Biorremediação reduz compostos tóxicos gerados pelos peixes e auxilia sustentabilidade da piscicultura

Durante o IFC 2024, de 23 a 25 de setembro em Foz do Iguaçu, a MSD Saúde Animal apresentará novo portfólio na área, agora com biorremediadores

A qualidade da água na produção de peixes desempenha um papel fundamental no sucesso produtivo, uma vez que os animais realizam as trocas gasosas por difusão direta entre o sangue e a água através das brânquias. Quando o meio aquático está com parâmetros inadequados, a saúde dos peixes é diretamente comprometida. Por isso, a busca por soluções efetivas de recuperação de ambientes aquáticos na piscicultura tem se tornado um elemento-chave para promover a sanidade e a intensificação sustentável dessa atividade.

O médico-veterinário Delton Pereira, gerente de vendas da unidade de negócios de Aquicultura da MSD Saúde Animal, explica que diversas abordagens podem ser adotadas para garantir a qualidade da água em sistemas de produção. Entre elas, destaca-se o uso de microrganismos, principalmente bactérias, devido à eficácia ecológica e viabilidade econômica (RIBEIRO, 2013). “A prática é chamada de biorremediação e desempenha um papel crucial na redução dos compostos tóxicos gerados pelos peixes”, diz.

Com essa abordagem, utilizam-se processos naturais para converter contaminantes em formas inofensivas, promovendo um ambiente sustentável para a aquicultura (MUELLER et al., 1996; VIDALI, 2001; ABATENH et al., 2017). Esses processos se dão porque os microrganismos utilizam substâncias orgânicas como fonte de energia e carbono para suas atividades metabólicas, e a piscicultura gera um grande volume de resíduos orgânicos.

Segundo AZUBUIKE et al. (2016), os processos de biorremediação podem ser classificados em duas categorias principais, in situ e ex situ. Os termos significam no local da contaminação e fora dele, em estruturas apropriadas. “Tendo em mente o desafio do acúmulo de matéria orgânica em viveiros de piscicultura, os custos da remoção mecânica e o impacto na produtividade, a biorremediação torna-se uma ferramenta essencial para o sucesso da produção”, afirma Delton.

Um exemplo de bactéria utilizada na biorremediação de substâncias orgânicas na piscicultura é o gênero Bacillus (SOLTANI et al., 2019), pois possui ampla capacidade de degradar uma variedade de compostos orgânicos, como proteínas, lipídios e carboidratos, reduzindo a carga de matéria orgânica presente na água (SHIVALKAR et al., 2021).

Viveiro escavado com acúmulo de matéria orgânica ao final do ciclo

Biorremediadores no mercado

Para auxiliar os piscicultores nessa tarefa, a MSD Saúde Animal integrou dois biorremediadores ao seu portfólio. As novas soluções da empresa promovem um ambiente aquático equilibrado, reduzindo a necessidade de renovação de água e tornando o cultivo mais seguro, produtivo e sustentável. Os produtos, aliados ao mais amplo portfólio de vacinas para tilápias do mercado, tornam a companhia estratégica na prevenção de doenças e ganhos em produtividade. “Atuamos no suporte aos produtores para que obtenham a máxima rentabilidade nos seus empreendimentos, superando os desafios do dia a dia nas pisciculturas e carciniculturas do Brasil”, ressalta Delton.

As novidades no portfólio da empresa incluem o PondPlus e PondDtoxO primeiro é um biorremediador composto por uma mistura sinérgica de bactérias do gênero Bacillus, sendo elas Bacillus subtilis, Bacillus megaterium, Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus licheniformis Bacillus pumilus. Elas possuem ampla capacidade de adaptação aos ambientes aquáticos, degradam a matéria orgânica e promovem o equilíbrio dos viveiros.

Já o PondDtox é um biorremediador especializado na prevenção ou remoção do gás sulfídrico tóxico dos viveiros de peixes e camarões. Além de também ter em sua composição bactérias Bacillus megaterium, traz a Paracoccus pantotrophus, uma bactéria natural eficaz na oxidação do sulfeto de hidrogênio, gás altamente tóxico para camarões e peixes e que causa mortalidade rápida e massiva nos viveiros.

As duas soluções serão destaques da MSD Saúde Animal durante o International Fish Congress & Fish Expo Brasil IFC, de 24 a 26 de setembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná. “Todos que quiserem conhecer os novos produtos em nosso portfólio e sanar dúvidas sobre ações estratégicas para o sistema produtivo de peixes podem nos procurar no IFC. Escolhemos esse evento para apresentar o novo portfólio devido a sua relevância e reconhecimento, com a reunião de diversos profissionais e produtores da área”, completa o médico-veterinário.