O IX Simbraq – Simpósio Brasileiro de Aqüicultura, levou muita gente à cidade mineira de Sete Lagoas, que retribuiu aos visitantes com a sua hospitalidade, esmerada pelo empenho dos organizadores do evento.
A solenidade de abertura foi marcada pela ausência do Ministro da Agricultura Arlindo Porto Neto, frustrando à todos que queriam ouvi-lo falar dos planos do Governo Fernando Henrique para a atividade. Perdeu o Ministro a chance de conhecer mais de perto quem pratica aqüicultura e ganharam os pesquisadores e aqüicultores uma decepção com a sua ausência. Com isso, mais uma vez, assistimos José Ubirajara Timm discursando numa abertura de encontros de aqüicultura. Sendo assim, tudo ocorreu como o esperado, com algumas palestras enchendo o plenário e outras dando oportunidade para um bom bate-papo do lado de fora, momento em que os amigos se reencontram.
Painéis
Cerca de 150 painéis foram expostos durante os três dias do evento. Não dá p’ra gostar muito desta forma de expor uma pesquisa, mas ainda não inventaram uma forma mais interessante para substituí-la. Muita gente, pouco espaço e muito texto na frente. Não fossem os resumos impressos e distribuídos aos participantes, seria impossível separar o joio do trigo. Para os que não foram, vale a pena adquirir os exemplares desse resumo, caso ainda estejam disponíveis, para poder contactar diretamente os autores. Muitos trabalhos merecem ser lidos na íntegra e só Deus sabe quando sairão os anais, haja visto que os do VIII Simbraq realizado em 1994, em Piracicaba – SP, ainda não foram distribuídos.
Eleições
A chapa única Tra31dição, encabeçada por José Augusto “Zelão” Ferraz de Lima, foi eleita por aclamação por uma platéia cansada, após um dia inteiro de atividades, enquanto aguardava o jantar de confraternização.
Manda o bom juízo não se fazer compras em supermercado quando se está com fome. O Simbraq mostrou também que fazer assembléia da Abraq antes do jantar, com todos já ocupando seus lugares à mesa, também não dá muito certo.
Alterações importantes no estatuto da Abraq foram legitimadas, com a platéia pouco disposta a refletir sobre suas conseqüências. Um mandato de três anos foi rapidamente aceito pela assembléia que não pensou, por exemplo, como ficarão as agendas dos próximos Simbraqs com essas mudanças, que tradicionalmente se realizam a cada dois anos. Com o mandato de três anos, a atual diretoria eleita realizará o Simbraq em 1998, deixará o cargo em 1999 e a eleita a seguir herdará o fardo pesado de realizar dois Simbraqs, o de 2001 e o de 2003, numa única gestão.
José Augusto Ferraz, ao assumir a Abraq, prometeu uma diretoria ativa com um bom time de representantes estaduais norteando os rumos da associação e, desde já, incumbiu seu vice-presidente, José Arlindo Pereira da UFPE, de realizar em Recife o X Simbraq.