Editorial_edição 01

O Brasil apresenta condições plenamente satisfatórias para dispor de uma aqüicultura forte; capaz de gerar riquezas e bem estar social. Os recursos naturais disponíveis, principalmente o grande número de represas, lagos, açudes, rios e ainda uma extensa costa, permitem que a atividade cresça consideravelmente. A diversidade de condições climáticas é outro fator favorável.

Essas constatações, por si só, não produzem qualquer efeito, a não ser que as autoridades, que as conheçam bem, desenvolvam ações concretas para a viabilização do setor.

A expectativa governamental de exploração desse potencial produtivo – aqüicultura- no atual governo, foi maior do que o incremento da pesca industrial e/ou artesanal. O Plano Nacional de Desenvolvimento – PND- previa um acréscimo de 200 mil toneladas de pescado proveniente de aqüicultura em cinco anos, no período de governo que está findando, e que não vai ocorrer.

A aqüicultura, considerada por muitos como hobby, é na verdade uma fonte geradora de novos empregos, capaz de fixar a mão-de-obra fora dos grandes centros e desempenhar importante papel no campo socioeconômico.

Na busca de melhores produções nos sistemas de cultivo, cabe ressaltar o papel dos aqüicultores que realizam experimentos com espécies nativas, contribuindo, dessa forma, para melhor conhecimento de espécies ameaçadas em seus ecossistemas por razões diversas, como a poluição, a sobrepesca e até pela modificação de ecossistemas nativos.

Assim, lembramos às pessoas e entidades que conhecem a real potencialidade da aqüicultura no Brasil que é obrigação de todos contribuir para a sua consolidação e expansão.