Dourados sedia 1º Congresso Brasileiro de Peixes Nativos

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR), a Sociedade Brasileira de Aqüicultura e Biologia Aquática (Aquabio), o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promovem o 1º Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água Doce e o 1º Encontro de Piscicultores de Mato Grosso do Sul, de 28 a 31 de agosto, em Dourados-MS.

O Brasil possui um imenso potencial para o desenvolvimento da piscicultura, constituído de 5,5 milhões de hectares de reservatórios de água doce, aproximadamente 12% da água doce disponível no planeta, clima extremamente favorável para o crescimento de organismos aquáticos, terras disponíveis, mão-de-obra abundante e crescente demanda por pescado no mercado interno.

Diante desse cenário, e principalmente, pela falta de informação técnico-científica sobre a produção de peixes nativos de água doce, é que surgiu a proposta desse evento que tem como objetivo proporcionar a interação entre todos os segmentos envolvidos com essa importante cadeia produtiva.

Na programação já estão confirmadas a presença de especialistas de diversas partes do país, abordando temas como o panorama da piscicultura no Brasil, a pesquisa no setor, o uso dos recursos pesqueiros, a legislação aqüícola, a comercialização, o controle da qualidade de água em sistemas intensivos, a produção de espécies nativas em tanque-rede, a tecnologia e o processamento de espécies, o aproveitamento de resíduos de pescado, a nutrição e sanidade, o melhoramento genético, dentre outros assuntos.

Os palestrantes são pesquisadores em aqüicultura e estão vinculados a instituições de renome, dentre elas o Centro de Aqüicultura da Unesp (CAUNESP), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Estadual de Maringá (UEM), a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), a Associação Nacional de Piscicultura em Águas Públicas (ANPAP), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Continentais do IBAMA (CEPTA/IBAMA). Além de especialistas da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna-SP), Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM), Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE) e Embrapa Pantanal (Corumbá-MS).

A Sede do Evento

A cidade de Dourados é conhecida como a “cidade de todos os povos”, representando o encontro de várias pessoas vindas de diferentes regiões e países.

O segundo maior município de Mato Grosso do Sul compreende uma população de, aproximadamente, 200 mil habitantes e comemorou em 2005, 70 anos de emancipação.

A escolha de Mato Grosso do Sul foi estratégica, já que o Estado possui características apropriadas para o desenvolvimento da aqüicultura. Em função desse potencial, foi criada a Câmara Setorial da Piscicultura de Mato Grosso do Sul e o Núcleo de Pesquisa em Aqüicultura (NUPAQ-MS), com sede na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS), que visam organizar a cadeia produtiva desse segmento, integrando pesquisa, produção e mercado.

De acordo com o presidente da comissão organizadora e chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Mário Artemio Urchei, o Congresso possibilitará “a troca de experiências entre os poderes públicos, as instituições privadas, as universidades e os demais setores. Além disso, a discussão técnico-científica permitirá nortear o setor e apontar rumos para o desenvolvimento desta importante cadeia produtiva e consolidar mais uma alternativa tecnológica para a região e para o país”.