ÍNDICES DAS EDIÇÕES – Com o objetivo de facilitar a consulta às edições já publicadas pela Revista Panorama da AQÜICULTURA, estamos disponibilizando para o leitor a relação dos índices de todas as nossas edições. Este trabalho foi organizado visando oferecer aos leitores da Panorama da AQÜICULTURA uma visão geral do conteúdo da coleção, fonte essencial de consulta tanto para o pesquisador quanto para o aqüicultor brasileiro. Para receber a lista completa dos índices, basta solicitá-la pelo e-mail: [email protected]
PAULO AFONSO – A inauguração da obra de expansão da Estação de Piscicultura de Paulo Afonso está prevista para meados de outubro. A obra tornará adequadas as instalações para a engorda e reprodução do surubim, garantindo uma produção de 520 mil alevinos/ano. A água chegará às instalações por gravidade aproveitando a diferença de altura entre o lago de Moxotó e a Estação de Piscicultura. Atualmente a vazão média é de aproximadamente 75 litros/segundo, porém, após a inauguração passará a ser de 500 litros/segundo, sem consumo de energia e necessidade de manutenção. O novo laboratório e os novos equipamentos possibilitarão a reprodução também de outras espécies. A CHESF firmou parceria com a empresa “Projeto Pacu”, hoje o maior produtor nacional de alevinos de surubins. José Patrocínio Lopes, Gerente da Estação, acrescentou que o cultivo de surubim será monitorado tanto por técnicos da Chesf quanto do Projeto Pacu, que dará consultoria até a realização da primeira desova do surubim no laboratório.
PADRE DAS ÁGUAS – O Ministro Gregolin entregou o título de cessão de águas de domínio da União à Associação dos Jovens Criadores de Peixe de Jatobá, composta por jovens de comunidades que margeiam os lagos do complexo CHESF, precisamente o lago de Moxotó, dentro do município de Jatobá-PE. O projeto, que tem à frente o padre Antonio Miglio, foi o primeiro projeto brasileiro a receber o licenciamento ambiental no Brasil (Revista Panorama da AQÜICULTURA – nov/dez/2005). Atualmente Miglio está à frente de 12 associações de produtores de peixes com 12 associados em cada uma delas. Duas dessas associações receberam o título de cessão, passando também a ser os primeiros projetos de cultivos de peixes em águas continentais da União, totalmente legalizados para operar pelos próximos 20 anos.
BIODIESEL DE ALGAS – Os ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Pesca e Aqüicultura (MPA) publicaram no Diário Oficial da União (DOU), em 08/08/2008, o primeiro edital para seleção de projetos de pesquisa em aqüicultura. O Edital MCT/CNPq/MPA – Nº 26/2008 tem como objeto o apoio de pesquisas que contemplem a aqüicultura e uso de microalgas para a produção de biodiesel. As ações integram o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e os recursos serão do Fundo Setorial do Agronegócio (CT-Agronegócio) e do Ministério da Pesca e Aqüicultura – MPA. Ao todo, serão repassados R$ 4,5 milhões por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As propostas devem ser apresentadas até 25/09/2008 sob a forma de projeto e encaminhadas ao CNPq exclusivamente pela internet, por intermédio do formulário de propostas on-line (www.cnpq.br/editais/ct/2008/026.htm). Serão admitidos projetos que englobem todo o processo de produção e transformação em temas como: desenvolvimento de técnicas de cultivo de microalgas de baixo custo e que visem a produção de óleo como matéria-prima para a produção de biodiesel; estudos de potencial de cepas de microalgas; avaliação da viabilidade econômica do processo global do cultivo à obtenção de biodiesel; processos mais econômicos e eficientes do que os convencionalmente usados para a coleta de microalgas e extração do óleo para a produção de biodiesel. Os resultados serão divulgados no Diário Oficial da União e na página do CNPq na internet a partir de 27 de outubro. Os primeiros projetos começarão a ser contratados a partir de 1º de dezembro.
OSTRA É DESTAQUE – Na capital catarinense a “vedete” da Semana do Peixe, promovida pela SEAP, foi a ostra catarinense. O molusco foi tema do Seminário de Nivelamento das Atividades do Ribeirão da Ilha, que discutiu o desenvolvimento territorial sustentável da comunidade – maior pólo de ostreicultura do estado. O evento teve como objetivo consolidar o projeto “Rota das Ostras”, que agrega ações nas áreas de cultura, esporte, gastronomia, turismo, patrimônio histórico e ambiental, além de geração de emprego e renda via valorização da maricultura. A iniciativa integra o plano de marketing do Arranjo Produtivo Local (APL) das Ostras da Grande Florianópolis.
CODEVASF REALIZA CONCURSO – A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) abriu concurso público para preencher vagas e formar cadastro reserva em todos os níveis de escolaridade. As vagas são para a sede da companhia em Brasília e para as superintendências regionais localizadas em Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Piauí, Maranhão e Ceará. Entre os cargos a serem preenchidos encontram-se os relacionados com o Programa de Recursos Pesqueiros e Aqüicultura da Empresa, que prevê a ampliação das Estações de Piscicultura para tornarem-se “Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aqüicultura”. São vagas para motorista de pesca (nível fundamental, antigo 1º grau), com salário inicial de R$ 644,48; técnicos de nível médio (antigo 2º grau) em Aqüicultura/Piscicultura, Química e em Laboratório (bioquímica), com salário inicial de R$ 1.046,22; e técnicos de nível superior em Engenheiro de Pesca, Biologia, Química, Veterinária e Zootecnia, com salário inicial de R$ 2.215,34. As inscrições devem ser realizadas através do site da Consulplan (www.consulplan.net) no período de 1º a 30 de setembro, ou nas agências credenciadas dos Correios listadas no edital, entre os dias 8 e 30 de setembro. A taxa de participação varia de R$ 10 a R$ 30. As provas estão previstas para serem realizadas no dia 23 de novembro.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL – A Embrapa Meio Ambiente, Unidade de Jaguariúna-SP, realizará no dia 24 de setembro um seminário sobre a importância da comunicação nos processos de licenciamento ambiental nas diversas etapas do licenciamento ambiental. Os participantes receberão informações de como se processa a comunicação, suas técnicas, ferramentas, mídias, como e quando usá-las, e entenderão a relação da comunicação com a mobilização social, sua adequação ou não. Será abordada também a importância da pro-atividade empresarial no licenciamento, e sua importância para uma melhor elaboração do projeto, com foco na comunidade, o meio ambiente e o empreendimento. Informações pelo telefone: (19) 3311.2700 ou e-mail: [email protected]
STRICTU SENSU – O Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo oferece curso de pós-graduação “strictu sensu”, nível Mestrado na área Multidisciplinar em “Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio”. O programa credenciado pela CAPES está com processo seletivo aberto para o biênio 2009-2010. O curso é direcionado aos profissionais das áreas da Biologia, Medicina Veterinária, Engenharia Agronômica, Química, Biomédicas, Farmácia-Bioquímica e afins. As inscrições deverão ser feitas pessoalmente, no período de 6 a 31 de outubro de 2008, na Secretaria de Pós-Graduação do Instituto Biológico, situado à Avenida Conselheiro Rodrigues Alves 1252, Vila Mariana, São Paulo – SP. Informações: www.biologico.sp.gov.br, e-mail [email protected] e telefone: (11) 5087.1763.
ALGAS CEARENCES I – Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Raimundo Nonato Ribeiro, de Trairi (a 124 km de Fortaleza), que estão desenvolvendo a pesquisa “Algas, diversidade ficológica e fonte alternativa de alimentos”, ganharam a 3ª edição do Prêmio Ciências no Ensino Médio, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC; a Feira Estadual de Ciência e Cultura (edição de 2007) e foram selecionados para final do 9º Prêmio Arte e Escola Cidadã, promovido pelo Instituto Arte na Escola (SP). O estudo é todo realizado na praia de Flecheiras, que fica a 12 km do centro de Trairi. A praia possui uma extensão de 42 km de bancos de algas, onde os alunos começaram as aulas de campo, em agosto de 2007, num calendário baseado na tábua das marés. Depois do início da pesquisa, 69 espécies já foram identificadas, classificadas e catalogadas. Agora o grupo estabeleceu como meta conscientizar a população praieira da importância da preservação e conservação da flora marinha, sobretudo por ela representar uma fonte alternativa de alimentos e renda para os moradores e associados das comunidades de Flecheiras e Guajiru.
ALGAS CEARENCES II – A quinta edição do Festival de Algas, evento que se realiza na praia de Flecheiras, localizada a 120 quilômetros de Fortaleza, no município de Trairi – CE, realizou-se entre os dias 21 e 23 de agosto. O festival divulga o cultivo de algas marinhas da região, os produtos originados da algocultura e, incentiva o consumo da culinária à base de algas marinhas, ainda incipiente no Estado do Ceará. O trabalho das famílias de pescadores que fazem o cultivo e o beneficiamento das algas marinhas é uma das atrações do evento. São 11 famílias que substituíram a extração das algas, pelo cultivo marinho, realizado em cordas que ficam a aproximadamente 100 metros da praia. Um centro de processamento, onde o uso da energia solar garante a limpeza e desidratação das algas sem agressões ao meio ambiente, possibilita qualidade aos produtos e, conseqüentemente, aumento da renda das famílias produtoras. O quilo de algas chega a superar os R$ 5,00. Os principais compradores são indústrias de cosméticos e alimentos, mas a própria associação de produtores também iniciou a produção de artesanatos e de pratos preparados com algas marinhas.
MALTACLEYTON – O Grupo maltaCleyton expandirá suas operações no Brasil. A partir de agora, a empresa distribuirá seu portfólio completo de produtos para nutrição animal, incluindo a Linha Petfood e Premix, nas quais ocupa a liderança no mercado mexicano. A maltaCleyton do Brasil iniciou suas atividades em 2004 com ração para camarões e logo tornou-se referência no mercado brasileiro. Em 2007 iniciou também, com grande êxito, a produção de ração para peixes e, atualmente, fornece para os principais produtores do setor, que buscam a excelência em produção. Nos planos de expansão da empresa estão incluídas quatro novas unidades fabris nos estados do Ceará, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso. Em março, passado, o Grupo Evialis adquiriu 50% das ações do Grupo maltaCleyton, porém a maltaCleyton do Brasil seguirá suas operações independentemente das outras empresas do grupo Evialis (Socil e Purina), reportando-se diretamente à maltaCleyton do México. A empresa inaugurou recentemente uma unidade no Distrito Industrial de Caruaru, que produzirá rações para atender toda a Região Nordeste. De acordo com o presidente da maltaCleyton no Brasil, Gustavo Jiménez, serão gerados 350 empregos, diretos e indiretos. A perspectiva do empresário é a de produzir duas mil toneladas de ração por mês para abastecer o mercado interno.
X ENBRAPOA – A ABRAPOA (Associação Brasileira de Patologistas de Organismos Aquáticos) realizará entre os dias 17 e 20 de novembro de 2008, na cidade de Búzios, estado do Rio de Janeiro, o X ENBRAPOA (Encontro Brasileiro de Patologistas de Organismos Aquáticos). Neste evento serão tratados diversos aspectos, destacando-se: as boas práticas de manejo em piscicultura, carcinicultura, ranicultura e malacocultura; o cultivo em ambientes naturais; as zoonoses, seus problemas, e medidas profiláticas; o uso das águas da União para o cultivo em tanques-rede e a disseminação de doenças de peixes; a qualidade da água que a aqüicultura recebe e da que é devolvida pelos cultivos, além a criação de uma rede de diagnóstico de doenças de organismos aquáticos e uso de parasitos de peixes como bioindicadores de qualidade ambiental. O X ENBRAPOA terá a participação de renomados pesquisadores do Brasil e do exterior, sendo uma ótima oportunidade para estudantes e profissionais da área realizarem intercâmbio e divulgarem seus trabalhos. Veja a programação completa no site: www.abrapoa.org.br e, para mais informações, entre em contato com a Comissão Organizadora pelo e-mail: [email protected]
AQÜICULTURA NO NORDESTE – A aqüicultura no Nordeste está sendo mapeada pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP-OS), um centro de referência para soluções tecnológicas que visam a modernização e o desenvolvimento sustentável do Estado e da Região Nordeste. O mapeamento tem como objetivo identificar e cadastrar os integrantes do setor produtivo, de forma a permitir a sua interação com o setor gestor. Os dados serão levantados no âmbito do governo, do ensino, estabelecimentos privados, terceiro setor e agências de fomento. O levantamento, elaborado pela Unidade de Geoinformação do ITEP, vai integrar o Sistema de Informações Geográficas (SIG) da Rede Tecnológica de Aqüicultura da Região Nordeste (Aqua-Gis). O trabalho é financiado pela Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (Ripa), consolidada no âmbito do CT-Agronegócio, um dos fundos setoriais para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Numa primeira etapa o ITEP vai apresentar um acervo de mapas temáticos, com a localização dos integrantes por município, e a base de dados que será disponibilizada para consultas via internet. Nas etapas seguintes, o ITEP realizará visitas a campo e também efetuará o georreferenciamento de todos os integrantes do setor. O trabalho conta com o apoio de diversas instituições com atuação no setor.
ITAL COMEMORA 45 ANOS – A história da tecnologia voltada para os alimentos no Brasil passa obrigatoriamente pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento), que em 30 de agosto de 2008, completou 45 anos. O Instituto criado em 1963, como Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos (CTPTA), um anexo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), tem como missão a pesquisa, o desenvolvimento, a inovação, a assistência tecnológica e a difusão do conhecimento técnico-científico para o agronegócio. Como parte das comemorações de aniversário, serão inaugurados novos laboratórios de química e uma Planta-piloto de Extração de Óleos Vegetais do Centro de Ciência e Qualidade dos Alimentos (CCQA-ITAL). Nas pesquisas desenvolvidas hoje, ganham destaque, entre outros, projetos ligados à saúde do consumidor, a ampliação da vida útil de produtos e o aproveitamento de resíduos de processamentos. O Instituto está apto a prestar serviços capazes de abarcar todos os aspectos envolvidos no processamento de alimentos. O ITAL é composto por áreas especializadas em tecnologia, ciência e qualidade de alimentos e embalagem. A área de tecnologia atua com diversos programas voltados para o pescado, de grande interesse para o aqüicultor. Mais informações: www.ital.sp.gov.br
ARRAIAL DO CABO – A XX Semana Nacional de Oceanografia, que acontecerá de 19 a 24 de outubro, em Arraial do Cabo – RJ, é uma ótima oportunidade para se conhecer a Região dos Lagos. Para a realização da XX SNO 2008, a organização do evento escolheu Arraial do Cabo por ser uma cidade de grande importância para a Oceanografia brasileira, com muitos trabalhos científicos sendo desenvolvidos na região. A Semana Nacional de Oceanografia tem o apoio do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), que desempenha diversos projetos na área de Ciências do Mar. Arraial do Cabo possui algumas das mais belas paisagens do litoral fluminense, entre elas a praia do Farol, considerada “a praia mais perfeita do Brasil”, segundo o Guia 4 Rodas. Para quem se animar a visitar a cidade cabista, uma boa dica de hospedagem é a Pousada Casa da Pedra (www.casadapedra.com.br), localizada no belíssimo Pontal do Atalaia. Mais informações sobre o evento: www.sno2008.com.br
PISCICULTURA NO ACRE – O Sebrae do Acre realizou, em agosto, um seminário voltado para piscicultores de Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Sena Madureira, cujo tema central foi “Políticas Públicas e Experiências de Sucesso”. Os participantes puderam expor seus problemas relacionados ao setor e trocar experiências com outros piscicultores que relataram como conseguiram suplantar entraves e conquistar o sucesso na criação de seus peixes. O seminário foi promovido em parceria com o governo do Estado e instituições financeiras como o Banco do Brasil e Banco da Amazônia, Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar), órgãos ligados à fiscalização ambiental e de fomento como a SEAP e o Ministério Público Estadual (MPE). Os aqüicultores foram também alertados sobre as novas leis ambientais e assistiram palestra sobre como conseguir o licenciamento ambiental e o registro de piscicultor.
ROBALO EM ÁGUA DOCE – Com o objetivo de oferecer uma nova alternativa para os piscicultores, não só do Vale do Ribeira, mas também das demais regiões, o Pólo APTA Vale do Ribeira, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, com o apoio da Associação de Mineradores do Vale do Ribeira e Baixada Santista (AMAVALES) vem pesquisando, desde 2007, o cultivo do robalo-peva (Centropomus parallelus) em água doce, um peixe nativo de alto valor comercial que deixou de chamar a atenção dos piscicultores por não ter um crescimento satisfatório na engorda. De acordo com os pesquisadores do APTA Camila F. Corrêa, Antônio F. G. Leonardo e Leonardo Tachibana, os peixes são adquiridos de laboratório onde a reprodução e a larvicultura são feitas em água salgada e, antes de chegarem ao Vale do Ribeira, são adaptados à água doce. Os estudos de comportamento do robalo-peva estão sendo realizados na Estação de Piscicultura da APTA. Segundo os pesquisadores, o peixe apresentou ótima adaptação às condições de criação.
BENEFICIAMENTO DE PESCADO – Trinta mulheres do município de Ilha das Flores participaram do curso de beneficiamento de pescado, uma das ações do “Projeto de Fortalecimento do Artesanato e da Segurança Alimentar e Nutricional de Sergipe”, que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) em todos os municípios sergipanos. A capacitação com duração de 40 horas/aula, trabalhou a reestruturação e criação de novos alimentos, além de técnicas de manipulação, higiene e conservação de pescado. O curso ministrado pela engenheira de alimentos Rosângela Maia, da Universidade Federal de Sergipe, ensinou diversas formas de como lidar com o peixe, e objetiva gerar emprego e renda, fortalecer o associativismo e o cooperativismo, tendo em vista o preço baixo dessa matéria-prima no Estado.
OSTREICULTURA EM ALAGOAS – Foi assinado no dia 8 de agosto, em Maceió-AL, o Acordo de Resultados que dá início ao projeto Ostreicultura na Região do Litoral do Estado de Alagoas, que tem entre suas metas aumentar o volume de produção e da comercialização e consumo de ostras do Estado. O projeto coordenado pelo Sebrae/AL, beneficiará cerca de 120 ostreicultores do litoral de Alagoas. O acordo firmou a parceria de instituições como a Universidade Federal de Alagoas – Ufal, Seagri, a Superintendência do Ministério da Pesca e Aqüicultura – SMPA, o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas -Ima, a Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento – Aecid, o Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS, a Associação dos Ostreicultores da Palatéia de Barra de São Miguel, a Associação dos Ostreicultores de Barreiras de Coruripe, Associação dos Maricultores da Barra de Camaragibe, Associação dos Maricultores de Ipióca Anjos do Mar e a Colônia de Pescadores Z – 25, de Porto de Pedras. Durante o projeto que tem duração de três anos estão previstas ações de capacitação das associações; consultorias tecnológicas para o aprimoramento de técnicas de produção e certificação do produto; prospecção e abertura de novos mercados; além de ações de marketing e promoção dos produtos. A meta é aumentar a renda familiar dos produtores em 10% até o fim de 2009 e 15% até 2010. Já para a produção de ostras está previsto um aumento de 5% até 2009 e 10% até 2010. Até o fim de 2008 o Governo de Alagoas deverá construir, com recursos obtidos junto ao Banco Interamericano do Desenvolvimento – BID/FUMIN e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional – AECID, a primeira depuradora de ostras no Estado. Serão investidos cerca de R$ 500 mil na construção da depuradora.
PEIXE CONTRA INFLAÇÃO – No Rio de Janeiro o pescado está nadando contra a inflação. No mês de junho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, peixes e frutos do mar ficaram 0,55% mais baratos. Para o presidente do Mercado de São Pedro, em Niterói -RJ, os meses de junho e julho são fracos em vendas o que contribui para que os preços fiquem mais baixos. O consumo de pescado tem sido uma alternativa contra a alta nos preços da carne de boi e ave também no Estado de Minas Gerais, onde o surubim e o filé de merluza chegaram a contribuir para conter a inflação em Belo Horizonte.
MENOS ICMS EM MINAS – Pescadores mineiros, cadastrados na SEAP, agora recolhem apenas 0,1% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, nas operações de venda de peixe dentro do Estado, em vez dos 7% que recolhiam. O direito desses pescadores é o mesmo dos aqüicultores, que emitem notas com o registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). A norma sobre a isenção quase total do tributo consta do Decreto nº 44.840 publicado no jornal Minas Gerais. O Estado de Minas Gerais ocupa o décimo lugar no ranking brasileiro de atividade pesqueira e responde por 2,5% da aqüicultura nacional e 16,8% da aqüicultura do Sudeste.
NEGÓCIOS COM O JAPÃO – A Feira do Empreendedor, um evento promovido pelo Sebrae nos diferentes estados do país, pode render para os piscicultores, negócios com o Japão. O mercado japonês está interessado no filé de pintado, o que possibilitou o contato entre a empresa Mar & Terra, de Itaporã e a Câmara de Desenvolvimento Brasil-Japão.
FATO CURIOSO 1 – Um piscicultor da região de Muriaé, MG, que trabalha com ornamentais e também produz alevinos de piau, tambaqui, pacu, carpa capim e matrinxã, recebeu, em 19 de agosto, a visita de fiscais do Ministério da Agricultura (MAPA) e foi enquadrado. A responsável pela fiscalização, o proibiu de usar hipófise nas desovas dos peixes, bem como o hormônio 17 alfa metiltestosterona para inversão sexual de tilápia, produtos usados por todos os produtores de alevinos do Brasil. A alegação foi a de que estes produtos não são licenciados pelo MAPA, um fato que é do conhecimento de todos, incluindo todas as autoridades que desejam fomentar a piscicultura no país. No lugar do patrulhamento o que o setor deseja, e não é de hoje, é o licenciamento desses insumos, imprescindíveis para a produção do pescado cultivado.
FATO CURIOSO 2 – Policiais militares ambientais de Campo Grande autuaram dois aqüicultores que funcionavam em duas chácaras localizadas na Rodovia MS 40, por instalarem tanques de cultivo sem a licença expedida pelo órgão ambiental competente. Os autos de ambas as ocorrências foram remetidos para Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, para os procedimentos legais cabíveis. Caso os autuados sejam condenados pelo crime ambiental cometido, poderão pegar pena de 06 meses a 01 ano de detenção. As multas foram de 25 a 40 mil reais.
COPACOL INVESTE R$ 15 MILHÕES – Foi inaugurado no dia 27 de junho o frigorífico de peixes da Cooperativa Agroindustrial Consolata – Copacol, o maior do Brasil, já considerado um marco na piscicultura no Paraná. Localizado no município de Nova Aurora, região Oeste do Paraná, o frigorífico, que recebeu R$ 15 milhões em recursos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), vai envolver abate, industrialização e comercialização, O empreendimento vai gerar 100 empregos imediatos para atender os mercados interno e externo. A capacidade diária de abate e industrialização do pescado é de 10 toneladas de tilápias, porém a meta é processar 50 toneladas por dia em 2012. O frigorífico da Copacol funcionará no sistema de integração, que garante a compra do pescado advindo da aqüicultura, após a coooperativa ter fornecido alevinos, assistência técnica e insumos. Para que a Copacol tenha condições de consolidar suas metas de processamento, a cooperativa receberá a produção de tilápias de 150 piscicultores cooperados, além de que vai buscar matéria- prima em várias regiões do Estado. Durante a solenidade de inauguração o Ministério da Agricultura e do Abastecimento no Paraná, entregou o documento SIF – Serviço de Inspeção Federal – 2707. Foi lançada também a pedra fundamental de outro frigorífico para peixes cultivados em Cornélio Procópio, no norte paranaense, com capacidade de processamento de seis toneladas diárias. O Paraná já foi o maior produtor do país de peixes cultivados a partir da produção da região de Cascavel e Toledo, no Oeste do Estado. A atividade, no entanto, nos últimos 15 anos, ganhou pouco impulso e hoje o Estado é apenas o sexto produtor com uma safra anual de 16.600 toneladas em 2006/2007, e de perto de 20 mil toneladas na atual safra encerrada em 30 de junho passado.
PARA AMPLIAR A AQÜICULTURA – A FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura – no Brasil, apresentou no dia 14 de julho um projeto de apoio à aqüicultura no Paraná, sem degradar o meio ambiente. O objetivo do programa é amparar a atividade dos 22 mil aqüicultores, além de, nos próximos três anos, aumentar em 30% a produção anual, que hoje é de 17 mil toneladas. O projeto também prevê a legalização das atividades de pesca e de maricultura. A participação da FAO no projeto de incremento à aqüicultura no Estado vem no momento em que existe aumento na demanda do consumo de pescados. Além da participação da FAO, a Secretaria da Agricultura tem parceria com a Copacol, responsável pelo abastecimento de carne de frango em todo o País, e que usará a mesma estrutura para a distribuição de pescados. O projeto conta com o apoio das universidades estaduais e da SEAP.
LICENCIAMENTO NO AMAZONAS – Em março deste ano, um workshop promovido por técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, discutiu em parceria com a Universidade Federal do Amazonas e a Associação de Engenheiros de Pesca do Amazonas, diretrizes para uma legislação estadual de aqüicultura, que culminou com a Resolução 01/08, agora aprovada pelo Conselho de Meio Ambiente do Estado do Amazonas. A resolução estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de tanques, viveiros, barragens, pequenos reservatórios, canais de igarapés e tanques-rede, uma vez que, segundo disse o diretor-presidente do IPAAM, Neliton Marques, a aqüicultura vinha sendo exercida sem normatização. Agora, cerca de 500 empreendimentos estão sendo licenciados.
CAPACITAÇÃO DE PRODUTORES – Durante curso de capacitação realizado no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), em julho, piscicultores de Linhares – ES aprenderam técnicas de processamento e conservação do pescado, como forma de agregar valor ao produto. Os participantes aprenderam sobre evisceração, postagem, filetagem, retirada das espinhas da traíra, produção de costelinha de tambacu, procedimentos de conservação do pescado congelado e resfriado, aproveitamento de resíduos do pescado, fabricação de fishburguer, lingüiça de peixe, surimi, nuggets e finalmente defumação.
PEIXE VIRA SALAME – Um salame de peixe defumado, de gosto suave e pouca gordura, foi o resultado dos experimentos do curso de Química Industrial de Alimentos da Universidade do Contestado (UnC), de Caçador – SC. O produto está pronto para sair do laboratório e ganhar as pequenas propriedades da região. O processo para fazer o salame de peixe é praticamente o mesmo do produto tradicional, feito com carne suína. Depois de retiradas escamas, vísceras e a cabeça, o peixe é triturado. A partir daí é feita uma massa, que misturada com os temperos fica pronta para ser envolvida pela tripa de bovino, que dá o formato e reveste a massa, como é feito com o salame tradicional. Como o processo não utiliza nenhum equipamento especial, o salame pode ser feito por qualquer piscicultor. Por esse motivo, a partir de agora a produção de salames de peixe será foco de um projeto de Extensão Universitária. O produto tem, em média, teor de gordura 50% menor do que o salame tradicional, feito de carne suína.
PEIXE VIRA BISCOITO – O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, desenvolveu produtos desidratados, como sopa e biscoito salgado, a partir da polpa ou carne mecanicamente separada de espécies marinhas da categoria conhecida como “mistura”, formada principalmente por peixes pequenos e de baixo valor comercial. Desde 2005, o estudo desenvolve produtos à base de pescado de alto valor nutricional, que possibilitam o aumento do consumo desse importante alimento, principalmente no meio institucional como escolas, creches e asilos. Os alimentos desenvolvidos foram submetidos a testes e o índice de aprovação foi de 90% entre os adultos que analisaram o biscoito e de 79% entre as crianças que experimentaram a sopa. A composição do biscoito e da sopa apresenta, respectivamente, 12,26 e 21,09% de proteínas; 1,32 e 0,62% de lipídios ou gorduras totais; 62,75 e 76,32% de carboidratos totais; 6,29 e 7,68% de umidade e 8,55 e 3,12% de cinzas. Segundo a pesquisadora Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, uma das responsáveis pelo projeto, a inclusão desses alimentos à base de pescado na dieta de gestantes, crianças e idosos, poderá contribuir para um aporte protéico de qualidade, principalmente em comunidades desfavorecidas. Para a produção da sopa e do biscoito, foi utilizada a tecnologia de carne mecanicamente separada (CMS), que possibilita a eliminação das espinhas do peixe, um dos fatores de rejeição de consumo do pescado, originando um produto de sabor mais suave e, principalmente, maleável a diferentes processos industriais. “A sopa desidratada apresentou mais que o dobro da quantidade de proteína oferecida pelas sopas desidratadas comerciais de carne vermelha e frango disposta no mercado”, afirma a pesquisadora. A pesquisa foi inicialmente financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPAESP) e contou com a colaboração do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a pesquisadora Cristiane Neiva, a etapa seguinte será o desenvolvimento de novos produtos à base de pescado que mantenham as proteínas e o valor nutricional oferecido pela ingestão de peixes.
PIRARUCU EM SARAGOZA – O Brasil participou do evento internacional realizado em Saragoza, Espanha, de 11 a 13 de agosto. O tema central foi “Água e Desenvolvimento Sustentável”. Foi representado pelo DNOCS, que enviou o engenheiro agrônomo Pedro Eymard Mesquita, chefe do Centro de Pesquisas em Aqüicultura de Petencoste, no Ceará, que apresentou o painel “Projeto Piracuru – um peixe amazônico adaptado ao cultivo em regiões semi-áridas”. O diretor-geral da instituição, Elias Fernandes, falou sobre “DNOCS – 100 anos construindo a segurança hídrica do semi-árido brasileiro”.
REGULARIZAÇÃO – Até o final deste ano piscicultores paranaenses que desenvolvam a atividade em APPs – Área de Preservação Permanente, devem regularizar sua situação junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP e Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – SUDERHSA. Quem não cumprir a regularização poderá ter seus tanques fechados. Devem reflorestar com mata ciliar para cima dos tanques todos os pequenos produtores, com até 50 hectares, beirando rios ou nascentes. Segundo o técnico de piscicultura, Eduardo Timn, com essa regularização os produtores terão muitas vantagens, como poder obter financiamentos e empréstimos e contar o tempo de trabalho em piscicultura para fins de aposentadoria. Para mais informações os piscicultores podem procurar a Associação Toledana de Aqüicultura – Atoaqui através do telefone (45) 3278-6463, Prefeitura Municipal (45) 3055-8800 e Emater (45) 3252-1330.
MERENDA ESCOLAR – O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) vai comprar pescado para servir nas escolas públicas. Um projeto piloto está em andamento em Pernambuco. O peixe deve ser produzido por aqüicultores familiares beneficiados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado pela Conab, com participação da SEAP. A ação envolve cerca de 400 pessoas em 40 municípios, como merendeiras, nutricionistas, pescadores artesanais, aqüicultores familiares e servidores da área de educação. Além do alto valor nutritivo, a inclusão do pescado na alimentação escolar vai fortalecer a economia das comunidades pesqueiras. O objetivo é levar essa experiência para 13 estados, como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Amazonas, Sergipe, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Paraná, Espírito Santo, além do Distrito Federal. Informações: www.conab.gov.br
