Cultivo de robalos: Potencialidades e resultados

Por: Luis Alvarez-Lajonchère
Unidad Mazatlán, Centro de Investigación en Alimentación y Desarrollo, México
e-mail: [email protected]; [email protected]


Figura 1 - Robalo asiático, também conhecido como barramundi, Lates calcarifer (Foto cortesia de John Russell).
Figura 1 – Robalo asiático, também conhecido como barramundi, Lates calcarifer (Foto cortesia de John Russell).

Entre as espécies marinhas e estuarinas, o grupo dos peixes é o que possui maiores possibilidades de crescimento no que diz respeito ao volume de produção. Entretanto, para alcançar tal crescimento, é necessário assegurar aos criadores a disponibilidade de juvenis de qualidade nos momentos adequados, e a um custo acessível. O bom desenvolvimento dos métodos de produção controlada de juvenis de peixes marinhos, tem sido a causa do êxito e da expansão dos cultivos de diversas espécies, entre elas a dourada do Pacífico (Pagrus auratus) cultivada no Japão; a dourada (Sparus aurata) e a lubina (Dicentrarchus labrax), no Mediterrâneo; e, o robalo asiático (Lates calcarifer), também conhecido como “barramundi”, na Ásia e Austrália (Figura 1).

 

O barramundi é a única espécie estuarina da família dos robalos (Centropomidae) que é cultivada comercialmente de forma sistemática e em grande escala, e a Tailândia é o principal país produtor. Lá, antes do desenvolvimento das técnicas de reprodução controlada de juvenis, os produtores dependiam exclusivamente do meio natural, com capturas anuais de até 500.000 juvenis selvagens. Com o desenvolvimento da tecnologia de reprodução controlada, estima-se que atualmente estejam sendo produzidos anualmente entre 100 e 150 milhões de juvenis, sendo uma parte exportada. Isso mostra a importância do emprego das técnicas de reprodução controlada de juvenis, tema sobre o qual se tem realizado diversas pesquisas nas Américas, e cujas maiores dificuldades, usualmente, residem na obtenção de ovos de alta qualidade e na etapa de larvicultura (Alvarez-Lajonchère e Hernández Molejón, 2001).

Os robalos são peixes estuarinos de hábitos carnívoros oportunistas, que desovam em mar aberto. Possuem uma ampla distribuição tropical e têm grande importância na pesca comercial, esportiva e na aqüicultura comercial. O barramundi pode alcançar até 60kg de peso máximo no ambiente natural, e possui um alto valor de mercado, similar ao preço médio de outros peixes marinhos valiosos, como o mero, o bijupirá e o pampo. Tem sido cultivado há décadas em água doce, salgada e salobra, em tanques-rede, viveiros escavados, canais, currais e tanques. Alcança cerca de 800 a 1.000 gramas no primeiro ano de engorda, com taxas de sobrevivência variando de 80 a 90% e fatores de conversão alimentar próximos de 1:1. Em todo o mundo, o cultivo do barramundi se desenvolveu significativamente, com 22.000 toneladas produzidas em 2002 (FAO, 2004), graças, fundamentalmente, às tecnologias para a produção controlada de juvenis, inicialmente desenvolvidas na Tailândia (Rimmer e Russell, 1998; Tucker et al. 2002) (Figura 2).

Figura 2 - Produção mundial total de barramundi cultivado, de 1984 al 2002 (Fonte: FAO, 2004)
Figura 2 – Produção mundial total de barramundi cultivado, de 1984 al 2002 (Fonte: FAO, 2004)

A engorda do barramundi é realizada principalmente em água salobra (81%), embora também seja realizada em água doce (10%) e em água do mar (9%) (Figura 3), e é cultivada em diversos tipos de instalações: tanques escavados (preferivelmente com 0,4 a 3,0 ha), gaiolas flutuantes ou tanques-rede (50 a 300 m3) e tanques (com volume de 20 a 100 m3). Muitas tecnologias têm sido desenvolvidas na Tailândia, com destaque para aquelas relacionadas ao cultivo semi-intensivo em viveiros escavados e também em gaiolas, com o uso de alimento artificial. As técnicas mais intensivas, porém, tem sido utilizadas na Autrália, onde se tem obtido densidades máximas de despesca de 40 a 60 kg/m3. Em viveiros escavados a produção alcançada é superior a 20 t/ha, enquanto que em tanques com águas termais, já se obteve até 100 kg/m3 (Makaira Pty Ltd, 1999).

Figura 3. Produção de barramundi por tipo de ambiente em 2002 (Fonte: FAO, 2004).
Figura 3. Produção de barramundi por tipo de ambiente em 2002 (Fonte: FAO, 2004).


Uma das principais características dos robalos, relacionada ao cultivo comercial, é que são peixes sedentários, razão pela qual não gastam energia decorrente do excesso de atividades, e são também peixes gregários, o que lhes permite tolerar bem o confinamento em altas densidades. Possuem alta fecundidade e, apesar da temperatura ótima se situar entre os 26 e 28ºC, toleram temperaturas na faixa que vai dos 10 aos 35ºC. Além disso, após a segunda ou terceira semana de vida, toleram bem a adaptação para água doce, feita ao longo de 8 a 12 horas. O seu crescimento na água doce é pelo menos tão rápido quanto na água salgada ou salobra. Os juvenis e adultos resistem bem à manipulação e são capazes de tolerar águas com qualidade muito baixa, com níveis de oxigênio dissolvido entre 0,9 e 1,0 mg/l e turbidez elevada. Por estes fatores, os robalos estão entre as espécies mais apropriadas para serem cultivadas em viveiros, como os que são construídos para a engorda de camarões marinhos nas zonas costeiras do Indo-Pacífico, da América Latina e do Caribe.
Outra característica importante nos robalos é que são espécies protândricas, que maturam primeiramente como machos e posteriormente a maioria, ou mesmo todos, mudam de sexo e permanecem como fêmeas pelo resto de suas vidas. Já foram detectadas várias unidades populacionais em algumas das regiões do mundo onde os robalos têm sido estudados, como na Flórida (Taylor et al., 2000) e na Austrália (Rimmer e Russell, 1998). Essas unidades populacionais apresentam diferenças biológicas entre sí, como, por exemplo, o tamanho que se encontram no momento da primeira maturação. Isso indica que a origem dos animais que serão submetidos ao cultivo é de grande importância e sugere que é possível alcançar resultados bastante positivos em programas de seleção e de melhoramento genético.

Espécies com potencial para o cultivo

Nas Américas existem várias espécies importantes de robalos do gênero Centropomus, com preços no varejo que ultrapassam os US$ 20 por kg, especialmente no México. Nas costas do Oceano Atlântico se desta cam três espécies, sendo a mais estudada o robalo branco, Centropomus undecimalis (Figura 4), também conhecido como robalo comum ou robalo flecha, que na natureza alcança até 24 kg de peso máximo.

Figura 4 - Robalo flecha, Centropomus undecimalis (Foto cortesia de Ronald Taylor).
Figura 4 – Robalo flecha, Centropomus undecimalis (Foto cortesia de Ronald Taylor).
Figura 5 - Fêmea de robalo peva C. parallelus antes de ser submetida a tratamento no  Lab. de Piscicultura Marinha da UFSC, Florianópolis (Foto do autor).
Figura 5 – Fêmea de robalo peva C. parallelus antes de ser submetida a tratamento no  Lab. de Piscicultura Marinha da UFSC, Florianópolis (Foto do autor).

Segue-se, em termos de conhecimento dos aspectos da biologia, o robalo gordo, C. parallelus (Figura 5), também conhecido como robalo peva ou chucumite, que no meio ambiente alcança até 3 kg. Por último, a espécie menos estudada que é o robalo preto, C. poeyi, com tamanho ligeiramente menor que a do robalo flecha (Figura. 6). As duas primeiras espécies apresentam uma distribuição que vai desde a Flórida (EUA) até Florianópolis (Brasil), enquanto que a terceira espécie tem uma distribuição mais restrita, indo do sul do México até Belize.

Figura 6 - Robalo preto C. poeyi (Foto cortesia de Eduardo P. Morán).
Figura 6 – Robalo preto C. poeyi (Foto cortesia de Eduardo P. Morán).

O robalo flecha, C. undecimalis, é um peixe considerado de altíssima qualidade e, dos peixes comestíveis, está entre aqueles com maior aceitação pelo consumidor. São criados experimentalmente na Flórida (EUA) com alimentos naturais e dietas artificiais e atingem um bom crescimento, alcançando o tamanho mínimo possível de comercialização, de cerca de 450 g, em aproximadamente um ano, com uma conversão alimentar ao redor de 1:1, e com rendimento de filés sem pele de até 60% (Tucker, 2003). Nas costas do Pacífico das Américas se destacam duas espécies com tamanhos máximos notáveis, o robalo branco C. viridis e o robalo preto C. nigrescens, que são, na opinião deste autor, as que apresentam as maiores potencialidades para o cultivo.

Os robalos das Américas, além de serem criados em monocultivo em água doce, salobra ou salgada, ou mesmo em gaiolas, viveiros escavados e tanques, são, no Brasil e na Colômbia, criados em policultivo com outras espécies como as tainhas (Família Mugilidae) e as carapebas (Família Gerreidae), assim como também em viveiros de tilápias, para controlar a superpopulação decorrente da reprodução precoce desses peixes, proporcionando também uma despesca secundária de grande valor. Além disso, são empregados também em locais destinados a pesca esportiva e pesque-pagues.

Por sua importância, há muitos anos os robalos são objeto de estudos em um programa de repovoamento de juvenis para recuperar as populações naturais na Flórida (EUA), onde a sua pesca comercial está proibida há anos, em favor da pesca esportiva. Também na Austrália são realizados programas de repovoamentos com juvenis, e os resultados são muito bons, com estocagem de um milhão de juvenis por ano, principalmente em Queensland, onde 15% das capturas são de animais provenientes dos repovoamentos (Russell e Rimmer, 1999).

Tecnologias de Produção de Juvenis

As tecnologias de produção de juvenis do barramundi estão bem desenvolvidas em vários países do Indo-Pacífico, especialmente na Tailândia, país pioneiro no desenvolvimento de técnicas de cultivo e onde funciona um centro de referência internacional, construído com o apoio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jaica). As sobrevivências usualmente encontradas na Tailândia situam-se entre 15 e 40%, para animais de 10 mm, e com não mais que um mês após a eclosão. Entretanto, os melhores resultados na produção controlada de juvenis foram obtidos na Austrália, através de técnicas de larvicultura denominadas de mesocosmos, onde em tanques de 40m3, são produzidos 200.000 juvenis de 40 mg, 24 dias após a eclosão. (Dr. Glenn Schipp, Darwin Aquaculture Centre, Austrália, 2003. Comunicação pessoal).

Os robalos realizam desovas parciais. O barramundi (Lates calcarifer) e o robalo peva (C. parallelus) foram induzidos a desovar por vários dias consecutivos em cada ciclo lunar, durante vários meses (Garcia, 1992; Ferraz et al., 2002). O barramundi conseguiu desovar com tratamentos suaves, sem a administração de hormônios, enquanto que o robalo peva e o robalo flecha foram induzidos com tratamentos hormonais crônicos de liberação hormonal lenta, a base de polímeros ou colesterol com os hormônios. Nas fêmeas usualmente se empregam análogos sintéticos do hormônio liberador do hormônio gonadotrópico (LHRHa), enquanto que nos machos, ou não requerem nenhum tratamento hormonal, ou aplicam-se também o LHRHa, ou ainda esteróides como o 17 alfa metiltestosterona. Os ovos obtidos com a utilização desses métodos são usualmente de muito boa qualidade, requisito indispensável para a obtenção das altas taxas de sobrevivência de larvas e juvenis que vão assegurar uma produção em massa.

Desde a década de 70, nos Estados Unidos, são realizados estudos para a produção controlada de juvenis de C. undecimalis, com sobrevivências promissoras de 7%, 55 dias após a eclosão (Kennedy et al., 1998), um índice ainda baixo se compararmos com os níveis mínimos de sobrevivência requeridos (15-20%) para que uma tecnologia desenvolvida em um projeto piloto possa ser aplicada comercialmente com êxito. As baixas sobrevivências podem estar sendo ocasionadas por uma combinação de vários fatores, entre eles a qualidade dos ovos obtidos, deficiências no regime de alimentação, condições ambientais não adequadas e canibalismo, e cujas investigações continuam em instituições da Flórida (Main et al., 2002; Tucker, 2003). No México também foram obtidos juvenis desta espécie (Sánchez et al., 2002) e na República Dominicana existem registros de produções de até 300 toneladas em um ano (FAO, 2004).
Os trabalhos de produção de juvenis do robalo peva (C. parallelus) no Brasil têm obtido muitos êxitos para uma escala de projeto piloto. Têm como base o uso do LHRHa (50 ìg/kg) para a indução à desova de reprodutores em cativeiro, com desovas espontâneas sistemáticas de ovos de alta qualidade (percentual de fertilização e de eclosão superiores a 90%) e larvicultura com sobrevivências de até 26% nos três primeiros meses a partir da eclosão e uma biomassa de 6,9 kg/m3 (Alvarez-Lajonchère, et al., 2002) (Fig. 7), superando os níveis médios alcançados normalmente com o barramundi cultivado com técnicas semi-intensivas de água verde, tradicionais no Sudeste asiático e na Austrália. A tecnologia desenvolvida para o C. parallelus pode ser adaptada à outras espécies de robalos, o que já foi analisado economicamente de forma satisfatória para as condições da Flórida (Alvarez-Lajonchère e Taylor, 2003).

Figura 7 - Juvenis de robalo peva C. parallelus, em tanque do Laboratório de Piscicultura Marinha da UFSC (Foto do livro de Alvarez-Lajonchère, L. e O. G. Hernández Molejón, 2001 - Producción de juveniles de peces estuarinos para un centro en América Latina y el Caribe: diseño, operación y tecnologías, com autorização da World Aquaculture Society
Figura 7 – Juvenis de robalo peva C. parallelus, em tanque do Laboratório de Piscicultura Marinha da UFSC (Foto do livro de Alvarez-Lajonchère, L. e O. G. Hernández Molejón, 2001 – Producción de juveniles de peces estuarinos para un centro en América Latina y el Caribe: diseño, operación y tecnologías, com autorização da World Aquaculture Society

Segundo estudos realizados com a engorda do C. parallelus, seu crescimento é muito lento alcançando, em condições ótimas, apenas 400 g em um ano e meio (Cerqueira e Tsuzuki, 2003), enquanto que os resultados alcançados com o C. undecimalis, mais que duplicam esse crescimento e permitem estimar que em condições de engorda possam alcançar 700 – 800 g em um ano de engorda no México, sendo, portanto, a espécie de robalo mais adequada para o cultivo no lado Atlântico da América, embora o C. poeyi deva também ser mais avaliado. No lado Pacífico da América, as espécies mais adequadas devem ser o C. viridis e o C. nigrescens, a julgar por seus tamanhos máximos.

Para levar adiante um cultivo, é preciso que sejam realizados os trabalhos para alcançar a tecnologia de produção em massa de juvenis, bem como as técnicas de alevinagem e de engorda em instalações piloto, construídas em lugares com água do mar e água doce de alta qualidade, com instalações que permitam trabalhar com rigor e com flexibilidade nos métodos, e que esses possam ser utilizados sem interrupções, e que o pessoal envolvido tenha um alto nível de especialização, experiência e dedicação. Com uma produção em massa estável de ovos de boa qualidade e a introdução de melhorias nas técnicas de larvicultura, as taxas de sobrevivência deverão duplicar. Os preços dos juvenis de 5 – 10 g de robalo podem alcançar preços de até US$ 0,50 – 1,00 a unidade. O mercado estimado na América para esses juvenis deve ultrapassar os 100 milhões por ano.


Referências:
Alvarez-Lajonchère, L, & Hernández Molejón, O. G. 2001. Producción de juveniles de peces estuarinos para un centro en América Latina y el Caribe: diseño, operación y tecnologías. The World Aquaculture Society, Baton Rouge, LA.
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