A EMCAPA – Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária, passa a bola, ou seja, passa o seu Laboratório de Pesquisas em Larvicultura de Camarão de Água Doce – camarão da Malásia, em Barra do Sahy – ES, para a EMATER-ES. A nova configuração da pesquisa Capixaba é a mais recente prova de que o sistema EMBRAPA é incapaz de gerir pesquisas na área de Aqüicultura a exemplo de outras empresas estaduais bem conhecidas. A aqüicultura é uma atividade com uma linguagem própria, bem diferente da agricultura e da pecuária.
Os administradores dessas empresas de pesquisa, ligadas ao Sistema Cooperativo de Pesquisa Agropecuária, não absorvem, de forma alguma, a “linguagem aqüícola” e passam a bola adiante, como no caso recente. Infelizmente, e não é de hoje, a aqüicultura atrai políticos e administradores vaidosos. É uma pena.
Vale a pergunta: Onde então vai ser desenvolvida, de forma estável, segura e objetiva, a pesquisa em aqüicultura no País? Nas Universidades? Na Marinha (vide o IPqM)? Ou será na iniciativa privada (coitada, vem gloriosamente dando nó em pingo d’água para se viabilizar financeiramente. Imaginem sustentando programas de pesquisas que são de interesse nacional)? Afinal, quem vai assumir e ter a glória de reconhecer que a Aqüicultura no Brasil não é hobby, como a aquariofilia, e sim necessidade de produzir proteína animal para alimentar seres humanos, além de tornar digno o produtor que a pratica tal qual o agricultor e o pecuarista?
Dizem que é o IBAMA quem norteia a aquacultura no Brasil. Então, quem souber alguma resposta para as perguntas acima escreva para lá , endereçando, a não sei quem, e plante uma idéia naquele deserto.