O Labomar – Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará, anuncia para o dia 17 de dezembro próximo, a inauguração do Centro de Estudos Ambientais Costeiros, a primeira estação de pesquisa em maricultura no Nordeste do Brasil, resultado de uma parceria público-privada, envolvendo o Grupo AlphaVille, empresa construtora de condomínios residenciais, a Prefeitura Municipal do Eusébio, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) e o próprio Labomar.
O Centro de Estudos Ambientais Costeiros, cujo custo de construção e equipamentos está avaliado em US$ 300 mil, foi erguido numa área de 4,4 ha localizada há cerca de 21 km da sede do Labomar, no estuário do Rio Pacoti, município do Euzébio-CE, em uma área de preservação ambiental, onde também se encontra implantado o AlphaVille de Fortaleza. O Centro de Estudos Ambientais contará com um galpão coberto de 300m², que abrigará salas para instalação das Fundações AlphaVille e Edson Sá de Meio Ambiente, a Direção do Centro, pessoal técnico e auditório polivalente para apresentação de palestras e dos cursos de educação ambiental e capacitação. Além disso, um pátio coberto de 150m² será utilizado para abrigar os tanques de piscicultura, equipamentos, armazenamento de insumos e culturas paralelas para alimentar os organismos cultivados. Outro pátio plano descoberto de 300m², abrigará tanques para a larvicultura, cultivo de camarão nativo, algas e outros recursos estuarinos.
Parcerias
Entre os principais objetivos do Centro destaca-se a promoção da consciência ambiental, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sustentáveis de cultivo e a promoção da maricultura.
Segundo Alberto Nunes, pesquisador do Labomar designado para ocupar o cargo de diretor do Centro de Estudos Ambientais Costeiros, inicialmente serão desenvolvidos quatro projetos principais, que já dispõem de recursos liberados por parte do Ministério de Ciências e Tecnologia, Seap e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. São eles: Piscicultura Marinha, Cultivo de Moluscos, Lagosta Viva e Educação Ambiental. Ainda, segundo Nunes, há um interesse muito grande em estabelecer parcerias nacionais e internacionais na área de maricultura, que podem envolver ostras, camarões, reprodução de peixes marinhos, patologia, genética e nutrição.
Na opinião de Luis Parente, Diretor do Labomar, para compor as parcerias serão priorizadas as instituições que possam contribuir com o desenvolvimento de novas tecnologias. Segundo ele, “o Brasil tem recursos naturais, infraestrutura e espírito empreendedor para ser uma nação lider na produção de pescados. Temos que fazer a nossa parte para ajudar as gerações futuras, ajudando a indústria e as pessoas a superar os desafios de agora, com soluções inovadoras”, completou.