da tal crise no ar. Achamos por bem, e por ser novamente oportuno, repetir o editorial que publicamos na edição nº 4 . março/abril de 1991. Ele fala por si:
Uma parábola para os nossos tempos: ” Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros quentes. Não tinha rádio e por deficiência de vista, não conseguia ler jornais, mas em compensação vendia bons cachorros quentes. Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava:
– Olha o cachorro quente especial! E as pessoas compravam. Com isso aumentou os pedidos de pão e salsicha, e acabou construindo uma boa mercearia. Então, mandou buscar o filho que estudava na Universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio e, alguma coisa aconteceu.
O filho veio e disse:
– Papai, o senhor não tem ouvido o rádio? Não tem lido os jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima!
Diante disso, o pai pensou: meu filho estudou na universidade, ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo! E reduziu seus pedidos de pão e salsicha, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros quentes.
As vendas caíram do dia para a noite e ele disse ao filho, convencido:
– Filho, a crise é muito séria.
Este é o texto de um reclame da Quaker americana de 24 de fevereiro de 1958. Foi traduzido e divulgado pela agência Ellce de São Paulo e publicado no caderno de informática do jornal “O Globo” de 15 de abril de 1991.
Esperamos que os aqüicultores tirem uma lição dessa parábola: os resultados dos cultivos também crescem com a sua divulgação.
Contem com a gente.
Os editores