O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Secretaria de Planejamento – SEPLAN em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA está introduzindo a metodologia dos Aglomerados Econômicos (Clusters), com o objetivo de apoiar as atividades econômicas prioritárias para o Estado, entre as quais destaca-se a carcinicultura. A teoria amplia o conceito de fatores produtivos, introduzindo a análise de todos os atores do mercado direta ou indiretamente envolvidos na produção e comercialização de um produto ou serviço, incluindo os fornecedores de insumos, produtores, exportadores, técnicos, instituições de pesquisa e suporte tecnológico, órgãos responsáveis pela certificação de qualidade, transportadores, entre outros.
A Agência de Fomento do RN – AGN foi designada pelo grupo de trabalho responsável junto ao Governo do Estado, para coordenação do Cluster do Camarão, cujas atividades já vêm sendo desenvolvidas com expressiva participação dos produtores e demais elos da cadeia. Inicialmente, pretende-se subsidiar a formulação de um “Plano de Desenvolvimento Sustentável para a Carcinicultura”, a partir de um processo participativo, o qual deverá orientar uma série de ações de fomento a serem viabilizadas pela AGN à iniciativa privada e outras intervenções públicas de ampliação e melhoramento de infra-estrutura, que permitam alavancar o desenvolvimento do setor.
Crédito para a Carcinicultura
A Agência de Fomento do RN – AGN, no seu processo de credenciamento junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, identificou apenas uma linha de crédito disponível para a Carcinicultura (PROCAMOL), cujo alcance é restrito a algumas operações do processo produtivo.
Segundo Oswaldo Ribeiro, Promotor de Negócios da AGN, face à importância econômica e ao desenvolvimento da atividade no Estado, a Agência assumiu como prioridade a elaboração de uma proposta para financiamento denominada “Operação-Programa”, proposta essa elaborada com participação dos diversos elos da cadeia produtiva não contemplados pelas linhas de crédito tradicionais, a qual será negociada em bloco com o BNDES. Com a consolidação da Operação-Programa, a Agência espera uma ampliação significativa na área atualmente ocupada com viveiros (1.752 ha para 15.000 ha em 2002), já que existe um potencial para exploração estimado em 30.000 ha. O incremento da área possibilitará um crescimento na produção das atuais 7.000 ton/ano para 67.500 ton/ano.
Operações semelhantes deverão ser elaboradas pela AGN para outras atividades/setores considerados prioritários, tais como a tilapicultura e a malacocultura. Para mais informações o telefone da AGN é (84) 232-1592 ou e-mail: [email protected]