Levantamento das Unidades de Piscicultura do Estado de São Paulo Documento Técnico nº 123
Lançado recentemente pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento via Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), o “Levantamento das Unidades de Piscicultura do Estado de São Paulo – Documento Técnico nº 123”, traz um raio-X completo das pisciculturas do Estado de São Paulo. Informações obtidas pelos técnicos da CDRS em todas as regiões do Estado de São Paulo e de pesquisadores do Centro de Informações Agropecuárias (Ciagro), vinculado à CDRS são ilustradas com quadros e tabelas, que demonstram claramente a expansão da atividade e o percentual das espécies de peixes de cultivo. Segundo os autores, o documento permite programar ações para que a atividade continue a se desenvolver de forma sustentável.
Segundo o coordenador da CDRS, engenheiro agrônomo José Luiz Fontes o estudo é uma ferramenta essencial para entender o aumento da produção de peixes, em especial da tilápia, no Estado de São Paulo. “Ações podem ser executadas a partir desse conhecimento para que a atividade se desenvolva de forma adequada e sustentável e atinja o potencial esperado”, relata Fontes.
O pesquisador Luiz Marques da Silva Ayroza, diretor técnico de Departamento da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta Regional), assina o prefácio do documento. “O potencial de expansão é imenso, seja no mercado interno ou de exportação”, garante Ayroza, que foi convidado por sua estreita relação com a piscicultura, além de ter atuado ativamente na elaboração de outras publicações editadas pela CDRS, tais como o Manual Técnico de Piscicultura e o Levantamento das Pisciculturas da Região Oeste do Estado de São Paulo- Documento Técnico 122, que forneceu dados referentes às principais regiões produtoras de peixes de cultivo no Estado de São Paulo.
Para Luiz Ayroza “o Brasil tem condições ideais para a atividade, e o Estado de São Paulo, que sem dúvida é o maior mercado consumidor, também tem as condições necessárias para continuar em expansão, inclusive com outras espécies de peixes, como o peixe panga ou pangasius”, afirmou.
O engenheiro agrônomo Fernando Carmo, que atua na CDRS Regional Jales, e que capitaneou a publicação dos dois Documentos Técnicos, conta que para a atual publicação foi disponibilizado um link, que possibilita verificar as atualizações constantes da evolução da piscicultura.
O zootecnista Diego Barrozo, um dos autores, explica que não só a quantidade e variedade de peixes pode ser observada, mas também as variadas formas de cultivo em todo o Estado, como os viveiros escavados, barramentos, tanques-rede e, inclusive, as atividades de pesque-pagues. “A publicação é bastante visual e qualquer interessado na atividade pode obter boas informações”, afirma Diego Barrozo, lembrando que a união e o empenho dos colegas Jairo Tcatchenko, do Ciagro, e Marcus Vinícius Salomon, da assessoria da CDRS, fizeram com que o trabalho fosse agilizado, em função de novas ferramentas.
O podcast da Secretaria de Agricultura e Abastecimento sobre este lançamento está disponível em: https://spoti.fi/3vnnZN0
O Documento Técnico 123 pode ser baixado gratuitamente, no link: https://bit.ly/34CVsHu
E-Book: Aquicultura na Amazônia: Estudos Técnico-Científicos e Difusão de Tecnologias
“A aquicultura pode vir a ser o motor de um novo ciclo de desenvolvimento sustentável na Região Amazônica, além de ser uma das melhores ferramentas na luta contra a fome e a pobreza rural, na diminuição do desmatamento e na emissão de gases de efeito estufa”, diz Felipe Matias, no prefácio deste livro, que é um instrumento de popularização do conhecimento técnico-científico. O trabalho apresentado na forma de E-book teve como desafio oferecer uma síntese abrangente sobre os principais temas voltados ao desenvolvimento da aquicultura na região Amazônica. A publicação comprova a importância da atividade nessa região, cuja diversidade de espécies e possibilidades de manejos já são um grande desafio.
A obra possui uma abrangência de tópicos e atualidades do manejo em aquicultura, não só para algumas das mais importantes espécies de peixes amazônicos, mas também para outros animais aquáticos com potencial de criação, seja ela voltada ao abate ou fins ornamentais. “Aquicultura na Amazônia: Estudos Técnico-Científicos e Difusão de Tecnologias” é, portanto, de grande contribuição àqueles que buscam mais oportunidades de entendimento tanto do mundo que os cerca, como também de como fazer mais e melhor pela produção de alimentos nutricionais.
Na publicação, didaticamente dividida em seções e capítulos, observa-se a divulgação do conhecimento e o envolvimento daqueles que se dedicam a produzir ciência na região. A Seção A, dividida em quatro capítulos, diz respeito aos sistemas de produção, citando diferentes tecnologias sustentáveis para a aquicultura na Amazônia. A Seção B, com cinco capítulos, faz um amplo relato sobre a Economia Aquícola e sua relação com as bases para o desenvolvimento técnico e econômico. A Seção C, também com cinco capítulos, versa sobre Nutrição e Manejo Alimentar de Peixes Amazônicos e, a Seção D, traz considerações sobre o importante tema da Reprodução e Preservação da Biodiversidade das Espécies de Importância Comercial, sendo dividida em três capítulos. Por fim, a Seção E dividida em seus quatro capítulos, trata sobre a Fisiologia e Sanidade Aquícola Aplicada à Piscicultura.
De grande importância para o setor produtivo e acadêmico a obra contou com o apouio de diversas instituições entre elas o IFAM, UFRB, Unifesspa, UNESP/CAUNESP, UNB, UFV, UFRRJ, UFRGS, UFRA, UFPA, UFOPA, UFMS, UFMG, UFAM, Johns Hopkins University, IPAAM, INPA, IFPA, FVS/AM, EMBRAPA Aquicultura e Pesca, EMBRAPA Amazônia Ocidental, EMBRAPA Amapá e Bahia Pesca S/A.
O E-Book é disponibilizado gratuitamente através do link de acesso https://bit.ly/3fpFYx3
Tambaqui: benefícios econômicos com a adoção do Tambaplus Parentesco
Produtores de alevinos, técnicos e todos os interessados em tecnologias direcionadas para a melhoria da aquicultura brasileira contam agora com mais informações sobre a cadeia produtiva do tambaqui Colossoma macropomum, espécie nativa mais produzida no Brasil.
A recém lançada publicação “Tambaqui: benefícios econômicos com a adoção do Tambaplus Parentesco” elaborada por pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), apresenta aos leitores os resultados do uso do Tambaplus Parentesco, uma ferramenta genômica que visa proporcionar bom retorno financeiro para aqueles que se dedicam à criação do tambaqui. Segundo os autores, para cada R$1,00 investido pelo produtor, o retorno pode chegar a R$195,00. Para Manoel Xavier Pedroza Filho, um dos autores, “a produção de pós-larvas, alevinos e juvenis é um dos segmentos mais importantes de dentro da cadeia produtiva da aquicultura, pois a qualidade destes insumos tem impacto direto sobre o desempenho zootécnico e econômico dos cultivos. Neste sentido, os ganhos gerados com a utilização do Tambaplus terão reflexos em todo o setor, uma vez que as melhorias proporcionadas por essa tecnologia poderão resultar em um produto de menor preço para as indústrias de processamento e para o consumidor final”. Pedroza Filho afirma ainda que “o controle genético dos plantéis é um processo fundamental para o desenvolvimento de qualquer cadeia aquícola, sendo amplamente difundido na produção de espécies mais consolidadas como o salmão e a tilápia”.
Segundo o pesquisador Alexandre Caetano, responsável pelo desenvolvimento dessa ferramenta e um dos autores, o documento foi elaborado com linguagem simples e oferece ao produtor informações que o auxiliarão tanto no aumento da produtividade quanto na redução das perdas durante o processo de alevinagem e engorda de espécies nativas, especialmente do tambaqui. A publicação traça ainda um panorama das tendências econômicas da aquicultura no país colocando em perspectiva dados que apontam para a tendência de crescimento do setor.
O desenvolvimento do Tambaplus Parentesco ocorreu dentro do Projeto BRSAQUA, a partir de dados gerados por outros projetos da Embrapa já finalizados. O trabalho científico conta com financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Secretaria da Aquicultura e Pesca (SAP), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e da própria Embrapa. Participaram do trabalho os pesquisadores Alexandre Caetano, Patrícia Ianella, Manoel Xavier Pedroza Filho, Roberto Manolio Valladão Flores, Leonardo Castilho-Barros e Éder José de Oliveira.
A publicação pode ser acessada em: https://bit.ly/3fO5M4E