A Nutron Alimentos realizou, no início de agosto, o “Seminário Internacional de Carcinicultura 2005”, um evento com duração de dois dias, realizado nas cidades de Forlaleza (dias 2 e 3/8) e Natal (dias 4 e 5/8). Ao abrir o evento de Fortaleza, o médico veterinário Luciano Roppa, diretor presidente da Nutron Alimentos, explicou que os seminários acontecem com regularidade em todos os segmentos da empresa, e fazem parte da estratégia de atendimento aos clientes, que dessa forma têm a oportunidade de ter um contato estreito com os especialistas de sua atividade. Os carcinicultores presentes em Fortaleza e Natal tiveram a oportunidade de conhecer o Dr. Addisson Lawrence, da Texas A&M University. Toda a sua apresentação foi pautada num experimento por ele realizado no Panamá, onde produziu camarões com alta produtividade, em viveiros de uma fazenda altamente contaminada. Os resultados, apesar de terem partido de um experimento, e não de um cultivo comercial, podem, segundo o especialista, ajudar os carcinicultores a refletir melhor sobre o manejo e assim montar estratégias para produção na presença de doenças.
Por:
Addison L. Lawrence
Shrimp Mariculture Project/Texas A&M University
[email protected]
William A. Bray
Shrimp Mariculture Project/Texas A&M University
email: [email protected]
William R. More
More & More Consulting Services, Inc.
email: [email protected]
*A organização deste artigo foi feita pelo Eng. Agrônomo Fernando Kubitza (Acqua Imagem Ltda)
Médico veterinário Luciano Roppa, diretor presidente da Nutron Alimentos
Diversas doenças têm acometido os cultivos de camarões marinhos em todo o mundo, com destaque para a Mancha Branca (causada pelo vírus WSSV), a Síndrome de Taura (causada pelo vírus TSV), a Infecção Viral da Hipoderme e Necrose do Tecido Hematopoiético (causada pelo vírus IHHNV) e a necrose hepatopancreática (NHP, causada por bactérias do gênero Ricketsia). A Mancha Branca, em particular, é reconhecida como a mais séria doença viral no cultivo de camarões marinhos, sendo responsável por consideráveis prejuízos em países como a China (US$ 1 bilhão em 1993), Tailândia (US$ 500 milhões em 1996) e Índia (US$ 450 milhões entre 1997 e 2000), entre outros. No Equador a Mancha Branca resultou em quebra de 80% na produção em 1999-2000.
Um experimento de produção visando a exclusão de doenças
Durante sua apresentação, o Dr. Lawrence utilizou-se de um experimento realizado em meio a uma fazenda de camarão marinho no Panamá, para discutir estratégias de manejo visando excluir ou minimizar o impacto de doenças. A referida fazenda, com 920 hectares de viveiros, apresentava um histórico de problemas com a mancha branca e outras doenças virais e bacterianas, com sobrevivência média inferior a 10% nos últimos três ciclos de cultivo, mesmo sob baixas densidades de estocagem (2,7 a 4,3 camarões/m2). Diversas estratégias de exclusão ou minimização de doenças do referido experimento com o L. vannamei (Quadro 1) foram implementadas simultaneamente.
Quadro 1. Estratégias de exclusão ou de redução do impacto de doenças adotadas no experimento
a) revestimento dos viveiros com manta de polietileno; b) uso de pós-larvas certificadas como livres de doenças (oriundas de matrizes SPF); c) filtragem fina (25 micra) e descanso da água por 3 a 4 dias antes da estocagem dos animais; d) troca de água zero (apenas reposição do que evaporou); e) uso de aeração e circulação contínua de água (oxigênio dissolvido entre 5 e 8mg/litro); f) aplicação de práticas de manejo de qualidade de água para evitar que valores extremos estressassem os animais: alcalinidade e dureza entre 80 e 100ppm, manutenção de um fitoplâncton sadio; pH moderado entre 6,9 e 8,6; salinidade entre 21-30ppt; temperatura entre 26 e 34oC; g) uso de pré-berçário para avaliar a qualidade das pós-larvas (inferir sobre seu grau de infecção inicial baseado na sobrevivência após 4 semanas sob alta densidade de estocagem, 20.000PL/m2); h) uso de cerca ao redor da área experimental para evitar a entrada de caranguejos (potenciais vetores do WSSV) nos viveiros; i) adoção de cuidados com equipamentos e pessoal (exclusividade de pessoal, vestuário e equipamentos utilizados na área experimental; uso de pedilúvio; restrição de visitas). |
No presente artigo serão apenas apresentados os principais resultados obtidos e uma discussão dos fundamentos que sustentam as medidas de exclusão e minimização de doenças adotadas no experimento. Os interessados em conhecer mais detalhes sobre as condições e resultados do experimento de exclusão de doenças realizado pelo Dr. Addison Lawrence e sua equipe, poderão solicitar junto a Nutron Alimentos uma cópia em português da integra do trabalho.
Resultados importantes e fundamentos
No quadro 2 são resumidos os resultados de produção. Estes indicam que a combinação das estratégias relacionadas no quadro 1 foram eficazes em assegurar alta sobrevivência e produção de camarões sob altas densidades de estocagem, em uma fazenda altamente contaminada e com péssimo histórico sanitário e de produção. Sobrevivência de 80% e produção acima de 11.000kg/ha foram obtidas nos viveiros revestidos com manta de polietileno. Nos viveiros de terra manejados tradicionalmente (filtragem de água a 285 micra e sem os cuidados detalhados no quadro 1) a sobrevivência foi de 8,9%, mesmo sob baixas densidades de estocagem. Amostras de camarões testadas por PCR ao final do experimento indicaram a presença de WSSV e IHHNV nos animais provenientes dos viveiros de terra.
Quadro 2. Comparação dos resultados de produção do experimento de exclusão de doenças (particularmente do WWSV) em uma fazenda comercial contaminada no Panamá
Exames de diagnóstico de patógenos
As pós-larvas SPF (oriundas de matrizes de L. vannamei domesticadas e certificadas como livres de doenças) testaram negativas para WSSV, IHHNV, TSV e NHP durante as quatro semanas de pré-berçário. Neste mesmo período, as pós-larvas locais (oriundas de matrizes de L. vannamei provenientes de estoques naturais) testaram positivas para IHHNV e negativas para WSSV, TSV e NHP.
O experimento por si só não pode precisar quais as estratégias imprescindíveis e eficazes para prevenir a ocorrência de doenças. No entanto, o experimento demonstrou ser possível produzir com sucesso, dentro de uma fazenda altamente contaminada, adotando as estratégias relacionadas no quadro 1. A seguir é apresentada uma discussão sobre os potenciais reservatórios e rotas de transmissão de doenças nos cultivos de camarões marinhos.
O solo como fonte de infecção
A alta sobrevivência obtida nos viveiros revestidos com manta de polietileno reforça o conhecimento de que o solo é um dos principais reservatórios de patógenos. A presença do WSSV foi documentada em ovos dormentes de rotíferos provenientes dos sedimentos de viveiros de camarões (Yan, Dong, Huang, Yu, Feng & Liu 2004), bem como em rotíferos que nasceram destes ovos infectados. O vírus da mancha branca fica alojado no interior destes ovos, protegidos contra procedimentos de desinfecção. Esta descoberta é de grande significância, pois pode explicar a capacidade do substrato dos viveiros em desencadear a infecção por WSSV.
Manejo e remoção do solo do fundo dos viveiros
Apesar de eficaz no experimento descrito, o revestimento dos viveiros não é uma opção economicamente viável na maioria das fazendas de camarão. Alternativamente, podem ser implementadas estratégias de manejo do solo do fundo, particularmente em viveiros com um longo histórico de uso. Em um experimento na mesma fazenda, a equipe do Dr. Lawrence observou que, em 4 viveiros onde o solo foi deixado secar por 12 semanas, seguido da remoção de 8 a 10cm do solo, a sobrevivência foi de 78,5% contra 42,5% em outros 5 viveiros onde o solo foi apenas seco por 12 semanas, porém não foi removido. Em contraste, a sobrevivência foi inferior a 9% em viveiros cujo solo foi deixado secar por apenas quatro semanas. A remoção do solo pode ter reduzido os potenciais reservatórios de vírus (ovos dormentes de rotíferos e outros potenciais portadores presentes no substrato). Nem sempre é possível secar por completo o fundo dos viveiros. Nestes casos, a aplicação de cal hidratada ou cal virgem na dose de 1.000 a 2.000kg/ha é uma alternativa para a desinfecção do solo.
Organismos vetores
Camarões marinhos (17 espécies, além das cultivadas), camarões de água doce (6 espécies), caranguejos (35 espécies), artrópodos (80 espécies), lagostas, zooplâncton (copépodos), rotíferos, krill e artemia, são considerados vetores de WSSV para os camarões cultivados. Cerca de 60% das larvas bentônicas do caranguejo do lodo Scylla serrata coletadas em águas costeiras de Taiwan estavam infectadas com WSSV (Chen, Lo, Chiu, Chang & Kou 2000). Em águas costeiras da Índia, Vaseeharan (2003) registrou uma incidência de WSSV em 23% das amostras selvagens de P. monodon, P. indicus, Metapenaeus sp., caranguejo do lodo Scylla serrata, e “mantis” shrimp Squilla mantis. Portanto, além do risco de reinfestação pela transmissão vertical do vírus de reprodutores para as pós-larvas nas larviculturas, há o risco de contaminação via outras espécies não cultivadas. Evitar que estes animais entrem em contato com os viveiros de produção é recomendável. Barreiras contra caranguejos, filtragem fina e descanso da água, drenagem e limpeza periódica do canal de abastecimento e baixa renovação de água são algumas das estratégias que previnem ou minimizam a entrada destes vetores nos viveiros de cultivo. Filtragem e descanso da água. Dr. Lawrence reforçou a importância de filtragem fina da água para prevenir a entrada de vetores de doenças. No entanto, o quão fina deve ser a filtragem ainda é uma questão em aberto. A filtragem fina a 25 micra foi eficaz, porém o custo desta filtragem é proibitivo para grandes áreas de cultivo e grandes volumes de água.
O descanso da água entre três e quatro dias também contribui com a eliminação de partículas virais livres. Flegel et al (1997) relataram viabilidade de apenas três e quatro dias para o WSSV em água salgada. Maeda et al (1998), em ensaios com P. monodon e M. japonicus, também concluíram que o WSSV não é capaz de causar infecção após cinco a sete dias em água marinha sob condições normais de salinidade.
Em outra fazenda infectada por doenças no Panamá, Grillo et al. (2000) combinaram algumas práticas de exclusão de doenças (filtragem da água a 100 micra, seguida de tratamento com Neguvon a 1ppm e repouso por 19 dias antes da estocagem dos camarões).
Os viveiros de terra utilizados foram recentemente construídos e nunca tiveram o solo do fundo exposto a vetores ou à água contaminada com o WSSV. A sobrevivência neste estudo foi de 74%.
Transmissão vertical das matrizes para as pós-larvas
A transmissão vertical (dos adultos para os ovos e pós-larvas) é uma importante via de infecção. O vírus da Mancha Branca fica latente nas pós-larvas e se manifesta nos camarões durante o cultivo. Dr. Lawrence ressaltou que a melhor forma de manter um vírus fora do sistema de cultivo é utilizar pós-larvas certificadas como livres do vírus (PL-SPF). Se não houver disponibilidade de PLs-SPF, a opção é escolher estoques de reprodutores e pós-larvas com a menor incidência possível de vírus (e, assim, maior probabilidade de sucesso no cultivo).
Uso de PCR para avaliação de matrizes e pós-larvas
Peng et al. 2001, utilizaram o PCR single-step para avaliar a presença de WSSV em matrizes e progênies de P. monodon. As fêmeas foram testadas antes e após a desova. Para as fêmeas testadas como WSSV negativas antes e após a desova, não foi registrada nenhuma desova WSSV-positiva. Fêmeas WSSV-positivas antes da desova apresentaram alta porcentagem (75%) de ovos e de náuplios WSSV-positivos.
Com relação às fêmeas que testaram WSSV-positivas somente após a desova, 50% geraram ovos WSSV-positivos e 44% geraram náuplios WSSV-positivos.
Estes autores ainda correlacionaram a presença do WSSV nas fêmeas com o status viral dos náuplios de suas progênies e a sobrevivência dos camarões no cultivo (Quadro 3).
Quadro 3. Status viral das fêmeas e progênies de P. monodon e sua relação com a sobrevivência no cultivo (Peng et al. 2001)
Peng et al. (2001) observaram ainda grandes quebras de produção em todos os viveiros em que mais de 50% das pós-larvas estocadas eram WSSV-positivas. A produção foi considerada boa em apenas 43% dos viveiros estocados com lotes de PL em que menos de 50% dos animais testaram WSSV-positivas. Dos viveiros estocados com pós-larvas WSSV-negativas, 72% deles apresentaram adequada produção (Quadro 4).
Quadro 4. Status viral das PLs, avaliado por PCR
Na Tailândia, Withyachumnarnkul (1999) avaliou a presença de WSSV em PLs 13-15 estocadas em 188 viveiros (PCR single-step). Dos viveiros estocados com pós-larvas testadas WSSV-positivas (43 viveiros), 93% deles apresentaram grandes quebras de produção antes da despesca. Nos viveiros estocados com PLs inicialmente testadas como WSSV-negativas (93 viveiros), estas se tornaram WSSV-positivas ao longo do cultivo. Ocorreu quebra de produção em 47% destes viveiros.
Em 52 viveiros as pós-larvas permaneceram WSSV-negativas durante todo o ciclo de cultivo. Portanto, exames laboratoriais para avaliar o status das pós-larvas com relação à presença de agentes virais podem ser úteis na previsão do sucesso do cultivo.
Esses dados indicam ser possível reduzir o risco de quebra de produção através do contínuo monitoramento das matrizes, ovos, larvas e pós-larvas através de análise por PCR. Entretanto, Lawrence aponta que o objetivo final deve ser o estabelecimento de estoques de matrizes domesticados e livres de doenças.
O monitoramento sanitário dos estoques de matrizes e pós-larvas deve ser empreendido pela indústria e por instituições governamentais.
Cientistas taiwaneses e tailandeses desenvolveram uma rede de informações que permite aos carcinicultores reduzir os riscos e melhor prever os resultados no cultivo através do uso de pós-larvas sadias, obtidas a partir de estoques de matrizes selvagens submetidas ao contínuo monitoramento por exames de PCR (matrizes, ovos e pós-larvas). Estoques infectados são eliminados. Isso tem impedido a propagação de WSSV nas fazendas de cultivo e nos estoques selvagens.
O uso da estratégia de pré-berçário
Em diversas localidades os produtores não contam com PLs-SPF nem com informações sobre o grau de infecção das pós-larvas adquiridas. Assim, o Dr. Lawrence sugeriu o uso de uma fase de pré-berçário para avaliar a resistência dos lotes de pós-larvas adquiridos e, com base nisso, obter uma melhor previsão da sobrevivência no cultivo do L. vannamei.
No experimento em questão, as pós-larvas foram estocadas em tanques de pré-berçário de 20m2 a uma alta densidade (20.000 PL/m2). A idéia era a de que, sob condições de alta densidade, os lotes de PLs com alto grau de infecção por vírus e/ou outros patógenos apresentassem baixa sobrevivência no pré-berçário após quatro semanas. Assim, apenas os lotes com sobrevivências superiores a 65% ao final da fase de pré-berçário seriam utilizados nas fases seguintes do cultivo.
O uso de estoques SPF
Dr. Lawrence ressaltou que a carcinicultura na China e Tailândia foi dizimada pelo WSSV, YHV, MBV e outras doenças. A recuperação ocorreu com o uso de estoques de matrizes SPF de L. vannamei. Em 2003 a produção de L. vannamei na China correspondeu a 71% das 300.000 toneladas de camarão produzidas. No mesmo ano, a participação do L. vannamei foi de 40% sobre as 120.000 toneladas produzidas pela Tailândia. Diversos estudos confirmam a vantagem do uso de estoques domésticos em áreas infectadas com WSSV (Grillo, Dugger & Jory 2000; Liu, Chung & Su 2001; Briggs & Funge-Smith 2003). As linhagens domesticadas SPF também expressam um crescimento mais rápido. No experimento relatado pelo Dr. Lawrence as PLs-locais testaram positivas para o IHHNV e apresentaram menor crescimento (0,57g/camarão/semana) comparado ao observado com PLs-SPF (0,81g/camarão/semana). Nos viveiros de terra, que foram estocados com PLs-locais, dos 8,9% dos camarões que sobreviveram até o final do cultivo, cerca de 40% apresentaram deficiência raquítica, sinal clínico característico da IHHN.
Outras vias de infecção
Durante sua palestra, o Dr. Lawrence salientou a importância de controlar outras reais vias de infecção nas fazendas de camarões. Entre elas estão:
• o canibalismo entre os camarões; • o compartilhamento de equipamentos entre fazendas; • visitantes; • vestuário dos funcionários (botas e roupas); • alimentos frescos contaminados (peixes, siris, caranguejos, etc); • artemia; • processamento e comércio de camarões entre diferentes localidades. |
Ressalta também ser pouco provável a transmissão de doenças via rações e, no caso particular da Mancha Branca, a transmissão via aves.
Addison Lawrence, Alexsandra Caseiro e Fernando Kubitza
Boas práticas para produção na presença de doenças
A combinação de estratégias, adotada no estudo de Lawrence e colaboradores (Quadro 1) preveniu a infecção por WSSV ou atrasou a ocorrência de WSSV por um tempo suficientemente longo para completar o ciclo de cultivo, mesmo dentro de uma fazenda já infectada e com potencial risco de propagação deste vírus de um local a outro.
É importante tentar compreender quais ações de exclusão de patógenos que mais contribuem com o sucesso dos cultivos e adotá-las na rotina da produção.
Dentre as principais medidas de exclusão apontadas por Lawrence estão:
1) O uso de PLs livres de patógenos:
O crescimento global da ocorrência da mancha branca e outras viroses reafirmam a necessidade de manter estoques de matrizes livres de doenças. Isso pode ser conseguido de duas maneiras. A primeira, mais rápida e de menor custo, é a importação de matrizes SPF de estoques já domesticados e disponíveis em alguns países. A segunda, mais demorada e dispendiosa, através da domesticação de estoques de matrizes locais testadas como livres de doenças;
2) Manejo do solo do fundo dos viveiros:
Estudos demonstram que a secagem por 12 semanas melhora a sobrevivência dos camarões nos cultivos subseqüentes. Nos viveiros em produção durante muitos anos, pode ser necessária a remoção de uma camada de 8 a 10cm do solo do fundo;
3) Filtragem fina e descanso da água:
No estudo de Lawrence foi usada filtragem de 25 micra, o que demanda filtros pressurizados. Nas fazendas de camarão geralmente não é feita filtragem mais fina que 300 micra. Lawrence remete a um estudo onde se utilizou filtragem de 100 micra e recomenda usar no mínimo este grau de filtragem em áreas altamente contaminadas. Isso seria adequado para remover grande parte dos organismos planctônicos, potenciais vetores de vírus. Adicionalmente, a água deve ficar em descanso por um período de três a quatro dias antes da estocagem das pós-larvas para eliminar partículas virais livres;
4) Prevenção da entrada de vetores terrestres:
Caranguejos de movimentação terrestres são importantes vetores de patógenos. O uso de cercas contra caranguejos é eficaz no bloqueio desta via de infecção;
5) Manejo adequado da qualidade da água para a redução do estresse durante o cultivo:
Há inúmeras evidências de que a incidência de doenças é exacerbada por oscilações bruscas e por inadequados valores em diversos parâmetros de qualidade de água (Tsai, Kou, Liu, Liu, Chang, Peng, Hsu, Wang & Lo 1999; Yu, Li, & Guan 2003). No estudo de Lawrence e colaboradores, diversas estratégias de manejo foram adotadas para a manutenção de níveis de oxigênio entre 5 e 8mg/l durante todo o cultivo (aeração e circulação de água), valores moderados de pH (controle do fitoplâncton com a aplicação de cal hidratada); manutenção de alta alcalinidade (entre 80 e 120mg CaCO3/litro); pouca variação na salinidade (entre 21 e 30ppt); outras práticas, que podem ter contribuído na redução dos problemas com doenças. As temperaturas variaram entre 26 e 34oC durante o cultivo. A manutenção de altas temperaturas (por exemplo, 32oC) promove uma estagnação na progressão da Mancha Branca.
PRODUTORES PERGUNTAM AO DR. LAWRENCE Alguns dos participantes do Seminário junto ao Dr. Lawrence (ao centro) A seguir serão sumarizadas as respostas do Dr. Lawrence às principais questões levantadas pelos produtores e técnicos presentes ao encontro: Produtor – No estudo relatado foram adotadas diversas medidas de exclusão de doenças para se obter alta sobrevivência. No entanto, grande parte dessas medidas é de difícil aplicação prática. Dentre estas medidas, quais são as mais importantes? Dr. Lawrence – Na minha opinião pelo menos três: o uso de pós-larvas SPF ou com baixa infecção; manejo do solo e redução do estresse com boa qualidade de água. 1) O uso de pós-larvas SPF ou com baixa incidência de doenças: ao contrário do que se imagina, o uso de matrizes certificadas como SPF não custa muito. Uma fêmea no auge de sua capacidade reprodutiva custa entre US$ 30 e 50. E ela reproduzirá por 6 meses. A cada 2 semanas produzirá 65 a 70 mil PLs. São 12 desovas no período, resultando em cerca de 780 mil pós-larvas. Se não houver disponibilidade de pós-larvas SPF, pode ser utilizada a estratégia do pré-berçário. Em nosso estudo foram usados raceways com 20m2 estocados com 20.000/m2. Estes raceways não são grandes e comportam um grande número de animais. O período de pré-berçário é de apenas quatro semanas. Adotar esta estratégia não custa muito e pode garantir que sejam estocados somente lotes de pós-larvas de boa qualidade; 2) Manejo do solo: deixar o solo secar por um período longo até rachar e depois tratar com cal hidratada 1 a 2 toneladas/ha (pode incorporar com grade); 3) Redução do estresse: manejar os viveiros de forma a evitar estresse, mantendo adequados níveis de oxigênio e promover melhor circulação de água (melhor dimensionamento do sistema de aeração). Se não há uma circulação vertical, o oxigênio fica alto na superfície e baixo no fundo, prejudicando o crescimento e bem estar dos camarões. Os aeradores nos viveiros de camarão devem servir à função de circular a água. Com relação à alcalinidade, esta deve ser mantida acima de 80-100mg/L. Os valores de temperatura e salinidade devem ser os mais estáveis possíveis. Ficar atento aos metabólitos nitrogenados (amônia e nitrito). Há ainda um quarto item que considero importante na exclusão do vírus: a filtragem da água. Eu sei que a filtragem a 25 micra funcionou. Mas é inviável pelo alto custo. Acredito que filtrar a 100 micra também seja eficaz, e isso custa 20 vezes menos, embora ainda seja caro. Geralmente as fazendas de camarão filtram ao redor de 500 micra. Eu sugiro abaixar para 250 micra e ver como funciona. A chave para reduzir o custo de filtragem é reduzir a renovação de água para 5% ou menos ao dia. Isso diminui a freqüência de obstrução dos filtros ou telas. A redução na troca de água também promove melhora nas condições do lodo do fundo, visto que grande parte do sulfeto que se acumula no substrato tem origem na redução de sulfatos que entram nos viveiros através da água de abastecimento. Em adição, com uma troca de água de 7% ao dia nos viveiros é comum uma renovação de água entre 200 e 300% ao dia nos canais de abastecimento. Assim, uma grande quantidade de material orgânico (plâncton e sólidos em suspensão) é introduzida no canal e vai para o fundo, deteriorando o substrato do canal. Recomenda-se uma vez a cada três anos drenar o canal de abastecimento e remover o solo do fundo. O ideal seria fazer isso uma vez ao ano. O canal pode ser um grande reservatório de doenças. Se vocês recirculam a água na fazenda, o problema é menos sério. Produtor – O senhor mencionou ser benéfica a remoção de uma camada do solo do fundo dos viveiros. Como isso é feito na prática? Dr. Lawrence – A remoção de uma camada de 8-10 cm do solo do fundo é feita com scrappers (com o solo seco). Geralmente essa remoção é feita a cada 2 ou 3 ciclos. Geralmente o solo removido é depositado em “bota-fora” nos fundos da fazenda. Em viveiros que permanecem com o fundo úmido a remoção é difícil. Produtor – Qual sua opinião sobre o uso de probióticos na ração ou enriquecimento extra da ração com mais vitamina C e vitamina E? Dr. Lawrence – Não há dúvida que os probióticos podem melhorar a resposta imunológica dos camarões, assim como uma dieta mais enriquecida com vitaminas C, E, e D, bem como selênio e carotenóides. Carotenóides são imunoestimulantes e atuam de maneira semelhante à vitamina C e ao selênio. Também melhoram a coloração dos camarões e podem torná-los mais atrativos para a venda. Isso pode compensar o custo adicional de adição do produto. O uso de probióticos e carotenóides pode melhorar o crescimento. Carotenóides e probióticos no geral adicionam menos de US$ 0,10/kg no preço do camarão. Os melhores e mais efetivos, até menos de US$ 0,04/kg. O uso de probióticos deve ser feito logo nas primeiras alimentações das pós-larvas. Tentar o mais cedo possível na fase de larvicultura. Nessa fase também é possível administrar probióticos via água, visto às altas densidades de PLs. Ainda há muito o que se aprender sobre o uso de probióticos para reduzir seu custo, como por exemplo as doses mínimas eficazes e a forma de administração (contínua ou alternada). Produtor – E em relação ao uso de probióticos na água? Dr. Lawrence – Cada viveiro ou sistema tem condições específicas que favorece o desenvolvimento de uma flora de microorganismos, que pode ser boa ou ruim. Idealmente, se deseja otimizar a flora, pois esta é uma fonte de alimento barata e de alta qualidade, além de auxiliar a manter o ambiente dos tanques, mais higiênico. Em experimento, pesquisadores japoneses tentaram otimizar a flora usando probióticos na água. Para conseguir isso, tiveram que jogar uma quantidade grande de produto na água duas vezes ao dia e isso custou cerca de US$ 0,50/kg de camarão somente com o probiótico. Ou seja, é um bom resultado. Mas não é eficaz do ponto de vista econômico. Devem ser identificados os probióticos que funcionam para suas condições, não para otimizar a produção, mas sim o retorno econômico. Cada viveiro ou fazenda tem suas condições específicas. Assim, a eficiência dos probióticos pode variar de acordo com estas condições (qualidade dos alimentos, densidade de estocagem, entre outros fatores). A minha opinião é de que a adição de probiótico na água não é o caminho mais adequado. Este deve estar disponível via ração. A maioria dos produtos no mercado foi desenhada para ser aplicada na água e não diretamente nos alimentos dos camarões. Produtor – A infecção por víbrios faz com que o WSSV se manifeste ou a relação é inversa? Dr. Lawrence – Depende da intensidade de infecção de cada um destes patógenos no animal. Se a infecção por víbrio é mais intensa, o víbrio debilita o camarão e favorece a manifestação do WSSV. No mundo, a vibriose provavelmente causa mais mortalidade do que o WSSV. Porém essa mortalidade é gradual e não súbita como a causada pelo WSSV. A vibriose provoca manchas negras na cauda, reduzindo o valor das mesmas. Geralmente, víbrios e Pseudomonas abrem as portas para a entrada da virose. Produtor – Existe uma competição entre o IHHNV e o WSSV? O primeiro não deixa o segundo se manifestar? Dr. Lawrence – Não conheço trabalho dedicado ao estudo de competição entre vírus. Se um vírus se manifesta primeiro, o animal deveria estar mais debilitado e ficar ainda mais susceptível a outro vírus. Em 1970 os Estados Unidos produzia P. stilirostris e foram atingidos por IHHNV. Com isso, na década de 80 esta espécie foi substituída pelo L. vanammei, que é bastante resistente, apesar de apresentar crescimento reduzido (nanismo) quando infectado pelo IHHNV. Produtor – A carcinicultura no Brasil enfrenta problemas sérios com a NIM. Embora haja uma portaria proibindo a introdução de novos animais por parte do MA, existe dentro de nossa associação o interesse de importar novos reprodutores. Se houver essa possibilidade, estes reprodutores devem ser SPF ou é melhor trabalhar com linhagens resistentes? Onde pode se encontrar o melhor material genético SPF e como seria uma ação de quarentena? Como manter essas matrizes livres de doenças? Dr. Lawrence – Se houver alguma oportunidade de excluir a doença, a opção é usar estoques SPF. Caso excluir à doença seja impossível, a outra opção é sacrificar o crescimento e utilizar uma linhagem que seja resistente à doença. Conheço dois fornecedores comerciais de matrizes SPF nos Estados Unidos que garantem que as matrizes estejam livres de doenças por pelo menos 8 gerações. Linhagens SPF também podem ser obtidas em outros países, mas não tenho certeza quanto à segurança do material. Na Ásia o grau de contaminação nas fazendas de cultivo é tão alto que fica difícil manter as matrizes SPF livres de doenças por muito tempo. Assim, nestes locais, matrizes SPF novas são adquiridas e utilizadas por um único período de reprodução, entre 6 e 8 meses. Depois são substituídas por novas matrizes SPF. Isso pode parecer caro, mas, na verdade, não é. Já comentei que uma fêmea SPF custa entre US$ 30 e 50 e produz cerca de 780 mil pós-larvas em todo o período reprodutivo. Com relação aos cuidados na quarentena, nas condições atuais de diversos incubatórios, esses estoques podem ser bem protegidos contra contaminação. A água que abastece pode ser filtrada bem fina para excluir vetores e deixada descansar antes da introdução dos animais. Pode utilizar até mesmo água salgada artificial. Em alguns países o pessoal não realiza quarentena. Se você obtém esse material de uma fonte confiável, não é necessária a quarentena. Mas se traz de algum local menos confiável, a quarentena deve ser realizada. Produtor – Em Santa Catarina geralmente as temperaturas mais prevalentes estão ao redor de 25oC. Podem ser menores durante o inverno e mais altas no verão. Qual a relação entre temperatura e ocorrência da Mancha Branca? Dr. Lawrence – Aumentando a temperatura a partir de 22-23oC até 32-34oC a tendência é diminuir os problemas com a Mancha Branca. A probabilidade de ocorrer Manha Branca é menor acima de 26oC. Abaixo de 26oC as chances de ocorrer Mancha Branca aumentam rapidamente. Se as águas do Oceano Atlântico em Santa Catarina estão abaixo de 26oC as populações naturais terão maior probabilidade de ter Mancha Branca. A mesma coisa acontece nos viveiros. Quando estão em regiões mais quentes, menor é a chance de expressar a Mancha Branca. É um problema relacionado mais com a maior virulência do vírus à baixa temperatura do que a baixa resistência dos camarões. Pense em partículas de vírus em sistemas biológicos (nos organismos). A 22 e a 24oC reduz o crescimento em 90%. A 15oC o L. vannamei não cresce, apenas se mantém. Não havendo multiplicação de células (crescimento) o vírus pode não se multiplicar. Não tenho informação sobre a replicação do vírus a temperaturas abaixo de 22oC. Mas ele está lá. Quando a temperatura se eleva um pouco ele se manifesta. É benéfico ao vírus infectar, mas não matar o hospedeiro. Os vírus, por exemplo, convivem bem com os hospedeiros naturais, por exemplo, os caranguejos. O WSSV não mata os caranguejos, mas mata o L. vannamei. Há cerca de três anos ocorreu um relato de que o WSSV poderia infectar células humanas e se replicar, podendo matar os seres humanos. Imediatamente patologistas norte-americanos tentaram inocular o vírus em células humanas e verificaram que o WSSV não foi capaz de causar infecção. Produtor – Qual sua opinião sobre estes locais com baixa temperatura? O WSSV vai estar lá para sempre? O que vale fazer: linhagens locais que parecem ter passado pelo desafio com o WSSV e sobreviveram ou usar linhagens SPF? Dr. Lawrence – Acredito que será necessário usar sangue novo. Primeiro: precisa ter uma linhagem SPF, pois mais cedo ou mais tarde terá que usá-la. Então por que não começar agora. Segundo: acho oportuno contar com duas linhagens. Uma selecionada para crescimento (que geralmente é mais susceptível ao vírus) e outra resistente ao vírus, que geralmente tem menor crescimento. Dependendo do nível de infecção pode-se escolher entre uma e outra, de acordo com a época do ano, por exemplo. E, terceiro: deve ser feito um trabalho de seleção para crescimento à baixas temperaturas. Isso já foi visto com populações de L. vannamei que crescem tão bem a 20oC quanto populações não selecionadas crescem a 25oC. Isso pode ser feito. O que é interessante é que estas populações que crescem bem a 20oC também cresceram bem a 35oC. Produtor – Em Santa Catarina várias fazendas tiveram problemas com a Mancha Branca em meio ao verão, com temperaturas de 27oC. A doença se alastrou rápido, os sinais eram típicos e o episódio era previsível. Pegou seqüencialmente várias fazendas. O gatilho foi ambiental, certamente por problemas de qualidade da água de abastecimento. No entanto, algumas fazendas passaram ilesas, mesmo no meio de áreas contaminadas e compartilhando a água de abastecimento de outras fazendas infectadas. O que pode explicar isso? Dr. Lawrence – Diferentes condições de viveiros, de qualidade de água, diferentes níveis de salinidade, diferentes condições nutricionais (carotenóides e alimentos naturais) e outras peculiaridades podem explicar isso. Ainda assim, mesmo sob excelentes condições ambientais, o nível de infecção pode superar tudo isso e causar a doença. A mortalidade pode ser maior ou menor, dependendo das condições ambientais. Dr. Lawrence deixou um comentário final: “Hoje, no sudeste da Ásia, os produtores que estão fazendo certo têm custo para L. vannamei ao redor de US$ 1,20 a 1,50/kg para camarões entre 15 e 20g. Este é o desafio. Baixar os custos para este patamar. Aqui no Brasil vocês afirmam que os custos estão ao redor de US$ 2,10 a 2,60/kg. Nos EUA o custo de produção está US$ 2,50 a 2,60/kg. No Equador e Panamá o custo mínimo está ao redor de US$ 2,00/kg, podendo chegar até a US$ 3,50 com a alta mortalidade. O Brasil tem potencial para ser o primeiro do mundo na carcinicultura. Duas grandes vantagens comparado à Ásia: a proximidade dos principais mercados (EUA e UE) e a disponibilidade de ingredientes para rações, muito mais baratos. Os produtores brasileiros devem lembrar que não estão competindo entre si, mas sim com os produtores da China, Tailândia e Vietnã. Por isso é importante a união e o compartilhamento de informações. Isso fará do Brasil o número 1.” |
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