Participação brasileira mantém tendência de queda
As incertezas em função dos impactos da ação antidumping, resultaram numa fraca importação de camarões pelo mercado norte-americano durante os quatro primeiros meses do ano de 2005. Embora algumas dessas incertezas ainda persistam no que diz respeito à revisão do processo, o início do ano de 2006 tem observado um aumento no volume das importações americanas acima de 11% em relação a janeiro do ano passado. Os resultados para o mês de janeiro de 2006 mostram um aumento das importações provenientes do Equador, China e Índia, e um declínio para as importações provenientes da Tailândia, Vietnã e Brasil, comparando com o mesmo mês do ano passado.
Apesar de uma redução de cerca de 10% nos volumes exportados para os USA, a Tailândia ainda continua sendo o maior fornecedor de camarões para o mercado norte-americano, sendo responsável por aproximadamente 25% do total das importações de camarão (em janeiro do ano passado foi de 30%). Um aumento de quase 50% nas importações provenientes da China, elevou esse país à segundo maior fornecedor de camarões para os USA, enquanto a Indonésia, que não foi afetada pela ação antidumping, passou para a terceira posição, com 5.200 toneladas, um aumento de 26%.
As importações totais de camarão provenientes do Equador em 2005 aumentaram mais de 30%, comparadas ao ano anterior, e essa tendência ascendente tem continuado no ano de 2006, com um aumento de 47% nas importações durante o mês de janeiro, alcançando 4.700 toneladas. Em contraste, a tendência de declínio nas importações oriundas do Brasil, que foi evidente no ano de 2005, continua no presente ano, com volumes cerca de 80% menores no último janeiro, onde apenas 100 toneladas foram importadas. O declínio nas vendas de camarão do Brasil para o mercado dos USA tem sido influenciado pela queda na produção das fazendas nos últimos dois anos.
Uma questão final se refere às conseqüências da revisão administrativa do processo antidumping. Rumores recentes sugerem que duas empresas brasileiras, sete da China, cinco do Equador, cinco da Tailândia, três do Vietnã e 25 da Índia, pediram revisão no processo. No entanto, acredita-se que o Departamento de Comércio norte-americano (DOC), irá usar uma nova metodologia de amostragem, visando selecionar ao acaso um número não específico de empresas em cada um dos seis países para a revisão do processo antidumping.
No ambiente atual de mercado, as perspectivas para as exportações dos USA para o segundo quadrimestre, continuam incertas. O quadro acima, apresenta uma comparação entre as importações norte-americanas de camarão dos principais países fornecedores, para o mês de janeiro dos anos de 2005 e 2006.