O XIII Conbep – Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca – realizado em setembro último no bem equipado Centro de Convenções de Porto Seguro BA (1,2), apresentou uma excelente programação voltada para a aqüicultura. Após uma concorrida cerimônia de abertura (3), houve a colação simbólica de grau da primeira turma a se formar no Curso de Engenharia de Pesca da UNEB – Universidade do Estado da Bahia – Campus de Paulo Afonso (4). Os quatro dias que se seguiram foram de intensa programação, onde os participantes também puderam desfrutar de uma feira de produtos e serviços (5). Daniel Benetti, da Universidade de Miami, abriu a seção técnica do evento com uma palestra sobre o trabalho que realiza com o cultivo do bijupirá, e que já atraiu empresários capixabas para a sua implantação no Brasil.
Muito bem organizado pela Bahia Pesca, o Conbep abriu espaço para que importantes temas fossem discutidos como a legalização ambiental dos projetos aqüícolas. Uma seção especialmente voltada para a carcinicultura contou com a presença do presidente a ABCC, engenheiro de pesca Itamar P. Rocha, que falou sobre os impactos sócio-econômicos da atividade.
Uma mesa redonda sobre a carcinicultura e o meio ambiente reuniu Enox Maia (Compescal), Alberto Nunes (UFC), Alfredo Olivera (UFRPE) e Ralf Schawnborn (UFPE) (6). Mereceu destaque a participação de Alfredo Olivera (7), que apresentou um histórico da utilização do meio ambiente em diversas nações, estimuladas pelo conceito que cada uma delas tinha sobre o que era “desenvolvimento”. Mostrou também porque acha que “é diferente a carcinicultura equatoriana da década de 80, da brasileira que nasceu depois da Eco 92”, para discutir, por fim, “se a carcinicultura brasileira é, de fato, sustentável ou se ainda estamos num processo de sustentabilização?”.