Equinodermocultura

O cultivo de Equinodermos, um grupo animal marinho subestimado no Brasil

Por: Lúcia S. Campos – Creasey – [email protected]
Renata P.N. Lima – [email protected]


Algumas espécies de ouriços e pepinos-do-mar são comestíveis e potencialmente podem representar uma fonte de renda adicional a pescadores.

No Brasil, a pesca de equinodermos, apesar de freqüente, é pouco conhecida pelo público em geral, ocorrendo sem nenhum registro de desembarque. Mundialmente, em especial para o mercado asiático, alguns desses animais são verdadeiros “delicatessens”, altamente valorizados.

Os equinodermos, organismos que fazem parte do filo Echinodermata, são invertebrados marinhos, que constituem um dos mais notáveis grupos da fauna bêntica, encontrados desde as regiões entre-marés até aquelas que fazem parte das zonas batiais e abissais dos oceanos. São numerosos e variados na costa brasileira. Comumente são conhecidos como estrelas-pena (comatulídeos: crinóideos sem pedúnculo), lírios-do-mar (crinóideos pedunculados), serpentes-do-mar (ofiúros), estrelas-do-mar (asteróideos), ouriços-do-mar e bolachas-da-praia (equinóideos), e holotúrias ou pepinos-do-mar (holoturóideos).

O problema é que as populações das espécies comercializáveis não suportam uma pesca predatória. Esses animais geralmente possuem uma vida longa (em alguns casos até 30 anos) com crescimento relativamente lento, fator importante que reflete na rápida diminuição de populações naturais. Por isso, a formação de uma política que leve a uma exploração sustentável de equinodermos é essencial para evitar que entrem nas listas de espécies em extinção.

Na costa brasileira, o ouriço-do-mar Echinometra lucunter e o pepino-do-mar Isostichopus badionotus (espécies comuns na costa do Rio de Janeiro) são consumidos como alimento por pescadores, por populações de baixa renda (Nordeste), e também vendidos por preços elevados em restaurantes de origem européia e asiática.

O Laboratório de Equinodermatologia da Universidade Santa Úrsula, através do projeto “Conservação dos Estoques de Equinodermos e Desenvolvimento Sustentável de sua Pesca na Costa do Rio de Janeiro” vem desenvolvendo estudos para produção de equinodermos economicamente importantes que ocorrem na costa do Rio de Janeiro, com o objetivo de gerar informações sobre estoques naturais, viabilizar a criação desses animais em cativeiro e avaliar o tempo, espaço e custo necessários para o desenvolvimento e crescimento desses animais.

O mercado internacional e os Equinodermos comestíveis

Ouriços-do-mar

Comercialização

A comercialização e exportação de equinodermos têm aumentado muito nos últimos 20 anos em países como a Irlanda, os Estados Unidos e o Canadá. O produto é exportado especialmente para os países da Ásia, sendo seu principal consumidor o Japão. Outros países como a França, a Grécia e o Chile também comercializam equinodermos, especialmente os ouriços-do-mar.

Na França, durante muitos anos a produção da Bretanha era de 400 toneladas por ano, mas teve um declínio a partir de 1955, de tal forma que desde 1970 não supre mais o mercado de Paris, sendo este suprido pela pesca irlandesa.

No Canadá, entre 1981 e 1988, a demanda de exportação de ouriços ampliou de 9.8 toneladas (0,1 milhões de dólares canadenses) para 328 toneladas (3,6 milhões de dólares canadenses), sendo que em 1988, 94,3% deste produto foi exportado para o Japão, 4,8% para os Estados Unidos e 0,9% para outros países (dados de 1997). No Canadá e Estados Unidos os ouriços comercialmente explorados pertencem aos gêneros Strongylocentrotus e Paracentrotus, sendo explorados comercialmente quando possuem de 10 a 15cm de diâmetro. Porém, há registros de que a sobrepesca desses animais prejudica o recrutamento de indivíduos jovens, os quais necessitam da proteção dos espinhos dos adultos. Para evitar que as produções continuem diminuindo e para continuar suprindo o mercado de exportação, vários pesquisadores têm se empenhado no aperfeiçoamento das técnicas de aqüicultura para a criação desses animais.

No Japão, o preço médio de venda da ova de ouriço em 1996 era de aproximadamente US$ 85 por quilo, tornando este alimento um dos mais valiosos frutos do mar do mundo.O aumento da demanda das ovas naquele país gerou um extenso desenvolvimento de técnicas que incrementaram a pesca doméstica. O termo equinodermocultura (echinoculture no inglês) refere-se a criação de equinodermos, especialmente ouriços e pepinos-do-mar comestíveis, em cativeiro. No entanto, os ouriços, por serem mais valiosos que os pepinos, têm o seu cultivo mais bem desenvolvido ao redor do mundo.

Criação

A criação de ouriços no Japão é baseada na desova de populações naturais das espécies Pseudocentrotus depressusHeterocentrotus pulcherrimusStrongylocentrotus nudusAnthocidaris crassispina Tripneustes gratilla. Múltiplas desovas são possíveis quando os ouriços são bem alimentados, criados no escuro em água relativamente quente (±24oC), o que pode ser controlado através de ciclos fechados de criação (figura1)

Dependências para um projeto piloto de equinodermocultura pode incluir um laboratório de larvicultura para “hatchery” e uma sala de cultivo. O laboratório de larvicultura deve ser equipado com tanques de 200 L para permitir o desenvolvimento larval e um sistema de produção de fitoplâncton. A sala de cultivo deve ser termoregulada a mais ou menos 22o C com aeração apropriada e exposta a um fotoperíodo de 12 h/12 h.

A larvicultura tem início em laboratório, com a mistura dos gametas (Figura 4 esquema do ciclo). De três a quatro dias após a fecundação, o estágio inicial de larva plúteos requer microalgas planctônicas como alimento. A diatomácea Chaetoceros gracilis é comumente utilizada em berçários de ouriços comerciais. As larvas são então cultivadas em tanques de 1000 litros com fluxo contínuo de água do mar filtrada em malhas de 1µm. O assentamento dos ouriços ocorre cerca de 16-30 dias após a fertilização dependendo da temperatura da água. O assentamento é induzido por placas transparentes, onduladas, feitas de policarbonato, recobertas pela alga verde Ulvella lens ou pela diatomácea bêntica Navícula ramosissima, que servem como recurso alimentar inicial aos ouriços juvenis. Essas colocadas em tanques indoor. Uma alimentação com Ulva lactuca inicia-se quando os juvenis atingem 3-4 mm de diâmetro. Quando os animais possuem 4-5 mm de tamanho são liberados nos tanques de crescimento. Os juvenis estão prontos para recaptura 2 anos depois, quando chegam a atingir mais de 40 mm de diâmetro.

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Vários trabalhos têm sido realizados mundialmente para verificar a qualidade do alimento para manutenção da criação. O crescimento gonadal é afetado pela qualidade e a maneira como esses ouriços são alimentados, sendo que este tipo de manipulação ocorre para atender as demandas do mercado e o gosto do consumidor. A Figura 5 (fotos dos dois tipos de gônadas – do Hagen) mostra a aparência de gônadas consideradas de boa qualidade e de menor qualidade. A coloração da gônada nem sempre altera o sabor, muitas vezes depende da espécie que está sendo consumida. Porém, o consumidor exigente prefere gônadas de cor laranja vivo, o que pode ser atingido adicionando-se caroteno ao alimento dos ouriços. Além disso, o Dr John Pearse da University of California em Santa Cruz declara que ouriços alimentados artificialmente apesar de não crescerem muito no primeiro ano de vida, produzem gônadas bem desenvolvidas. A energia que os ouriços consomem como alimento é transferida para as gônadas, mas não necessariamente para a produção de gametas. A criação em ciclos fechados oferece o potencial de inibir a maturação sexual através do controle do fotoperíodo e da temperatura, desta forma estendendo a fase de captura dos ouriços e aumentando a qualidade das gônadas.

Pepinos-do-mar

Comercialização

A pesca de pepinos-do-mar é geralmente desenvolvida em pequena escala, sendo que das centenas de espécies de holotúrias (cerca de 1100), apenas algumas (10-20 espécies dos gêneros ActinopygaBohadschia, Holothuria, Microthele, Isostichopus, Parastichopus, Stichopus e Thelonota) são cultivadas com propósito comercial, já que as outras são pequenas ou possuem toxinas na parede do corpo. Todas as espécies são encontradas em águas rasas, podendo algumas ser coletadas até 40 metros de profundidade. Além disso, acredita-se que a carne dos pepinos-do-mar contém produtos químicos com propriedades de cura para algumas formas de câncer e podem ser usados em tratamentos antibactericidas e antifungicidas. Porém, como no caso dos ouriços, a pesca de pepinos-do-mar tem sido predatória e, proporcionalmente à sua exploração, pouco estudada em todo o mundo.

Na British Columbia (Canadá), a pesca do pepino-do-mar Parastichopus californicus foi de 1.922 toneladas em 1988. Porém, sua pesca teve um decréscimo para uma cota anual de 238 toneladas em 1993. No Chile a captura registrada aumentou de zero, antes de 1991, para 1601 toneladas em 1991, e depois teve um declínio para 4 t em 1994 (FAO, 1998).

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O comércio internacional de pepinos-do-mar aumentou dramaticamente nos anos 80, atingindo um volume de 10.000 toneladas anuais de pepinos secos, de acordo com informações compiladas pela FAO em 1998. Segundo dados da FAO para 1996 (informação publicada em 1998), foram registrados 20 países como sendo os maiores produtores em termos de captura em quantidades significativas (mais de 10 t/ano). No entanto, a alfândega de Hong Kong listava aproximadamente 40 países como provedores de pepinos-do-mar secos para o seu território (quase o dobro do número de países provedores em meados dos anos 80).

Os países exportadores de pepinos-do-mar incluem Austrália, Canadá, Chile, Índia, Indonésia, Equador, Fidji, Quênia, Madagascar, Malásia, Maldivas, Moçambique, Nova Caledônia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Tanzânia, Tuvalo, Estados Unidos da América, Vanuatu, Yemen. Todos produzindo mais de 10 t/ano. Dentre esses países listamos alguns na tabela abaixo.

Os países importadores de pepinos-do-mar mais importantes (importam mais de 100 t/ano) são Hong Kong, Singapura, Taiwan, China, Malásia e Coréia do Sul. Hong Kong é o maior consumidor, sendo responsável por 80% do comércio mundial de pepinos-do-mar, que no início da década de 90 chegou a 10.000 t/ano.(tabela 2)

Criação

Há 50 anos já se fazia criação de pepinos-do-mar no Japão, entretanto a produção comercial só se intensificou há uns 10 anos, com a liberação no ambiente de mais de 2,5 milhões de juvenis em 1994. Essa reposição de estoque no Japão, teve como objetivo aumentar a proporção de variedades mais valiosas de Stichopus japonicusJá em meados dos anos 80, das 2375 toneladas de peso seco de pepinos-do-mar produzidas na China, 1023 t eram provenientes da aqüicultura. A produção de pepinos-do-mar através da aqüicultura pode evitar problemas como os que ocorrem em Galápagos, onde a pesca predatória e ilegal está devastando as populações de espécies comestíveis.

Alguns experimentos com a criação e montagem de equinodermocultura bem sucedida foram realizados nas Ilhas Maldivas com as holotúrias tropicais Holothuria fuscogilva e Thelenota ananas . Os Drs Battaglene e Bell (1999) criaram o pepino-do-mar do Pacífico tropical Holothuria scabra, que apresentou um crescimento inicial relativamente rápido, sendo seus juvenis liberados no ambiente com 2 a 3 meses de idade, com o objetivo de aumentar os estoques no meio marinho.

No Japão, os juvenis de Stichopus japonicus são liberados com seis meses de idade medindo 2-8 cm, em tanques de crescimento nos ciclos fechados de criação em policultivos com ouriços, e recapturados um ano mais tarde medindo aproximadamente 20 cm. Esse rápido crescimento provavelmente se deve ao crescimento em regime de policultivo. A criação de pepinos-do-mar junto com os ouriços-do-mar parece ser uma boa opção, já que os pepinos se alimentam das pelotas fecais dos ouriços, porém, isto precisa ser mais cuidadosamente investigado.

Pepinos-do-mar vêm sendo utilizados em criações consorciadas experimentais em carciniculturas na Índia. Essa associação beneficia as duas criações. Sabe-se que uma parte do alimento oferecido aos camarões sedimenta, eutrofizando o ambiente aquático. Como as espécies de pepinos-do-mar comestíveis são oportunistas e, principalmente, detritívoras, alimentam-se também dos depósitos e matéria orgânica presentes no fundo. Assim, os pepinos-do-mar apresentam um crescimento espetacular com um incremento de 50 a 100% no peso total do corpo em um ano (um pepino pesando inicialmente 32 g e medindo 2 cm, em um ano poderá pesar 320 g, medindo 20 cm). Nos viveiros de camarões da Índia, os camarões apresentam um crescimento mais rápido, já que a presença dos pepinos-do-mar no fundo proporciona uma melhoria na qualidade de água.

Equinodermos no mercado brasileiro

No Brasil, ouriços-do-mar são vendidos inteiros ou com suas gônadas já extraídas para os restaurantes. O valor é calculado sobre o peso das gônadas (chamadas ovas pelos consumidores). Em alguns restaurantes, as gônadas de um ouriço são vendidas por R$6,00. O preço varia de região para região, mas o valor pode chegar a R$25,00 por 50 gramas, ou seja, R$500,00 por quilo de gônadas frescas. Este alto valor ocorre porque o produto, que é coletado geralmente através de mergulho, de não é fornecido com freqüência e muitas vezes é difícil de ser adquirido em boas condições, isto é, com as gônadas maduras. Na cidade do Rio de Janeiro, segundo o gerente de um restaurante japonês, os ouriços nem sempre são encontrados com as ovas boas e, em certas épocas do ano, os fornecedores desaparecem.

Baseando-nos no preços acima citados e assumindo que a capacidade de consumo de 20 restaurantes que comercializam ‘sushi’ seja de 1kg de ovas de ouriço cada, teríamos um mercado de 80kg de gônadas por mês, equivalente a um valor de R$40.000,00 mensais. Supondo que, com a alimentação artificial, 1kg de ouriços proporcione 100g de gônadas (estes valores são estimados com base no peso úmido médio de 100 ouriços numa fase de índice gonadal alto), então seriam necessários 800kg de ouriços (peso úmido total do corpo) por mês para suprir nossos 20 restaurantes clientes. Na natureza, o Echinometra lucunter (ouriço comercializado no Brasil) pode viver em altas concentrações, equivalente a até 40kg por metro quadrado. Uma pesca nesta escala no ambiente natural causaria uma enorme destruição ecológica. No Nordeste, por exemplo, os recifes normalmente são destruídos no processo da pesca do ouriço. Para a realização da equinodermocultura, seria necessária uma área de criação de ouriços de 20m2 cada mês. Os ouriços levam em média 3 anos para crescer antes de poderem ser consumidos, então seria necessária uma área total de 720m2 para uma criação que mantivesse um suprimento contínuo. Porém, a avaliação dos custos de manutenção de uma equinodermocultura lucrativa precisa ser melhor estimada em função da biologia das espécies utilizadas, da viabilidade de criação em policulturas e da demanda do mercado.

Outros restaurantes no Rio de Janeiro já anunciam as ovas de ouriços como “delicatesse” cara, com a falsa idéia de que no Brasil há muitos a serem explorados (verificar anúncios O Globo, Rio Show, 7/04/2000; e Jornal do Brasil Ano 24, No. 1250, Domingo, p.36). Porém, se esses equinodermos forem explorados continuamente, as populações rapidamente podem diminuir e nossos estoques serão rapidamente esgotados.

No Brasil, pouco se conhece sobre os estoques de ouriços e muito menos de pepinos-do-mar. Estes organismos sequer entram na lista de organismos bênticos de importância econômica para o programa REVIZEE – Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva. As espécies bênticas consideradas como recursos bênticos de importância econômica é composta dos seguintes grupos: crustáceos, moluscos e algas, sendo estas também utilizadas para a atividade agrícola. No entanto, além do consumo como alimento, a carapaça dos ouriços é rica em carbonato de cálcio e também pode ser utilizada na agricultura.

Além dos pepino-do-mar e dos ouriços-do-mar, as estrelas-do-mar também são exploradas comercialmente e vendidas para aquários marinhos, como souvenires ou para fins religiosos (manifestações do espiritismo, como a umbanda e o candomblé e grupos “New Age”, por exemplo). Os preços das estrelas variam dependendo da fonte e do local de venda entre R$5,00 (cinco reais) e R$15,00 (quinze reais) para estrelas nacionais. Animais vivos para aquários podem ser ainda mais caros. Da mesma forma que os ouriços e os pepinos-do-mar, as estrelas-do-mar também possuem crescimento lento e podem ser facilmente exterminadas de nossa costa se não houver uma regulamentação de sua pesca, ou produção para fins comerciais.

Estrelas-do-mar, como as espécies de Echinaster, que apresentam coloração vermelha e tem pequeno porte, com tamanho de raio (medida da boca à extremidade distal do braço) geralmente até uns 10 cm, podem levar até 14 anos para atingir o tamanho de 5 cm no ambiente natural, mas menos de 3 anos, para atingir o mesmo tamanho, se bem alimentadas e em condições adequadas em laboratório.

Oreaster reticulatus, estrela grande, talvez a mais popularmente conhecida em nossa costa, de corpo robusto, coloração alaranjada e muito comum na região de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, é indiscriminadamente retirada de seu meio. Esta estrela é carnívora, possui uma participação importante na teia trófica, no controle de ouriços-do-mar e outros organismos. É vendida por cerca de R$10,00 (dez reais) a unidade, muitas vezes cortadas ao meio (face oral e face dorsal), de tal forma que cada metade tem este preço. O mesmo ocorre com as estrelas de substratos inconsolidados do gênero Astropecten. Estas são vendidas em lojas de souvenires e feiras hippies, transformadas em cinzeiros, brincos e “outras criaturas” geradas por artesões que as vendem, pela metade, por preços que variam de R$7,00 (sete reais) (um cinzeiro por exemplo) a R$35,00 (trinta e cinco reais) (um enfeite).

Devido ao alto valor econômico dos equinodermos especialmente no mercado internacional, é crucial que os brasileiros não fiquem para trás na explotação controlada desse recurso pesqueiro, já que possuímos uma grande extensão de costa onde esses animais ocorrem. A equinodermocultura pode ser desenvolvida com os devidos controles de qualidade da água, do cultivo das larvas, das dietas das larvas e adultos, de tal forma que a indústria tem condições de se desenvolver de uma maneira sustentável e sem impactar o ambiente.