Aqualider vence licitação e dá a partida para a sua engorda de bijupirá

A empresa pernambucana Aqualider, que atua na reprodução de camarões marinhos há mais de 10 anos, e que mais recentemente expandiu seu foco para o cultivo do bijupirá, venceu em 18 de fevereiro a licitação pública e obteve o primeiro Termo Cessão de Área, podendo, finalmente, instalar o seu cultivo numa área distante nove milhas náuticas (ou 16,5 quilômetros), em frente a Praia de Boa Viagem, na capital pernambucana. Na área, com profundidade de 30 metros, deverão ser instalados ao longo dos próximos três anos, 48 gaiolas ou tanques-rede, que possuem 25 metros de diâmetro e 11 metros de profundidade. São estruturas flutuantes confeccionadas com tubos de polietileno de alta densidade (PEAD), de tecnologia norueguesa e similares às utilizadas nos cultivos de salmão no Chile, e de outras espécies, na Europa.

A expectativa é de que a primeira gaiola seja instalada em abril, quando também serão estocados para a engorda os juvenis que a Aqualider já está produzindo no seu laboratório localizado em Porto de Galinhas, município de Ipojuca. A estimativa de produção é de cerca de 90 toneladas por gaiola, o que representará pouco mais de 4.000 toneladas ao ano, quando o projeto estiver totalmente implementado, daqui a 3 anos.

O bijupirá é uma espécie tropical e subtropical costeira que se distribui por todos os oceanos, exceto no Oceano Pacífico Leste. No Brasil ele ocorre desde a Região Norte até o Estado de São Paulo, embora seja mais comum no Norte e Nordeste. O País pesca cerca de 1.160 toneladas de bijupirá por ano, sendo os principais Estados produtores o Pará e o Ceará, com 724 e 346 toneladas, respectivamente. No mercado nacional o preço do quilo do bijupirá varia de R$ 15 a R$ 25 nos supermercados. Segundo a Aqualider, tanto o mercado nacional como o internacional estão nos planos de comercialização do produto final.