A trajetória de sucesso do engenheiro de pesca Philip Conolly (foto) e sua empresa Engepesca Ltda., que comemora seus dez anos de existência, espelha muito bem o desenvolvimento que a aqüicultura brasileira vem experimentando na última década.
Uma das formas de se avaliar o crescimento de uma atividade é acompanhar o perfil das empresas nela envolvidas e sua performance ao longo do tempo. O sucesso dessas empresas, além de servir de termômetro, ao gerar um clima de segurança no setor, encoraja novos empreendedores, fazendo com que se dê o crescimento almejado por todos.
Um bom exemplo na aqüicultura é o do engenheiro de pesca Philip Conolly que, incentivado pela experiência de 15 anos adquirida a bordo de barcos de pesca, cursos no exterior e projetos de pesquisa, está comemorando os 10 anos de fundação da Engepesca Ltda., uma empresa que produz petrechos capazes de atender os mais diversos tipos de capturas.
Conolly sabe que cada etapa que envolve uma atividade merece a sua devida consideração, e que o manuseio e a despesca talvez sejam aquelas que possuam maior importância na fase final de um cultivo aquático. Nesse momento, é preciso que se use equipamentos adequados, de forma que os peixes ou camarões ao serem capturados em grandes quantidades, não saiam do viveiro traumatizados, estressados ou danificados.
A Engepesca se especializou nesta fase do cultivo, sempre procurando orientar o aqüicultor na escolha de sua rede. Segundo Philip, a prioridade deve recair naquela que atenda as necessidades de cada ambiente proporcionando o máximo de retorno no seu uso e, para tal escolha, se faz necessário conhecer as muitas possibilidades de malhas e fios para cada finalidade específica. “É muito importante o dialogo constante que mantemos com os clientes, pois aprimoramos nossas redes a partir da troca de informações sobre o desempenho de nossos produtos”, conclui.
A dinâmica contudo é uma das características da empresa, que sabe da importância de estar atualizada com os mais recentes estudos realizados nos centros de pesquisa, de forma a oferecer ao consumidor, o que há de mais avançado em engenharia de métodos e artefatos de pesca. “Desde o início, procuramos fortalecer nossa presença no mercado através de uma clientela fiel que conhece nossa qualidade e um volume de estoques compatível à demanda.
Além disso, acreditamos que sempre vale a pena anunciar, pois o nome da empresa fica conhecido por todo Brasil, o que inevitavelmente rende novos negócios”.A Engepesca, que nesses 10 anos de existência, enfrentou e venceu todas as turbulências do mercado provocadas pelos planos econômicos para atender todo o país com uma vasta linha de redes, lança agora as “panagens brancas” para fabricação de picarés e tanques-rede.
Novidade: Panagem Branca
As grandes instituições de pesquisa, como o Marine Laboratory de Aberdeen, da Escócia e da NOAA/USA estão estudando o contraste de cores na água e o comportamento e reação visual dos peixes a estes materiais. Está comprovado que os peixes reagem a contrastes, se afastando ou se aproximando de uma rede, de acordo com a sua percepção visual. O emprego de diferentes cores ajuda a manter os peixes afastados das malhas até que sejam conduzidos aos ensacadores. Esta tecnologia também é utilizada em tanques redes na Escócia e no Chile onde as panagens brancas, visíveis aos peixes nos períodos noturnos, são utilizadas para evitar que os peixes se choquem contra as redes. Este princípio também ajuda a manter os predadores externos mais afastados em conseqüência da barreira branca formada pela lateral do tanque rede. Esta tecnologia também está sendo incorporada nos novos picarés para matrizes, para que se obtenha um maior poder de concentração e captura. Além disso, as redes brancas são mais macias e de excelente resistência
Phlip acredita que parcerias com universidades e centros de pesquisas podem levar a empresa a dar grandes saltos tecnológico e, com o objetivo de avaliar o desempenho de suas redes, quanto a resistência e durabilidade, a Engepesca já apoiou pesquisas com tanques redes do CEPTA/IBAMA, CEMIG e UFC e irá em breve, participar de um experimento de engorda de tilápias em jaulas flutuantes com a FUNPIVI/SC e outro de maricultura de garoupas com a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
Prudência e ousadia na medida e hora certas e, claro muito trabalho, é a receita de sucesso para a trajetória de Philip Conolly, um engenheiro de pesca que, sempre com seus pés no chão, procura ter a serenidade própria dos vencedores, para esperar o momento de alçar vôos cada vez mais altos.