A piscicultura brasileira cresce dia-a-dia, a olhos vistos, principalmente em determinadas regiões onde produção é palavra sagrada. É compromisso com o país.
Outrora atividade somente experimentada por grandes produtores com projetos agigantados, a aqüicultura vai passando por transformações e tende a ser uma atividade do médio e pequeno produtor. Daquele que não pode perder um centavo do seu suado investimento e que para isso, empenha-se literalmente, de corpo e alma.
Enquanto a piscicultura cresce, o setor de cultivo de camarões de água doce cai. O que deve ter ocorrido para isso? Dos cerca de 1.000 ha que estavam em operação a três anos atrás, sobraram menos de 300 ha. O que estará acontecendo?
Essas e outras perguntas estão para ser respondidas pelo recém formado “Grupo de Trabalho do Camarão de Água Doce”. Querem saber onde estão os entraves da atividade que chegou ao seu climax, ao mesmo tempo que o Brasil foi o segundo colocado mundial na produção desses crustáceos.
Quem sabe o camarão terá que fazer a mesma trajetória da tilápia. A princípio amada por todos, em seguida odiada e agora, finalmente, reabilitada por uma indústria, no Brasil e no exterior, cada vez maior. Quem sabe?
Será que o M. rosenbergii passará por esse processo de “tilapização”? O “Grupo de Trabalho” dirá, é o que todos esperam.
Quem já se envolveu com o camarão da Malásia, pode e muito, colaborar. Não mais com a falsa máscara de produtor bem sucedido, mas com a maturidade de quem experienciou a introdução de uma espécie de ótimo potencial.
Na aqüicultura, é sempre tempo de refletir, participar e acima de tudo trocar informações. E é com esse espírito, que tratamos a matéria dos bagres. As informações colhidas de diversos cantos do mundo, servirão como mais uma bússola de orientação para que precisa saber quem são esses peixes, que cada vez mais ocupam espaço no cenário da aqüicultura mundial.
Uma boa leitura,
Os editores