Os primeiros camarões Macrobrachium rosenbergii foram introduzidos na Argentina em 1989 pela empresa privada Carblana S.A., localizada em Corrientes, situada a 7 km do aeroporto local, numa zona de clima subtropi-cal a 600 km de Foz do Iguaçu e 400 km de Uruguaiana.
Segundo Sergio Rivelli, diretor do Departamento de Aquacultura da empresa, neste ano foi construído um projeto piloto de engorda de pós-larvas importadas do Brasil, compradas da fornecedora Crevette no RJ, com resultados satisfatórios, levando-se em conta que tratava-se de uma primeira experiência de cultivo desta espécie na Argentina. Foram conseguidos exemplares de tamanho comercial produzidos no tempo e padrão previstos no cronograma da fazenda, de acordo com a tecnologia utilizada sob consultoria de profissionais estrangeiros com experiência de êxito em cultivos de escala comercial e, já em 1991, foram obtidas as primeiras pós-larvas da história da aquicultura na Argentina.
O laboratório existente, tem como gerente o oceanógrafo brasileiro Carlos Alberto da Silva, o Cadau, e possui capacidade de 6.000.000 de pós-larvas/ciclo em circuito fechado controlado e comandado por computador.
QUALIDADE
Com a pretensão de alcançar os mercados interno e externo, criou-se um produto de qualidade para exportação. Os camarões cultivados nos atuais 15 ha são selecionados à mão e podem ser encontrados com ou sem cabeça, com casca ou não, crús ou cozidos, frescos ou congelados, com seus preços baseados no mercado internacional no momento da venda.
A engorda é realizada em sistema de média produtividade ou semi-intensiva, com utilização de berçários na fase de pré-engorda. A empresa conta também com uma planta para a produção de ração balanceada.
A área total de engorda prevista para o projeto é de 50 ha com custo total estimado em US$ 2.500.000,00, gerando empregos diretos para 55 pessoas, das quais 35 serão permanentes e 20 temporárias.
Um dos segredos do desenvolvimento da empresa argentina é seu cronograma de atividades e treinamento elaborado para o pessoal técnico, o qual inclui estágios em fazendas de produção, visitas a outros projetos, participação em cursos, simpósios e congressos, de forma a se obter atualização permanente.