XVII CONBEP – A décima sétima versão do Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, que tem como objetivo estimular e apoiar estudos sobre Engenharia de Pesca nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, será realizada no período de 27 de novembro a 01 de dezembro de 2011, no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia – Hangar, em Belém – PA. O encontro desse ano congregará diversos setores da aquicultura ao promover eventos paralelos, tais como a Expo CONBEP – Feira de Aquicultura e Pesca; I Seminário de Desenvolvimento Tecnológico e Manejo do Caranguejo-uçá no Nordeste Paraense; I Fórum das Classes Representativas do Setor Pesqueiro Paraense – Uma Abordagem Político, Social e Econômico; III Encontro de Ostreicultura do Nordeste Paraense e, II Workshop de Cultivo do Pirarucu. Mais informações sobre o evento no endereço: www.conbep2011.com.br e fones: (91) 8112-8546 e (91) 3228-4893.
WORKSHOP PIRARUCU – A aprovação do Edital MCT/CNPq/FINEP no 04/2011 permitirá que, no período de 11 a 13 de agosto, seja realizado em Recife o workshop “Avaliação da atual cadeia produtiva do pirarucu, Arapaima gigas no Brasil: entraves tecnológicos e perspectivas para seu desenvolvimento”. No evento, pesquisadores e produtores envolvidos com projetos e criações do pirarucu no país discutirão os principais resultados de estudos com esta espécie, os entraves da sua cadeia produtiva e a necessidade das futuras pesquisas, com o intuito de contribuir para consolidar este peixe na piscicultura brasileira. Na programação do workshop, além de palestras sobre a situação atual e demandas tecnológicas do pirarucu, serão formados seis grupos de trabalho que discutirão toda a cadeia produtiva do peixe, passando por sua biologia, reprodução, produção de alevinos, alimentação, sistemas de produção e comercialização.
RUMO A REITORIA – O engenheiro de pesca e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fábio Hazin, que ocupa atualmente o cargo de Diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura, sairá como candidato à reitoria dessa universidade, na chapa “Mudar é Possível”, cuja visão de gestão se fundamenta em três pilares básicos: participação, transparência e eficiência. É o setor pesqueiro se projetando academicamente, uma vez que o curso pioneiro de engenharia de pesca se encontra nessa universidade, sendo o único curso da instituição avaliado pelo MEC/INEP com conceito máximo e considerado cinco estrelas.
AQUICULTURA ORGÂNICA – Em 8 de junho, a então ministra do MPA, Ideli Salvatti e o ministro do MAPA, Wagner Rossi, assinaram a Instrução Normativa Interministerial no 28, que estabelece as normas técnicas para os sistemas orgânicos de produção aquícola. Quanto aos aspectos ambientais, a INI no 28 prevê que os sistemas orgânicos de produção aquícola devem buscar a manutenção das áreas de preservação permanente; a atenuação da pressão antrópica sobre os ecossistemas naturais e modificados; a proteção, a conservação e o uso racional dos recursos naturais; o incremento da biodiversidade dos organismos aquáticos e, a regeneração de áreas degradadas. Recomenda que, sempre que possível, deve-se promover o cultivo integrado ou policultivo, beneficiando sinergicamente as espécies e promovendo o ciclo de nutrientes no sistema. A INI estabelece também os padrões que devem ser seguidos no período em que as unidades de produção estiverem se convertendo para o sistema orgânico, bem como o tempo mínimo, que será variável de acordo com o tipo de exploração e a utilização anterior da unidade de produção. Ao tratar da sanidade, a INI determina que a saúde dos organismos aquáticos deve ser promovida por meio de estratégias prioritariamente preventivas. Sobre os aspectos sociais dos sistemas orgânicos de produção, a INI determina que devem ser buscadas relações de trabalho fundamentadas nos direitos sociais determinados pela Constituição Federal e a busca da melhoria da qualidade de vida dos agentes envolvidos em toda a rede de produção orgânica. A INI no 28 também estabelece as normas para a aquisição de organismos para o plantel e para engorda, bem como a alimentação e o abate, que deve considerar medidas que visem à minimização do sofrimento dos organismos aquáticos por ocasião da despesca.
CAMARÃO DA AMAZÔNIA – No último dia 28 de junho a Emater do Estado do Pará selecionou dois piscicultores que participarão do projeto Camarão da Amazônia, que garante a implantação da primeira Unidade Demonstrativa de Camarão da Amazônia no Estado do Pará. Segundo o técnico Geovanny Farache, responsável pelo trabalho, as ações de implantação do projeto começarão na segunda quinzena de agosto, com a doação de pós-larvas de camarão amazônico (Macrobrachium amazonicum), para a implantação da Unidade de Observação em Abaetetuba. As atividades voltadas para a produção de camarão na região foram iniciadas no final do mês passado.
CURSOS ON LINE – A Acqua Imagem está inaugurando seu campus de treinamento online. O projeto visa reunir cursos e palestras sobre os mais diversos temas relacionados à piscicultura. Com mais esta ferramenta empresários, produtores, técnicos, estudantes, professores e pesquisadores poderão investir em sua capacitação à distância. A Acqua Imagem presta serviços a diversos setores da cadeia produtiva da aquicultura no Brasil. Fundada em julho de 1999, a empresa reúne uma equipe multidisciplinar, com profissionais de sólida formação acadêmica e ampla experiência no setor. A empresa também mantém um programa anual de cursos presenciais em sua sede em Jundiaí e realiza treinamentos personalizados para empresas e instituições públicas e privadas no Brasil e exterior. Mais de 3.000 pessoas no país já atenderam os cursos presenciais e treinamentos personalizados da Acqua Imagem. Com seu campus de treinamento online a Acqua Imagem espera estender a qualidade de seus treinamentos a um número ainda maior de produtores e profissionais em todo o Brasil e em países vizinhos da América Latina. No site da empresa, www.acquaimagem.com.br, além da agenda anual de treinamentos presenciais os interessados poderão encontrar informações mais detalhadas sobre o treinamento online, que já iniciou sua primeira turma com o curso “Monitoramento e Correção da Qualidade da Água na Piscicultura”, com mais de oito horas de vídeo e aulas divididas em dez capítulos. Além das aulas os alunos realizam exercícios de fixação, participam de fóruns de discussão e chat online com os instrutores Fernando Kubitza e João Lorena Campos. Novos cursos e palestras específicas estarão disponíveis no campus online a partir de agosto deste ano.
FAZENDAS MARINHAS – Ubatuba é a primeira cidade do Estado de São Paulo a regularizar a cessão de fazendas marinhas. Mitilicultores de Ubatuba receberam do MPA e da Secretaria do Patrimônio da União 15 áreas destinadas à maricultura localizadas nas praias da Fortaleza, Almada, Enseada, Barra Seca, Bonete, Itaguá, Enseada do Mar Virado, Lázaro. A última fase do processo agora é o licenciamento ambiental.
IPESCA – O Grupo de Estudos em Aquicultura do Instituto de Pesca (GEAIP), coordenado pelo pesquisador Leonardo Tachibana ([email protected]),quinzenalmente promove reuniões para o estudo de artigos científicos, textos de revistas especializadas e palestras com convidados. Recentemente, devido à grande pressão pública em reduzir a utilização de produtos químicos na criação de animais, o grupo se dedicou ao estudo da utilização de probióticos na alimentação de animais aquáticos. O GEAIP é composto por Leonardo Tachibana, Maria José Tavares Ranzani de Paiva, Carlos Massatoshi Ishikawa, Danielle de Carla Dias, Eduardo de Medeiros Ferraz, Jorgina Juliana G. Freitas e Guilherme Telli.
ISENÇÃO DE LICENCIAMENTO – Pequenas propriedades sergipanas dedicadas à aquicultura podem ser liberadas da exigência de licença ambiental. O assunto já foi discutido com representantes de 13 unidades da federação e as demais, incluindo Sergipe, deverão receber a visita de uma comitiva ministerial até o final de 2011. Atualmente tanto pequenos quanto grandes criadores precisam cumprir as mesmas exigências para que estejam legalizados e possam pleitear recursos junto às instituições financeiras. Em 2009 o Estado de Sergipe contribuiu com apenas 13.216 toneladas de pescado, de um total de 1,24 milhão de toneladas produzidas no Brasil.
AQUÁRIO DO PANTANAL – O Aquário do Pantanal será um empreendimento com estrutura para se tornar o maior aquário de água doce do mundo. Com 18 mil m2 de área construída no Parque das Nações Indígenas, o local abrigará um pavilhão central, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Ictiofauna Pantaneira e 24 tanques de peixes, sendo 18 deles internos e seis ao ar livre. A estrutura total foi projetada para receber 20 mil visitantes por dia. O investimento de mais de 84 milhões de reais do governo do estado objetiva impulsionar o turismo e incentivar a educação ambiental. O espaço vai abrigar ainda um centro de conferências, laboratórios e biblioteca. A inauguração da obra está prevista para 2013.
RIO+20 – Foi assinado no dia 25 de maio passado, pela então ministra Ideli Salvatti, um protocolo de intenções entre o Governo Federal e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia ligada à cadeia produtiva da pesca e da piscicultura. A medida faz parte da agenda de preparação do país para a Rio+20, conferência mundial sobre a preservação do meio ambiente e o clima no planeta, que o Rio de Janeiro vai sediar em junho de 2012.
ESCAMA FORTE – Buscando um posicionamento mais estratégico, a Escama Forte Comercialização e Escama Forte Consultoria anunciam mudança de endereço e telefones. O novo escritório localiza-se na região central do Estado de São Paulo, no município de Botucatu. Agora com novas salas e uma infraestrutura mais desenvolvida, a Escama Forte acredita poder dar um melhor suporte aos seus clientes e parceiros. Anote aí: Escama Forte – Rua Pinheiro Machado, nº 315, Centro, Botucatu-SP, CEP 18.600-180. Os telefones também mudaram: tel. (14) 3354-1809, fax (14) 3814-5566 e cel. (14) 7811-6322. Os e-mails continuam os mesmos: para vendas – [email protected] e consultoria – [email protected]
EXPANSÃO – Estudos realizados pela WorldFish Center, uma ONG americana que defende a redução da fome no mundo através da pesca sustentável, e pela organização ambiental Conservation International destacaram que em 2008, quase a metade (47%) do pescado consumido no mundo provieram da aquicultura. O relatório divulgado em Washington e Bangcoc aponta ainda que com uma demanda crescente de pescado e uma capacidade limitada para aumentar a oferta, a aquicultura manterá um forte crescimento. Segundo o estudo, cerca de 90% da produção mundial veio da Ásia, sendo 61% da China. Para aqueles que afirmam que a aquicultura é poluidora, o estudo defende que a atividade não é tão destrutiva como a criação de gado (bovino e suíno), que provoca um forte desgaste do solo e da água e representa um fator de mudança climática. Os estudos apontam ainda que a produção da aquicultura cresceu 8,4% desde 1970 e está se expandindo a novas regiões como a África.
LEGISLAÇÃO – A necessidade de formalizar a política estadual da aquicultura no Estado do Tocantins foi o ponto principal do encontro ocorrido em junho passado entre representantes dos governos estadual e federal. Todas as propostas para fortalecer a produção aquícola do estado ainda serão discutidas no Coema – Conselho Estadual do Meio Ambiente. Uma das principais necessidades da política estadual de aquicultura no Tocantins é a definição da legislação e das normas de sanidade para a produção de peixe.
OSTREICULTURA – Pescadores do litoral paranaense receberam autorizações de uso das águas sob domínio da União para o desenvolvimento de projetos sustentáveis de cultivo de ostras, como alternativa de geração de renda, uma vez que se encontram em situação econômica difícil por causa da redução dos estoques de pescado. Serão beneficiadas 101 famílias que participarão de 11 projetos em Guaratuba, Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba. Segundo informou o superintende do Ministério da Pesca e Aquicultura para o Paraná, José Wigineski, cinco profissionais darão apoio técnico e atendimento em tempo integral aos pescadores. Cada família poderá ocupar 1,6 mil metros quadrados de lâmina de água, 200 metros quadrados com cultivo efetivo e 1,4 mil metros quadrados considerados área de diluição. A produção de cada família deve chegar a 3,5 mil dúzias de ostras por ano.
VALE QUANTO PESA – A Superintendência de Administração Tributária (SAT) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) do Mato Grosso do Sul, no dia 5 de julho, os preços dos peixes que deveriam passar a vigorar a partir dessa data de publicação. No caso dos peixes de rio como o curimbatá, lambari, mandi e piranha, o quilo passou a ser comercializado a R$3,60. O quilo do dourado foi estabelecido em R$9; o do jaú com cabeça em R$7; o do pacu em R$7,90 e, do pintado, cachara e surubim com cabeça em R$10. Os preços do quilo dos peixes cultivados ficaram estabelecidos em: carpas R$2,10; o catfish R$2,95; curimbatá R$2,70; dourado R$7,50; matrinxã R$4,20; pacu R$3,95; pintado R$7; piaçu R$4; piraputanga e/ou piracanjuba R$4,50. O quilo da tilápia foi avaliado a R$2,75.
CAIXAS TÉRMICAS – A Bernauer Aquacultura está lançando caixas térmicas transportadoras isoladas para gelo, um produto inédito no Brasil. Desmontáveis, ocupam menos espaço e asseguram a qualidade do pescado com baixo custo de manutenção. Confeccionadas em polipropileno estrutural, dispensam o uso de caminhões refrigerados. As caixas permitem que a água do gelo escoe por paineis laterais, de forma que o pescado não fique submerso e, consequentemente, estrague. Os paineis laterais são feitos em polipropileno estrutural Premium, com camada isolada, mantendo a temperatura refrigerada de 48 a 72 horas, dependendo da forma e volume do gelo.
PEIXE EM AUTOMÓVEIS – Através do projeto “Curtimento de couro de peixe”, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) pretendem implantar ainda esse ano uma Unidade Gestora de Couro de Peixe, onde funcionará o processamento. Segundo o coordenador do projeto, o pesquisador Nilson Aguiar, há mais de 15 anos que o Inpa realiza pesquisas sobre a utilização de couro de peixe, mas apenas há dois anos foi estabelecida uma parceria com a Suframa, que possibilitará a realização do laboratório. Aguiar destacou que a empresa Knorr Indústria, do Rio Grande do Sul, após ter conhecimento de uma dissertação de mestrado apresentada pelo instituto, se interessou pelos couros, que inicialmente seriam utilizados na produção de bancos de couro para veículos. O curtimento poderá ser feito com quase todos os peixes da região Amazônica.
DVD DA PANORAMA – Foi lançado com sucesso durante a WAS/Fenacam 2011 o novo DVD da revista Panorama da AQÜICULTURA. O DVD, que pode ser comprado junto ou separado da assinatura ou renovação da assinatura, traz todo o conteúdo publicado durante os últimos 10 anos na revista impressa.
MERCOSUL – Representando o Brasil na reunião da Cúpula de Chefes de Estados do Mercosul, o ministro do MPA, Luiz Sérgio assinou conjuntamente com o Ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Enzo Cardozo Jimenez, um memorando de entendimento que visa ao fomento da cooperação na área de pesca e aquicultura. Os dois países compartilham os recursos hídricos das bacias do rio Paraná, onde se encontra Itaipu, e do rio Paraguai. “Com a assinatura do memorando será possível ampliar as espécies destinadas ao cultivo, permitindo desta forma um grande desenvolvimento na atividade de aquicultura nos municípios lindeiros ao reservatório” diz o ministro. O MPA já implantou três parques aquícolas, localizados nos municípios de Entre Rios do Oeste, Santa Helena e São Miguel do Iguaçu, no Estado do Paraná. No município de Santa Helena foi implantada uma Unidade Demonstrativa de cultivo, mantida pelo curso de Engenharia de Pesca, no Campus de Toledo, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).