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FOI O SALMÃO, SIM – O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo – CVE, concluiu no início de junho último, que o salmão foi mesmo o responsável pelo surto de difilobotríase que contaminou 45 pessoas desde novembro de 2004. Dos casos confirmados em laboratório, 33 deles foram investigados por meio de entrevistas, que demonstraram que 17 pacientes (51,5%) consumiram apenas o salmão cru. O restante ingeriu salmão e outros peixes, o que evidencia que o salmão é a fonte da infecção. O parasito, porém, não foi encontrado em nenhuma amostra, apesar das análises terem sido realizadas apenas no salmão atual e não no salmão consumido no período da doença. Com o resultado da pesquisa, o CVE garante que as informações iniciais estavam muito bem embasadas metodologicamente. Errou o Ministro de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, quando defendeu com entusiasmo a indústria salmoneira chilena, isentando-a dessa responsabilidade. Tal qual um ministro chileno, Fritsch levantou até suspeitas de que havia interesses internacionais escusos para denegrir a imagem do salmão de lá.

CENSO DA CARCINICULTURA – A Associação Brasileira de Criadores de Camarão – ABCC, divulgou os números do censo 2004 para a carcinicultura brasileira. Resultados anteriormente divulgados falavam numa queda de 10% em relação às 90 mil toneladas despescadas em 2003. Apesar do aumento da área alagada em cerca de 12% (14.824 ha em 2003 e 16.598 ha em 2004), bem como do número de produtores em cerca de 10,2%, (905 produtores em 2003 e 997 em 2004), a produção nacional de camarões cultivados caiu 15,8% em 2004 com relação ao ano de 2003, tendo atingido cerca de 75.904 toneladas no ano passado. A produtividade média das fazendas localizadas na Região Nordeste caiu de 6.292 kg/ha/ano em 2003 para 4.701 kg/ha/ano em 2004. Essa redução ocasionou a queda na média da produtividade das fazendas brasileiras, que em 2003 era de 6.084 kg/ha/ano, tida como a melhor do mundo, passando agora para 4.573 kg/ha/ano em 2004. O que esses resultados refletem é o profundo impacto que a necrose muscular teve, e ainda está tendo, sobre a produção brasileira de camarões. O resumo dos resultados está disponível no site www.abccam.com.br

DICIONÁRIO DO COMÉRCIO – Na hora de negociar com compradores internacionais, é muito comum a derrapagem nos termos técnicos que fazem parte do complexo vocabulário do comércio internacional de pescados. Mas, ao que parece, os problemas acabaram. No endereço www.aboutseafood.com/dictionary/species_guide.html, pode ser encontrado um dicionário de inglês para inglês, com detalhes do significado de inúmeros termos relacionados ao comércio de frutos do mar.

CENSO AQÜÍCOLA – A Seap está realizando o Censo Aqüícola no Estado do Mato Grosso do Sul, para o levantamento de informações que permitam conhecer o verdadeiro potencial da piscicultura, quanto ela produz e quanta mão-de-obra está envolvida na atividade. Essas informações visam planejar e direcionar as políticas públicas e programas de desenvolvimento. Durante as visitas às fazendas, serão levantados dados como produtividade, modelo de produção, espécies cultivadas e local de comercialização dos peixes produzidos. Os produtores visitados receberão orientação com relação aos passos necessários para o licenciamento ambiental, sobre os programas federais de desenvolvimento do setor e linhas de crédito à disposição.

VANNAMEI GAÚCHO – Ocupando apenas nove dos 23 hectares do seu projeto inicial, a primeira fazenda de criação de Litopenaeus vannamei no Estado do Rio Grande do Sul, comemora o resultado da última das três safras já produzidas, que resultou em cerca de 20 toneladas de camarão. A fazenda, cujo projeto foi iniciado em 2002, tem como meta atingir uma produção de 60/70 toneladas/camarão/safra. No ano passado, em apenas um viveiro que ocupa quatro hectares, a produção de camarão foi de 14 toneladas, que foram comercializadas no próprio estado. A fazenda pertence à Carcinicultura Brasil Sul Ltda. (Carcibras) e está localizada a cerca de oito quilômetros do município de São José do Norte.

PROMOÇÃO NA CARREIRA DE AMBIENTALISTA – Em maio último, ao abrir o Congresso Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável, realizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considerou ser fundamental o casamento entre o setor produtivo e o ambiental. Marina Silva anunciou a intensificação no combate às práticas irregulares e corrupção, e às práticas não sustentáveis, mesmo que legalizadas. Já em sua fala, o organizador do congresso, e presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Fernando Almeida, clamou pelo controle da carcinicultura, alegando que a atividade destrói grandes áreas de manguezal. Entretanto, quem acompanha a atividade sabe que a carcinicultura não precisa destruir manguezais para existir. E quando isso é feito, estamos diante de um caso de polícia. Posicionamentos como os de Fernando Almeida nos fazem suspeitar que, na atualidade, falar mal da carcinicultura, mesmo sem conhecê-la no campo, dá bônus a quem galga promoções na carreira de “ambientalista”.

FEIRA DO PEIXE – O espaço e a infra-estrutura para a comercialização sempre se constituíram em obstáculos para quem cultiva pescados ou sobrevive da pesca e quer se libertar da dependência do atravessador. Com o Programa Feira do Peixe, a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pretendem aproximar quem cria e pesca, do consumidor final, por meio da distribuição de kits para a montagem de pequenas feiras de comercialização. O lançamento do programa foi em maio último na presença do ministro da aqüicultura e da pesca, José Fritsch e do presidente da Conab, Jacinto Ferreira. O objetivo final da proposta é, a partir da criação desses novos espaços de comercialização direta, aumentar a renda de aqüicultores e pescadores, oferecendo o pescado vivo ou fresco diretamente ao consumidor. Numa primeira etapa devem ser criados 300 novos pontos de comercialização. Ao todo, no entanto, a proposta é chegar a 1.200 unidades da feira em todo o País. Os kits serão distribuídos a produtores e pescadores organizados em entidades e enquadrados nos grupos A ao D do Pronaf. A entidade interessada deve preencher proposta de participação junto aos escritórios estaduais da Seap ou nas superintendências regionais da Conab. Outro requisito é a apresentação de uma declaração ou parecer de um Conselho Municipal que reconheça o funcionamento da instituição, além das declarações de aptidão do Pronaf. Os kits contêm uma barraca de lona e utensílios para o manuseio e venda do pescado vivo ou fresco. Com as feiras o governo também espera incentivar o associativismo e o cooperativismo no setor, além de ampliar o consumo nacional de pescados, que está próximo da metade do recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

WSSV EM BANGLADESH E NO MÉXICO – Após um mês inteiro com temperaturas da água acima de 35oC, resultado de uma onda de calor que atingiu os distritos de Bagerhat, Khulna e Satkhira, região considerada como o coração da indústria de cultivo de camarões de Bangladesh, cerca de 30% dos viveiros tiveram sua produção totalmente perdida devido à ação do vírus da mancha branca. O vírus atingiu os cultivos, após 45 dias de engorda e a maioria dos camarões morreu em apenas dois a três dias. Dr. Don Lightner, um dos maiores especialistas do mundo em viroses de camarões, comentou recentemente que o México, pelo quarto ano consecutivo, encara sérios problemas com o vírus da mancha branca nos estados ao sul de Sonora.

DOENÇA EM PINTADO – Um projeto de pesquisa do Núcleo de Pesquisa em Piscicultura da Embrapa Agropecuária Oeste, voltado para estudos sobre a qualidade da água em função do surgimento de doença em pintados, encontra-se em fase final de apreciação pelo órgão. O desenvolvimento do projeto permitirá a estruturação do laboratório para análise de água no Núcleo de Pesquisa em Piscicultura, viabilizando a conclusão dos estudos iniciais realizados no início deste ano pelos pesquisadores Márcia Mayumi Ishikawa, Vicente de Paulo Macedo Gontijo e William Marra Silva, da Embrapa, em parceria com a fazenda de piscicultura da Mar&Terra. Os estudos iniciais verificaram a relação entre a ocorrência de doença e mortalidade de pintados com as altas concentrações de ferro nas águas dos viveiros que apresentaram o problema.

PRECEDENTE – O Tribunal Regional Federal da 5a Região, localizada em Recife – PE, decidiu que além de determinar a retirada dos viveiros de camarão que ocupam parte do estuário do rio Potengi, no RN, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (EMPARN), a Cooperativa de Pescadores e Carcinicultores do Potengi (CPCP) e a Associação Potiguar de Educação e Cultura (APEC) terão que recuperar a área devastada. O TRF decidiu ainda que o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema) não poderá mais conceder licenças para a área e deve, junto com o Estado e o Município, ajudar na recuperação do mangue na região. Os carcinicultores ainda podem recorrer da sentença ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

BACTÉRIAS ATACAM TILÁPIAS – Autoridades do Instituto Costarriquense de Pesca e Aqüicultura (Incopesca) e da Direção Geral de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária da Costa Rica, confirmaram a ocorrência de perdas em torno de US$2,5 milhões e a demissão, inicialmente, de cerca de 150 pessoas como conseqüência do ataque de bactérias nos viveiros da principal empresa exportadora de tilápias (Aquacorporación Internacional) instalada no distrito de Cañas. A situação, no entanto, pode ser pior, uma vez que outras sete empresas produtoras de tilápia localizadas no distrito de Riego Arenal-Tempisque, também sofreram ataques das mesmas bactérias. Inicialmente foram identificadas em laboratório, três tipos de bactérias, que parecem estar agindo em conjunto com outros fatores ambientais e causando as mortalidades observadas. O gerente geral da Aquacorporación Internacional explicou que foi identificada a bactéria Piscirickettisia salmonis, conhecida por causar mortalidades nos cultivos de salmão, como o agente causador das perdas registradas. Há vários anos que esta bactéria vem atacando a tilápia em vários outros países, como Taiwan, Jamaica, Honduras e Estados Unidos, sendo que na Costa Rica, foi detectada pela primeira vez em março de 2004, sendo que naquela época não ocasionou nenhum dano aos cultivos. Em Cañas e redondezas, o cultivo de tilápia é a principal atividade geradora de empregos, embora somente a empresa Aquacorporación Internacional, empregue mais de mil pessoas. As autoridades da Costa Rica informaram que as bactérias não afetam os humanos, de forma que o pescado pode ser consumido normalmente.

CARCINUS – Pesquisadores do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), realizaram no início de junho, o primeiro repovoamento do açude Pereira de Miranda, em Pentecoste-CE, com mais de 3.000 juvenis de pitu Macrobrachium carcinus, um animal que já faz parte da lista de espécies ameaçadas de extinção. Este repovoamento foi possível em virtude do sucesso na larvicultura dessa espécie, cuja culinária é bastante apreciada em diversos estados brasileiros. Com a finalidade de restaurar os estoques naturais e realizar o repovoamento de reservatórios do polígono das secas, onde antes a espécie existia, o Centro de Pesquisas em Carcinicultura (CPC) do DNOCS iniciou em 2004, duas linhas de pesquisas com o pitu: acasalamento e reprodução em cativeiro; e desenvolvimento de tecnologia para larvicultura. De acordo com Sandra Maria Xavier Pinheiro, uma das pesquisadoras responsáveis pelos estudos, os resultados obtidos na maturação e acasalamento levam a concluir que o camarão pitu se adapta ao ambiente de cativeiro, não apresentando nenhuma restrição quanto ao acasalamento usando somente estímulos ambientais. A estrutura para a reprodução montada no CPC, de acordo com a pesquisadora, foi suficiente para fornecer larvas para a larvicultura, por intermédio de fêmeas fecundadas em laboratório. A larvicultura do pitu se mostrou viável, apesar das baixas sobrevivências ainda obtidas, sendo importante, porém, maiores investimentos em pesquisas adicionais visando a redução do tempo de cultivo e o aumento da sobrevivência na larvicultura, para que possa ser realizada em escala comercial. Os trabalhos com o M. carcinus foram coordenados pelas pesquisadoras Sandra Maria Xavier Pinheiro, Simone Cardoso Façanha, Vera Lúcia Bezerra de Abreu, além de Guilherme Vitor Lima Mavignier e Marcelo José da Ascensão Feitosa Vieira.

BOLSA DO CAMARÃO – Foi apresentada no último dia 30 de junho, a mais nova ferramenta de negócios para os carcinicultores, a “Bolsa do Camarão”. O projeto, que vem sendo desenvolvido há cerca de dois anos e meio, tem como objetivo maximizar as transações comerciais da carcinicultura brasileira, colocando frente à frente em um portal na Internet, produtores, fornecedores e compradores (nacionais e internacionais). A Bolsa do Camarão irá oferecer uma maior integração entre os fornecedores e compradores na cadeia produtiva e comercial da carcinicultura brasileira, oferecendo ferramentas e mecanismos que favorecem a uma boa comercialização e produção. O usuário do portal terá que se cadastrar como pessoa física ou jurídica, como comprador, fornecedor ou ambos, dependendo de sua atividade e porte, cabendo ao portal validar ou não o seu cadastro. Depois que o usuário for aprovado e tiver o contrato e o termo de conduta validados, ele ganhará um login e senha para que possa ter acesso a todos os serviços para ele definidos conforme sua capacidade de compra e contrato firmado. O endereço do portal é www.bolsadocamarao.com.br

ESPANHÓIS I – Os participantes do Seafood 2005, realizado em maio na capital paulista, assistiram a uma excelente apresentação sobre a aqüicultura espanhola feita por Juan Rodríguez Vázquez, diretor da Corelsa, principal empresa espanhola fabricante de estruturas de cultivo flutuantes para peixes e moluscos. Para a Panorama da Aqüicultura, Vázquez falou da intenção da empresa em criar a Corelsa/BR para fabricar aqui, com matéria prima brasileira, os equipamentos da sua tradicional linha de produção. E justificou seu interesse por considerar que o Brasil está apenas iniciando a exploração da sua costa para produzir pescados, e que muito em breve poderá ser um dos líderes mundiais na maricultura. Esta foi a quinta visita do empresário ao País, e Santa Catarina está sempre no seu roteiro. Suas viagens têm tido o objetivo de conhecer melhor o mercado brasileiro para esses produtos bem como a legislação que envolve os cultivos aquáticos.

ESPANHÓIS II – A recente aquisição feita pelo grupo galego Calvo, do setor de conservas, de 80% do capital da fábrica brasileira de alimentos em conserva Gomes da Costa, trás consigo uma boa notícia para os maricultores. Faz parte dos planos da empresa o lançamento no mercado brasileiro de uma linha de conservas de mexilhões. A Gomes da Costa tem 50% do mercado brasileiro e deverá faturar este ano 95 milhões de euros com a venda de cerca de 35 mil toneladas de sardinhas e 15 mil toneladas de atum.

TAMBACU – A criação do tambacu, encontrado em 80% das pisciculturas de Mato Grosso, corre o risco de ser proibida no estado, e isso se deve ao fato do híbrido ser proveniente do cruzamento de duas espécies de peixes oriundos de diferentes bacias. Neste caso, é resultado do cruzamento da fêmea do tambaqui, proveniente da bacia Amazônica, com o macho do pacu, originário da bacia do Prata. Em maio último, o Secretário Especial de Meio Ambiente e presidente do Conselho Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso (Consema), Moacir Pires de Miranda, reuniu-se com membros desse conselho para debater e votar a proposta de resolução que irá regulamentar as normas de utilização do híbrido no estado. Técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Empaer), temem que se a criação do tambacu não for regulamentada e vier a ser proibida, centenas de pequenos criadores irão abandonar a atividade, principalmente na região da Baixada Cuiabana. Os piscicultores temem que, justamente por não terem conhecimento técnico sobre o assunto, alguns membros do Conselho votem contra a atividade. A proposta de resolução feita pelos técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema), estabelece algumas diretrizes básicas como: executar e divulgar pesquisas sobre o tambacu feitas nos órgãos governamentais; apresentar Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) assinado por um profissional de nível superior para pisciculturas que utilizam o híbrido, e apresentação de anti-projeto e projeto de controle ambiental para concessões de licenças prévias (LP) e licenças de instalação (LI).

COMÉRCIO ILEGAL – O comércio ilegal de qualquer recurso natural brasileiro será punido com multas de R$ 1 mil a R$ 50 milhões. A medida que vai fortalecer o combate à biopirataria aplicará multas de acordo com o tipo de crime. Serão punidos desde o turista que leva sem autorização uma planta ou um animal, entre eles os peixes ornamentais, até a pessoa que traficar produtos naturais com fins comerciais ou científicos. A medida vale também para o comércio ilegal dentro do Brasil ou feito por empresas nacionais.

QUADRILHA DE NINJAS – A empresa Valença da Bahia Maricultura, controlada pelo Grupo MPE do Rio de Janeiro, instalada no município de Salinas das Margaridas, na Bahia desde 1996, vem sendo alvo de acusações referentes à agressões e assassinato de “pescadores” locais. As acusações partiram da Comissão Pastoral da Terra e do Coletivo de Pesca do Recôncavo e repercutiu na grande imprensa como mais uma desgraça decorrente da carcinicultura. A empresa, que além de gerar empregos e renda para inúmeros moradores da região e destinar recursos para investimentos sociais, reagiu por meio de uma nota escrita por Renato Buschinelli Paglerani, engenheiro de pesca e gerente de produção da Valença da Bahia Maricultura, filial Salinas. Segundo ele, o que vem ocorrendo é a ação de uma verdadeira quadrilha de ladrões de camarões, que se auto intitulam “os ninjas”, por vestirem-se com roupas e máscaras pretas, assaltando os viveiros, principalmente durante à noite, passando o produto para receptadores e comercializando o camarão nos mercados da região. Paglerani afirma que os integrantes desta quadrilha, desde os autores dos roubos até os receptadores, são pessoas conhecidas na cidade e responsáveis por outros tipos de crimes, inclusive o comércio de drogas e de explosivos utilizados na pesca com bomba, e há muitos anos vem atuando na região. As supostas vítimas foram identificadas pela Comissão Pastoral da Terra e pelo Coletivo de Pesca do Recôncavo apenas por suas iniciais, inclusive o que veio a falecer. O engenheiro de pesca da empresa, em seu comunicado de esclarecimento, identificou nominalmente cada um dos citados pelas inicias, e apresentou a ficha criminal de cada um deles que, além de prisões por roubos de camarão, cometeram delitos de estupro, tentativa de homicídio à pauladas de um idoso de 73 anos durante um assalto, roubo de eletrodomésticos, dentre outros.