Editorial – edição 97

BOLETÍN INFORMATIVO, 
SEMANA DE ACCIÓN GLOBAL CONTRA LA ACUICULTURA INDUSTRIAL
La Redmanglar Internacional, apoya la campaña de Acción global contra la Acuicultura Industrial desarrollada en diversos países del mundo y se solidariza con todos los afectados por los intereses económicos mundiales. Esta campaña se ha desarrollado durante esta semana para llamar la atención sobre la necesidad de detener estos procesos que producen daños ecológicos irreversibles. Las acciones globales desarrolladas en países como Canadá, el Reino Unido o Chile, pretenden introducir campañas en contra de esta industria y sus productos a través de la distribución de información en supermercados, tiendas y cadenas de ventas de productos. Otra de las líneas de lucha contra la acuicultura está en el diseño de productos de comunicación para difundir información en afiches y video conferencias alusivas al tema. Se impulsa así mismo, uma acción de recopilación de información con testimonios de afectados que permita crear una conciencia mundial contra esta industria destructiva.
Redmanglar Internacional Octubre -2006

Como se não bastassem as preocupações com o cotidiano dos cultivos, com os custos de produção, com a impossibilidade de obter licenciamento ambiental, comercialização, entre tantos outros problemas, os aqüicultores terão ainda pela frente o acirramento das campanhas contrárias a aqüicultura, como esta que foi realizada em outubro pela Redmanglar. E para quem acha que isso só acontece nos outros países, é bom que saibam que a Redmanglar já atua intensamente no Brasil, apoiando ações que buscam demonizar o cultivo de camarões.

Os aqüicultores brasileiros podem não perceber, mas já sofrem muito com os efeitos dos grupos ambientalistas contrários à atividade. A prova disso, é a extrema dificuldade que têm para obtenção das suas licenças ambientais.

Não é exagero, portanto, imaginar que não está longe o dia em que propagandas contrárias ao cultivo de tilápia vão estar sendo veiculadas dentro dos nossos supermercados.

Nas sociedades democráticas o choro é livre. Reclama quem acha que deve, se defende quem acha que tem razão. O maior problema, porém, é saber como se defender de acusações que não são mais dirigidas à cultivos específicos, e sim voltadas para a aqüicultura, de forma ampla e irrestrita, como está claro nessa campanha da Redmanglar.

No passado o setor da carcinicultura minimizou os efeitos que essas campanhas poderiam ter sobre os negócios. O resultado disso é que hoje a imagem da carcinicultura no Brasil está associada ao que as ricas ONGs alardeiam, e não às avaliações positivas que diversos setores da sociedade fazem da atividade.

Dá pra ver que os próximos anos não serão mesmo muito fáceis para os aqüicultores, sejam eles brasileiros ou não. Mas seja qual for o caminho a ser tomado para reverter os efeitos dessas campanhas mal direcionadas, não podemos esquecer do principal: sem a aqüicultura, o pescado vai escassear dramaticamente na mesa do todos os indivíduos.

A fila, portanto, tem que andar. E aí está o Brasil crescendo a exemplo das últimas conquistas como as que publicamos nessa edição. Nossa capa ilustra a Fazenda Marinha Atlântico Sul, a maior produtora de ostras do País, e a Bahia Pesca, que comemora a produção dos seus primeiros alevinos de bijupirá, acenando para um novo cenário da piscicultura brasileira.

A todos muito boa leitura,

Jomar Carvalho Filho
Biólogo e Editor