WAS 2011 – Em janeiro, o Comitê de organização do WAS 2011, o mais importante evento da aquicultura mundial, organizado pela Sociedade Mundial de Aquicultura (WAS), se reuniu em Natal-RN, para um primeiro encontro de trabalho. Estiveram presentes Ricardo Martino (Fiperj), Rodrigo Roubach (MPA), Wagner C. Valenti (Caunesp), Itamar Rocha (ABCC), Paulo Henrique Nunes (Fenacam), além do gerente de eventos da WAS, John Cooksey, acompanhado de Mario Stael, responsável pela organização da Feira de Produtos & Serviços. Com o tema “Aquaculture for a changing world”, o evento que acontecerá junto a Fenacam, de 6 a 10 de junho do próximo ano, promete uma programação inovadora, com uma série de sessões voltadas para o setor produtivo brasileiro. Segundo Wagner Valenti, que também se dedica a programação internacional desse congresso, alguns detalhes já foram definidos para atrair participantes de todo o país. Entre eles a tradução simultânea em quatro salas para o português e em duas salas para o espanhol.
PELETIZADORA – A Indústria e Comércio Chavantes, marca conhecida e aprovada pelas grandes empresas do ramo e também por pequenos produtores que escolhem produzir a sua própria ração, avisa aos seus clientes e amigos que através do site da empresa (www.chavantes.ind.br) já é possível obter informações sobre suas máquinas, além de solicitar orçamento. “Nossos produtos possibilitam a fabricação de ração para utilização em pisciculturas, pesque-pagues, granjas e haras”, diz o diretor comercial da empresa, Carlos Henrique P. Inforzato. A Chavantes sediada no município paulista de Chavantes, atua há mais de 30 anos no mercado de peletização, com tecnologia e know-how desenvolvido com base em pesquisas constantes e em um elevado padrão técnico no processo de produção. O site apresenta uma linha de equipamentos que inclui a peletizadora de 7.5 HP, que segundo Inforzato, pode produzir até 150Kg/hora dependendo do diâmetro do furo da matriz e resistência do produto a ser peletizado, com custo operacional baixo. “Funciona sem vapor e é acompanhada de um resfriador de fácil manuseio com alimentação manual, não sendo necessário o uso de elevadores ou transportadores”, diz ele. A peletização é uma operação de moldagem na qual partículas finamente divididas são aglomeradas em forma de pelletes, possibilitando redução do volume e espaço de estocagem. Além disso, a peletização melhora as características do alimento, favorecendo uma boa conversão alimentar.
SANTA CATARINA I – A Epagri, através do seu Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca (CEDAP), acaba de divulgar os resultados da aquicultura catarinense referentes a 2008. Com relação a piscicultura, o levantamento mostrou que Santa Catarina possui dois tipos de produtores: 20.585 deles são aqueles da chamada “piscicultura colonial”, que se caracterizam por não ter regularidade de produção e 2.345 são produtores da “piscicultura profissional ou comercial”. Juntos produziram 26.018 toneladas de peixes em 2008, avaliados em R$ 78 milhões. Além da engorda e da venda de peixes para os diversos tipos de mercados, existe em Santa Catarina um grande número de propriedades que aliam empreendimentos turísticos, como pesque-pagues, pousadas rurais e hotéis-fazenda, para oferecer uma estrutura de lazer aliada a uma eficiente forma de comercialização de pescados. A tilápia liderou a produção com 13.038 toneladas (50%), seguida das carpas com 9.446 toneladas (36%), dos bagres americano e africano que totalizaram 1.175 toneladas (5%), das trutas com 636 toneladas, do jundiá (bagre nativo) com 432 toneladas e um mix de outros peixes, entre eles o pacu, tambaqui, traíra, cascudo, que totalizaram 1.289 toneladas. Ao todo foram 22.923 piscicultores assistidos pela Epagri, totalizando 38.063 viveiros que somam 12.788 hectares de lâmina d’água.
SANTA CATARINA II – Além das 26 mil toneladas da piscicultura continental, Santa Catarina produziu ainda 10.891 toneladas de mexilhão cultivado; 2.221 toneladas ostras; 3,1 toneladas de vieiras; 299 toneladas de camarão marinho e 60 toneladas de tilápia, engordadas em água salobra. Ao todo, a bem organizada aquicultura catarinense abasteceu o Brasil com 39.494 toneladas de pescado.
SANTA CATARINA III – A mortalidade de verão é uma das características da ostreicultura catarinense. O aumento da temperatura da água nesta época do ano, quando não causa mortalidade, deixa as ostras magras para o comércio. O verão deste ano foi atípico, com a temperatura se mantendo por quase dois meses seguidos ao redor de 28oC, com a máxima de 32oC registrada na semana do carnaval. O resultado foi uma altíssima mortalidade. Estima-se que as perdas das sementes que estavam sendo preparadas para a safra seguinte tenham chegado a 80%. Além disso, foram registradas mortalidade de ostras adultas, ou o seu emagrecimento, o que resultou em transtorno na comercialização, justo numa época onde o consumo é bastante aquecido. A contabilidade do prejuízo, no entanto, só poderá ser feita a partir de maio.
PATOLOGISTAS – O XI Encontro de Patologistas de Organismos Aquáticos (ENBRAPOA) será realizado de 19 a 22 de julho no ambiente acadêmico da UNICAMP, em Campinas – SP. O Dr. Ricardo Takemoto, presidente da Associação Brasileira de Patologistas de Organismos Aquáticos (ABRAPOA), organizadora do evento, informa que em breve as inscrições estarão abertas, razão pela qual avisa aos participantes que preparem seus resumos. Mais informações sobre o XI ENBRAPOA podem ser obtidas no site www.abrapoa.org.br ou diretamente na secretaria da ABRAPOA, com a Drª Maria de los Angeles Perez Lizama, pelos tels: (44) 3261-4642 – 3261-4658 ou e-mail: [email protected]
NOVIDADE ALFAKIT – A Alfakit (www.alfakit.com.br) empresa pioneira no Brasil no desenvolvimento de kits para a análise de solo e água, está lançando no mercado o seu “Bloco Digestor Para DQO”, modelo AT–525. Segundo Léo de Oliveira, diretor técnico da empresa, o AT-525 possibilita a digestão de até 25 amostras simultâneas para análise de DQO, possui aquecimento rápido pré-programado de fábrica com alarme sonoro e desligamento automático ao atingir 150ºC por 2 horas. Quem adquirir o novo produto ganha de brinde um Spectro Kit DQO, para 100 testes. Mais informações sobre as especificações do produto podem ser conferidas pelo fone (48) 3233-2338 ou email: [email protected]
LICENCIAMENTO SIMPLIFICADO – Os empreendimentos de aquicultura no Estado do Rio de Janeiro já podem solicitar o Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS). De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a inclusão de um capítulo específico para o setor aquícola na nova legislação ambiental no Rio de Janeiro, é resultado de ação da Secretaria, através da Fiperj (Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro), com o apoio do Inea (Instituto Estadual do Ambiente). Segundo o Diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj, Glauco Souza Barradas ([email protected]), trata-se de um grande avanço para o setor. Anteriormente a complexidade e os custos de um processo de licenciamento impediam a regularização dos empreendimentos existentes e dificultava a implantação de novos projetos, especialmente por pequenos produtores. A expectativa é a de que o novo modelo traga uma diminuição dos custos do licenciamento ambiental do empreendimento em até 90%. Após serem licenciados, os aquicultores fluminenses terão acesso a linhas de crédito disponíveis para o setor, entre elas a do Programa Multiplicar, da Secretaria de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro.
NOVA AQUAFAIR – A Gessulli Agribusiness promoverá de 5 a 7 de outubro a V AquaFair – Feira Internacional de Aquicultura, Maricultura e Pesca, de forma independente, desvinculada da AveSui América Latina. A feira destinada ao setor aquícola será realizada no Centro de Convenções CentroSul, em Florianópolis (SC) e, segundo os organizadores, terá um formato inédito, que promete grandes inovações. Além da feira de negócios voltada às empresas de nutrição, genética, laboratórios, equipamentos, insumos, instalações, transporte e demais companhias envolvidas com o setor aquícola, a V AquaFair também trará ao público o V Seminário Internacional de Aquicultura, Maricultura e Pesca, coordenado por Felipe Suplicy, coordenador geral de Maricultura do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Mais informações sobre o evento pelo telefone: (11) 2118-3133 ou e-mail: [email protected]
PELIGROSO PERO NO MUCHO – A agência de notícias Europa Press noticiou que a Organização de Consumidores e Usuários da Espanha (OCU) recomendou que os peixes pangassius e perca não devem ser consumidos por terem sido encontrados restos de pesticidas e traços de mercúrio nas amostras dos filés de ambos os pescados. O fato curioso da nota é que os resíduos contaminantes encontrados estão dentro dos limites legais, e não trazem riscos imediatos para a saúde. Ainda assim, foi mantida a recomendação para não comê-los “mais de uma vez por semana”, já que o pangassius e a perca têm entrado “con fuerza” nos hábitos de compra e consumo dos espanhóis. A OCU informou que em quatro das 23 amostras de pangassius foi encontrado trifluoralina, herbicida proibido na Europa. Também foi encontrado resíduo de mercúrio em nove das 29 amostras (23 de pangassius e seis de perca), mas esses achados não superaram o limite legal de 0,5 mg/kg. Apenas “em alguns casos se chegou a metade deste limite”, diz a nota. A notícia acabou não sendo muito clara a respeito do real perigo do consumo desses peixes, e ao fim se tem a impressão de que comê-lo é algo “peligroso, pero no mucho”.
NOVO ALIMENTO PARA CAMARÃO – A Integral Agroindustrial Ltda., empresa com sede em Fortaleza-CE, participa do mercado Premium de rações comerciais desde o ano 2000 para consumo de equinos, bovinos, ovinos e caprinos, feno e suplementos nutricionais para equinos. Em 2005 lançou com sucesso a linha Aquamix Cultivo Intensivo para peixes onívoros. Nestes cinco anos conquistou a confiança dos clientes cearenses, piauienses e maranhenses pelos resultados em campo, serviço técnico pré e pós-venda, e agilidade para atender as demandas específicas dos piscicultores. Baseado neste sucesso, em março de 2010, a Integral Agroindustrial multiplicou sua capacidade de produção da linha Aquamix com o início das operações da nova unidade localizada em Paulo Afonso (BA). Com esta nova fábrica foi acrescentada ao portfólio da empresa a linha Aquamix Camarão, que pretende atender o mercado das Regiões Norte e Nordeste com mais competitividade, num segmento cada vez mais globalizado e exigente em segurança alimentar e custos. Para qualquer dúvida sobre o uso da nova ração, o aquicultor pode contatar Luis Alejandro Daqui, responsável técnico da Linha Aquamix, pelo e-mail: [email protected] e fone: (85) 3216-1580.
INDÚSTRIA SALMONEIRA – Os preços do salmão nos mercados internacionais estão subindo cada vez mais, por conta da queda brusca na oferta mundial provocada pelo colapso na salmonicultura chilena. A queda, nos últimos dois anos, foi de 75%. Durante o pico da produção, em 2008, o Chile vendeu 403 mil toneladas e os prognósticos da SalmonChile (Associação das Industrias de Salmão de Chile) para 2010 apontam para uma despesca de 245 mil toneladas, apesar de existirem prognósticos mais pessimistas, que apontam para uma produção ao redor de apenas 90 mil toneladas. A Noruega, maior produtor mundial de salmão, aproveitou os problemas sanitários e econômicos da indústria chilena e, em 2008, produziu 1,5 milhões de toneladas de salmão do Atlântico e, para 2010, está sendo esperado um crescimento de nada menos que 70%. A indústria salmoneira vem crescendo muito rapidamente, refletindo nas ações da Marine Harvest, a maior produtora mundial de salmão, que subiu mais de 400% desde janeiro de 2009.
NOVO LABORATÓRIO – A AguaVale Piscicultura (www.valedojuliana.com.br) localizada no Baixo Sul da Bahia, comemora seu novo momento produtivo. A empresa inaugurou em janeiro um novo e moderno laboratório de incubação artificial, com capacidade de produção de até 18 milhões de alevinos de tilápia/ano. O segmento de piscicultura nas Fazendas Reunidas Vale do Juliana foi introduzido em 2001, quando a ideia inicial era a implantação de engorda em viveiros escavados. Com o decorrer das atividades, verificou-se uma tendência deficitária na ordem de milhões de alevinos/ano na Bahia, e o projeto foi, então, redirecionado para a produção de alevinos. Atualmente a piscicultura é um dos maiores projetos das Fazendas Reunidas Vale do Juliana S/A.
SERRA DA MESA – No dia 24 de fevereiro foi dado o início aos trabalhos de demarcação do Parque Aquícola do Lago Serra da Mesa, uma antiga reivindicação da população do Norte de Goiás. Com a demarcação das áreas de produção do maior reservatório em volume de água no Brasil, será possível quantificar a produção de pescado, que segundo estimativas deve chegar a 290 mil toneladas por ano.
NOVOS CENTROS DE REFERÊNCIA – O Centro de Referência em Aquicultura e Recursos Pesqueiros do São Francisco (Ceraqua/SF) será inaugurado no dia 16 de março. O novo centro em Alagoas funcionará no município de Porto Real do Colégio, como unidade integrante da 5ª Superintendência Regional da Codevasf. A sua gestão será compartilhada entre a Codevasf, MPA, Embrapa, UFAL e Governo do Estado de Alagoas. O centro iniciou suas atividades na década de 1970 como Estação Piloto de Piscicultura de Itiúba (EPI), sendo a primeira estação do programa de piscicultura da Codevasf construída no Vale do São Francisco, juntamente com a Estação de Piscicultura de Três Marias (MG). Na semana seguinte, mais precisamente no dia 24 de março, a Codevasf irá também inaugurar, em parceria com a Embrapa, o Ceraqua Parnaíba, que também atuará nas ações de revitalização da bacia hidrográfica do rio Parnaíba, na área de atuação da companhia nos estados do Piauí, Maranhão e Ceará.
SEMENTES DE MEXILHÃO – Fundada há apenas quatro anos, a Spring Bay Seafood, localizada na costa da Tasmânia, se somou às duas empresas mexilhoneiras da Espanha e do Chile, que receberam certificados da organização Friend of the Sea (Amigo do Mar). A empresa produz o mexilhão Mytilus galloprovincialis e já possui a certificação orgânica expedida pela Associação Nacional para a Agricultura Sustentável, líder em certificação na Austrália. O exemplo da Spring Bay Seafood é interessante porque produz suas próprias sementes, ao invés de capturá-las no ambiente natural. Esta opção, além de preservar as populações nativas, tornou possível um planejamento mais eficiente da produção a partir do abastecimento regular de sementes ao longo de todo o ano. Este diferencial foi decisivo não apenas para obtenção das certificações, mas também para a saúde financeira da empresa, que saltou das 200 toneladas de mexilhões anuais, para as 900 toneladas produzidas em 2009.
COMBATE NOS EUA – A Casa Branca destinou 78 milhões de dólares para um grande combate. Dessa vez o alvo são as carpas asiáticas que ameaçam os ecossistemas e as pescarias nos Grandes Lagos, um sistema lacunar composto pelos lagos Superior, Hurón, Erie, Ontario e Michigan. As carpas foram introduzidas nos EUA na década de 1970 pelos produtores de catfish com o objetivo de eliminar as algas dos viveiros. Inundações fizeram com que esses peixes chegassem ao Rio Mississipi e daí para grande parte do país, onde dominam muitos ecossistemas, chegando a pesar 45 quilos e 1,20m de comprimento. O problema é que consomem uma enorme quantidade de alimento e interferem diretamente na cadeia alimentar de numerosas espécies nativas. As estratégias dessa guerra contra as carpas incluem o controle de barragens, intensificação das capturas com equipamentos tradicionais, uso de sondas e técnicas de eletrochoque para captura.