Ao propagar tambaquis em fevereiro último, no Espírito Santo, Elek Professor Woynarowich, deixou escapar que aquela era a última vez que estava propagando tambaquis. Para um bom entendedor, o Professor quiz dizer com isso que esta era a sua última visita ao Brasil. Indagado sobre isso dias depois, antes de seu embarque de volta para Hungria, Woynarowich tentou desconversar mas acabou falando de sua idade avançada e dos elevados custos das passagens aéreas. Mas, quem o conhece e vê sua energia aos quase 80 anos de idade, sabe que saúde e garra para o trabalho não faltam a este húngaro a quem tanto respeitamos. Nesta edição, o Professor fala aos leitores do Panorama da AQÜICULTURA sobre o que chamou de “regras gerais para a propagação de peixes no Brasil”. Esperamos que esta, de fato, não tenha sido a última visita que este cientista-operário tenha feito ao nosso país. Somente aqueles que compartilharam de sua companhia e com ele dividiram as tarefas de uma propagação artificial, sabem do grande prazer de aprender um pouco mais com sua rica experiência. Fica aqui gravado nosso carinho e respeito ao Professor Woynarowich e uma dica para as associações, cooperativas ou mesmo produtores para que se organizem de forma a custear mais uma vez a sua vinda ao Brasil.
Jomar Carvalho Filho
Biólogo e Editor
