ARENALES COMEMORA 10 ANOS – O Laboratório Veterinário Homeopático Fauna & Flora Arenales Ltda. da cidade de Presidente Prudente (SP) celebra os dez anos de fundação sendo o primeiro laboratório de homeopatia animal do mundo. A empresa que nasceu com três funcionários em uma pequena área de 310 m2 no ano 2000, possui atualmente uma área de 3.500 m2 de extensão com capacidade para produzir até um milhão de doses mensais de medicamentos para bovinos, ovinos, caprinos, equinos, cães, gatos, aves e peixes ornamentais e de produção. De acordo com a fundadora da instituição e atual diretora geral, Maria do Carmo Arenales, depois de muita luta para conseguir abrir a empresa, foi iniciado um trabalho junto aos produtores, de estímulo à produção orgânica no país.
“Hoje no Brasil cerca de 50 mil clientes usam produtos fabricados pelo Laboratório Arenales, que atende através da sua linha com mais de 90 Fatores Homeopáticos”, diz Maria do Carmo. Para ela a homeopatia tem sido disseminada entre as pessoas que com o passar dos dias, cobram cada vez mais por alimentos saudáveis. Com isso, o Laboratório Arenales cresce a cada ano e consegue conquistar mais mercado. O sucesso desses dez anos, segundo Maria do Carmo, está na abrangência das espécies a que são destinados os medicamentos; a oferta de produtos que conferem sustentabilidade aos animais; número de premiações conquistadas e na ação social praticada pelos colaboradores da empresa. “A credibilidade conquistada pelos nossos produtos se dá pela concretização dos ideais de levar saúde aos animais, ao meio ambiente, e ao consumidor final”, acrescentou.
32% PARA O PANGA – Por terem sido prejudicados pelos preços praticados pelo pangasius, os associados da Cooperativa de Produção, Industrialização e Comercialização Edson Adão Lins (Coopeal), de Abelardo Luz (SC) solicitaram à Câmara de Comércio Exterior – Camex, que a taxa atual de importação do filé de pangasius, que é de 10%, suba para 32%. Segundo Carlos Pansera, representante da Coopeal, com a taxa de 32% o preço do panga deve subir nas prateleiras e ficar entre R$ 11,50 e R$ 13,50, ficando ainda abaixo preço do filé da tilápia. Entretanto, segundo Pansera, isso vai fazer com que o consumidor, diante de uma diferença menor de preço, possa vir a optar pelo filé da tilápia, que a seu ver tem uma qualidade superior à do peixe importado do Vietnã.
NASCE A ABIAQ – Falta pouco para ser formalizada a Associação Brasileira da Indústria de Aquicultura (Abiaq), uma transformação da Associação Brasileira da Indústria de Processamento de Tilápia (ABTilapia). A ideia é que a associação não mais se restrinja às indústrias que beneficiam a tilápia, ficando aberta a todas que processem produtos de aquicultura e que tenham SIF ou Inspeção Estadual. Há uma estimativa de que 60 – 70% do pescado industrializado produzido pela aquicultura sejam provenientes das empresas que formarão a Abiaq. A nova associação já nasce contando com indústrias de peso como a Geneseas, Netuno, Pescados Arapongas, Nativ, Cristalina Pescado, Mar & Terra e Tamborá, além de parceiros congêneres, como a Center Cargo Transporte Internacionais, a Frigoestrela, o Sindicato da Indústria da Pesca do Estado de São Paulo e a Piscicultura Aquabel, produtora de alevinos. Para a presidência da Abiaq foi escolhido o presidente do conselho de administração da Nativ Pescados Amazônicos, José Augusto Lima de Sá, que outrora ocupou a presidência da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef). Segundo diz Tito Lívio Capobianco Júnior, da Geneseas, que ocupará a vice presidência da Abiaq, uma das principais metas da nova associação é a de levar ao público a certeza de que ao consumir um pescado cultivado ele estará contribuindo com a sustentabilidade dos ambientes naturais, que terão seus estoques preservados. “As pessoas devem ter em mente que uma quantidade muito grande de vida marinha é capturada junto com as espécies comestíveis”. Capobianco acrescenta que essa consciência já é grande no resto do mundo, mas ainda não faz parte da população brasileira, mesmo aquela engajada com as causas ambientais. A aquicultura tem um importante papel nessa preservação e a divulgação disso será um dos grandes propósitos da Abiaq, completa.
GORDURAS BENÉFICAS – Segundo estudos sobre o valor nutricional dos peixes brasileiros de água doce, realizado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Rogério Souza de Jesus, espécies gordurosas como pintado, tucunaré, pacu e pirarucu são boas fontes de ômega 3, e possuem uma composição parecida com a dos peixes marinhos nobres como o salmão e o atum. “O consumo regular de peixes de água doce é tão ou mais saudável que o consumo de peixes marinhos, pois os primeiros possuem a vantagem de não desenvolverem o odor de trimetilamina, que caracteriza o pescado marinho de um modo geral”, explica o pesquisador. Mais informações no e-mail: [email protected]
WAS 2011 – Como já é de conhecimento de todos, o Congresso Mundial de Aquicultura da WAS (World Aquaculture Society), ocorrerá no Brasil, mais precisamente em Natal (RN), entre os dias 6-10 de junho de 2011, juntamente com a FENACAM (Feira Nacional do Camarão). Para garantir o sucesso da programação do evento, os membros dos Comitês Executivos Internacional e Nacional do WAS 2011 se reunirão em Natal, entre os dias 08 e 09 de fevereiro, para tratar dos últimos detalhes da organização. Diversos workshops e visitas técnicas estão sendo organizados e as informações serão colocadas em breve no site www.fenacam.com.br. Praticamente todos os estandes da feira que ocorre paralelamente às sessões técnicas já se encontram vendidos. A feira contará tanto com expositores nacionais, como estrangeiros. Nela será apresentado o que há de mais moderno para o cultivo de organismos aquáticos. Diversos especialistas estrangeiros, como a Dra. Marisol Izquierdo e o Dr. Delbert Gatlin já confirmaram suas presenças. Na sessão sobre a Aquicultura na América Latina e o Caribe está confirmada a palestra intitulada: “Uma parceria para uma aquicultura integrada sustentável”, do Dr. Randall Brummett, especialista sênior do Banco Mundial.
NUTRIZON LANÇA LABORATÓRIO MÓVEL DE PISCICULTURA – Desde agosto, muitos piscicultores da Região Amazônica já conheceram uma nova ferramenta de trabalho que torna a atividade mais lucrativa e auxilia no desenvolvimento de novos produtos (ração) e técnicas de manejo na piscicultura de peixes amazônicos. Trata-se do laboratório móvel de piscicultura da Nutrizon Alimentos. Com um investimento constante em pesquisa e desenvolvimento de produtos para os peixes da Bacia Amazônica, como as rações específicas para tambaqui, pirarucu e pintado amazônico (lançamento em breve), a empresa sentiu a necessidade de investir nesse laboratório para buscar conhecimentos e tomar pé da realidade da produção nas pisciculturas de seus clientes. Busca-se com esse laboratório a determinação das variáveis nutricionais que impactam os ganhos de biomassa, a conversão alimentar, o tempo de engorda, a redução de gordura visceral, o custo de produção, entre outros. A empresa deseja estudar como as muitas variáveis como manejo, condições climáticas, qualidade de água, qualidade de alevino, espécies de cultivos, entre outras, estão diretamente ligadas à nutrição e, dessa forma, obter uma melhor relação custo benefício da ração utilizada. O laboratório está preparado para fazer 36 análises físico-químicas da água, determinação de micro-organismos aquáticos, avaliação de rendimento de carcaça, além de servir de instrumento de transferência de conhecimento para seus clientes. Mais informações pelo telefone (69) 3442-9191 ou www.nutrizon.com.br
AQUAPONIA E TILÁPIA – A popularidade da tilápia está crescendo no mundo inteiro e a produção mundial de tilápia já chega a 3,2 milhões de toneladas anuais. A China representa mais da metade desse total. Com essas palavras, Kevin Fitzsimmons, professor da Universidade do Arizona e ex presidente da American Tilápia Association, abriu sua palestra “Tilápia: a Maior Contribuinte para a Segurança Alimentar Mundial”, durante a “Tilapia 2010”, conferência realizada em Kuala Lumpur, na Malásia. Em seu discurso Kevin demonstrou como a tilapicultura cresceu em todo o mundo nos últimos 30 anos. Embora a China seja líder mundial no domínio do cultivo da tilápia, alguns países estão se preparando para aumentar sua produção, disse Fitzsimmons. O especialista apontou para o Vietnã, onde algumas fazendas de pangasius estão sendo convertidas em fazendas de tilápias, e para a Malásia, onde o cultivo da tilápia está em expansão graças ao apoio do governo e investidores privados. Fitzsimmons disse ainda que esse crescimento é também incentivado pela prática da aquaponia, que alguns produtores de tilápia de várias partes do mundo, incluindo a província chinesa de Hainan, estão adotando. A aquaponia envolve o cultivo simultâneo de peixes e plantas em que os efluentes do animal se acumulam na água e são filtrados pelas plantas. O evento “Tilapia 2010” atraiu 240 delegados de 34 países, foi apoiado pelo Departamento de Pesca do governo malaio e organizado pela INFOFISH.
RESOLUÇÃO Nº 414-2010 – O governo federal acaba de dar mais um novo e importante estímulo para o desenvolvimento da aquicultura, concedendo aos aquicultores descontos entre 60 e 90% na conta de energia elétrica, a exemplo do que já ocorre tradicionalmente no setor agropecuário. A resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de número 414, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 15 de setembro de 2010, reconhece a aquicultura como atividade agropecuária e ainda como classe incluída no desconto de tarifas de energia elétrica em regulamentação consolidada. A íntegra da Resolução pode ser lida no endereço: www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/D.O_15_09_2010.pdf
MUTUMGAP – Com o objetivo de atrair investimentos para Nova Mutum, município do Estado de Mato Grosso com população de aproximadamente 36.000 habitantes e Produto Interno Bruto (PIB) em torno dos R$ 28 milhões, o prefeito Lírio Lautenschlager tem se aproximado da Nativ Indústria Brasileira de Pescados Amazônicos S.A, que além de buscar parceiros para produção de peixes, tem interesse em se alinhar com toda a cadeia produtiva na região. A idéia do prefeito é investir tanto na produção de ração não geneticamente modificada, quanto num programa de certificação dos produtores de peixes (Programa MutumGap), de forma a captar empreendimentos para Nova Mutum. Os dados referenciais do PIB e o fato de Nova Mutum buscar a certificação a partir de uma produção adequada aos padrões da GlobalGap, interessaram aos executivos da Nativ porque a própria empresa já está buscando a certificação GlobalGap para suas unidades, visando a conquista de mercados na Europa. Nova Mutum é hoje um dos municípios mato-grossenses que apresentam os melhores índices de crescimento econômico e social. Possui 1.400 famílias entre assentados e de pequenos agricultores tradicionais, sendo que destas, seis já possuem licenciamento ambiental para exploração da piscicultura.
ESTRATÉGIAS E OBJETIVOS – A Poli-Nutri realizou encontros regionais com todos os profissionais de sua equipe de vendas em Campinas (SP), Florianópolis (SC) e Fortaleza (CE). Foram reuniões de trabalho e planejamento para o alcance das metas estabelecidas para 2011. Segundo o gerente nacional de vendas, Aldo Barbugli Filho, no transcorrer de 2010 a companhia acelerou uma série de ações ligadas à tecnologia, inovação, logística, serviços e capacitação das equipes, itens fundamentais que permitirão atender com maior precisão às novas demandas do mercado em 2011. “O crescimento de nossa empresa foi fruto do empenho de toda a equipe, de uma maior aproximação com o mercado e mais agilidade em entender as necessidades dos clientes. Isso faz a diferença da Poli-Nutri”, diz Aldo. O ano de 2010 foi marcado por uma série de grandes investimentos em estrutura, como o novo e moderno laboratório na unidade de Maringá (PR), a inauguração do Centro de Distribuição de Lajedo (PE), e a ampliação da unidade de Eusébio (CE). Além disso, a empresa conquistou a IN-65, uma importante certificação de qualidade que autoriza a empresa a fabricar produtos com medicamentos. Atualmente a Poli-Nutri é a única empresa do Brasil com todas as unidades fabris certificadas com a IN-65.
Os planos para 2011 são igualmente otimistas: no primeiro trimestre a 4ª unidade fabril da Poli-Nutri será inaugurada em Treze Tilias (SC), o que permitirá um melhor atendimento às demandas dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A empresa projeta um crescimento de 20%, com foco em todos os segmentos onde atua.
COOPERAÇÃO ESPANHA BRASIL – O Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba (Ceraqua São Francisco) recebeu em novembro a visita do pesquisador espanhol da Universidad Politecnica de Valencia, Juan Asturiano, que veio a Alagoas participar de uma cooperação técnica internacional entre o grupo de pesquisa Acuicultura y Biodiversidad, a qual pertence, e pesquisadores das instituições que integram o Ceraqua São Francisco (Codevasf, Embrapa e Universidade Federal de Alagoas). A visita e os trabalhos técnicos tiveram a coordenação do pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Paulo Carneiro, que realizou os contatos iniciais com o pesquisador espanhol na Universidad Politecnica de Valencia, onde realiza seu pós-doutorado. “A vinda do Juan ao Ceraqua São Francisco possibilitou que ele tivesse contato com a tecnologia de conservação de sêmen do tambaqui Colossoma macropomum e pudesse também analisar o desenvolvimento gonadal desses animais. Pretendemos desenvolver uma cooperação com o grupo de pesquisa do qual ele faz parte na Espanha para que possamos executar atividades que possibilitem a melhoria na reprodução do tambaqui em cativeiro”, explicou Paulo Carneiro. Juan Asturiano é especialista na reprodução em cativeiro da enguia europeia, um peixe que possui um processo de reprodução artificial muito mais complexo que o tambaqui. Segundo Juan, o melhoramento da tecnologia de reprodução do tambaqui irá refletir positivamente na produção comercial de alevinos desses peixes, especialmente com a redução de custos. “Quando se diminui o desperdício de sêmen e de hormônios utilizados no processo, reduz-se os custos para o produtor e fortalece a aquicultura empresarial e familiar”, disse.
INDÚSTRIA DE RAÇÃO – A produção da indústria de alimentação animal no Brasil registrou incremento da ordem de 3,3% nos dez meses de 2010 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), de janeiro a outubro de 2010, foram produzidas cerca de 50 milhões de toneladas de rações, prevendo-se o fechamento do ano com produção total de 60 milhões de toneladas, um movimento de cerca de 16 bilhões de dólares. A demanda por ração para peixes alcançou mais de 284 mil toneladas e registrou crescimento de 15% de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2009. Já a carcinicultura consumiu 69 mil toneladas.
CARCINICULTURA CEARENSE É A MAIOR – A criação de camarão no Rio Grande do Norte perde força num momento em que a demanda e a produção crescem nacionalmente, e em que o volume exportado fica cada vez menor. A carcinicultura potiguar deverá fechar o ano em torno de 20 mil toneladas, um volume 10,33% inferior ao do ano passado, fazendo com que o Rio Grande do Norte perca o posto de maior produtor do Brasil. Segundo afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, os dados ficaram em desacordo com as projeções de crescimento inicialmente divulgadas pela ABCC, por vários fatores, entre eles os transtornos decorrentes das enchentes sofridas em 2008 e 2009, as dificuldades em se obter licenciamentos ambientais e financiamentos, bem como pelas oscilações do câmbio. “A aquicultura potiguar desacelerou e deverá ser ultrapassada pela cearense, cuja perspectiva é de alcançar as 30 mil toneladas, um volume 50% maior que o de 2009. Os dois estados deverão concentrar 55,55% da produção nacional”, disse Itamar. No país, o volume produzido deverá atingir 90 mil toneladas em 2010, contra 65 mil de 2009.
RONDÔNIA CONVIDA DNOCS – Convidado pela Secretaria de Agricultura do Estado de Rondônia, o DNOCS, representado pelo Coordenador de Pesca e Aquicultura, Pedro Eymard Mesquita, ministrou palestra sobre a reprodução e o cultivo do pirarucu em cativeiro para 170 piscicultores no município de Guajará-Mirim. O convite foi em decorrência dos conhecimentos tecnológicos que o DNOCS adquiriu ao longo dos anos em que vem desenvolvendo técnicas de reprodução e criação em cativeiro, principalmente no Centro de Pesquisas em Aquicultura (CPAq), localizado na cidade cearense de Pentecoste. Segundo Pedro Eymard, a Secretaria de Agricultura de Rondônia desenvolve um grande programa de piscicultura e quer incentivá-lo com a criação intensiva do pirarucu, peixe originário da Amazônia, cujo cultivo tem sido feito de forma extensiva no estado. O DNOCS, um órgão que atua em pleno semiárido, apreendeu as técnicas de cultivo intensivo dessa espécie e agora está disseminando seus conhecimentos nos estados que fazem parte da Região Norte do país.
PARCERIA COM A NORUEGA – Foi firmado um acordo entre o Instituto Norueguês de Alimentação, Pesca e Aquicultura (Nofima), e a Embrapa Pesca e Aquicultura para a produção de tambaqui, terceira principal espécie cultivada no país. A produção aquícola da Noruega é de aproximadamente um milhão de toneladas de pescado ao ano, o equivalente à totalidade da produção pesqueira do Brasil, que atualmente importa U$ 250 milhões de pescado da Noruega, especialmente o bacalhau. O salmão cultivado responde por 90% da produção norueguesa.
CHINÊS NA ÁREA – Por não terem mais espaço para expandir sua piscicultura os chineses querem produzir no Brasil. Doze empresários com interesse em investimentos e transferência de tecnologias visitaram Santa Catarina, por ocasião do evento Aquapescabrasil. A China é o maior produtor de pescados do mundo.
NÚMEROS CAPIXABAS – Os setores aquícola e pesqueiro do Espírito Santo respondem pela geração de trabalho e renda para aproximadamente 30.000 famílias, de acordo com dados do Fórum Estadual de Pesca e Aquicultura – FOSEMPA. Há dez anos o Espírito Santo produzia pouco mais de 2 mil toneladas de pescado provenientes da aquicultura. Em 2009 este número chegou a 6.200 toneladas.
ENCOLHENDO – A situação dos parques aquícolas do Paraná e o encaminhamento das estratégias e propostas do setor na região foram temas de discussão durante um encontro entre o Superintendente Federal da Pesca e Aquicultura do Paraná, José Wigineski e vários representantes da piscicultura da Bacia do rio Paranapanema. A Presidente da Associação Norte Paranaense de Aquicultores – ANPAQUI, Petra Maria Wagner, alertou que a dificuldade na obtenção da licença ambiental vem acarretando a desistência de parte dos produtores, devido aos anos de espera e as multas aplicadas pelo IBAMA. O Superintendente foi informado que, ao contrário do que deveria acontecer, a aquicultura encolhe numa das regiões mais promissoras do país.
NOVO LABORATÓRIO I – Foi inaugurado no dia 3 de dezembro, pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o Laboratório Interinstitucional de Sanidade em Aquicultura (LISA), fruto de parceria entre o Instituto Biológico (IB) e o Instituto de Pesca (IP), vinculados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). O laboratório que recebeu investimentos de R$ 145 mil do Governo do Estado e R$ 120 mil da FAPESP foi idealizado para atender demandas da aquicultura paulista e brasileira, setor da produção animal que mais evoluiu nos últimos anos. As atividades realizadas no LISA, criado por meio da Portaria APTA 1.107 (25/11/2010), serão geridas conjuntamente pelo IB e IP, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento e o desenvolvimento da área de sanidade em aquicultura, com ênfase na pesquisa, prestação de serviços e capacitação de recursos humanos. Estão previstas também o desenvolvimento de pesquisas e análises, a prestação de serviços na área de patologia de organismos aquáticos, realização de serviços de certificação sanitária, diagnósticos de enfermidades, desenvolvimento de técnicas de diagnóstico e de proteção imunológica, além da prescrição de manejos e tratamentos. Competirá ainda ao LISA divulgar informações técnico-científicas para programas de sanidade de organismos aquáticos e para a sustentabilidade de cadeias de produção de pesca e aquicultura, bem como para sistemas agrícolas. O laboratório vai funcionar na sede do Instituto Biológico na capital paulista. Outras informações podem ser obtidas pelos e-mails [email protected] e [email protected]
NOVO LABORATÓRIO II – No segundo semestre de 2010 foi lançada a Chamada Pública MCT/MPA/FINEP/CT-AGRO para financiamento de projetos de inovação em pesca e aquicultura. Entre os projetos aprovados está o de “Implantação do Laboratório de Sanidade de Animais Aquáticos (AQUAVET) na Universidade Federal de Minas Gerais”, no valor de R$ 1.341.895,01. Esse projeto é coordenado pelos professores Rômulo Cerqueira Leite e Henrique César Figueiredo. O laboratório terá uma área total de 700 m2, com unidades de estudo nas áreas de bacteriologia, parasitologia, virologia, biologia molecular e proteômica, além de unidades de experimentação animal para testes de vacinas e produtos veterinários usados na aquicultura. Esse investimento fortalecerá ainda mais a capacidade do AQUAVET na prestação de serviços de diagnóstico ao setor aquícola nacional. A previsão da conclusão da obra é de 12 meses.
SANIDADE NO AMAZONAS – Em solenidade realizada no dia 22 de novembro no auditório da Agência de Fomento do Estado do Amazonas – AFEAM, em Manaus, foi formalmente criado o Grupo de Sanidade de Animais Aquáticos do Estado do Amazonas, composto por pesquisadores que atuam em diferentes instituições de ensino, pesquisa e extensão, entre eles a UFAM, INPA, EMBRAPA, UNINILTON LINS e UEA. Em comum a formação multidisciplinar e a habilidade para atenuar ou evitar os mais diversos problemas de doenças em animais aquáticos. Segundo a pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas, Andréa Belém Costa, a criação do Grupo mostra que existe no Amazonas pessoal qualificado para auxiliar no desenvolvimento da cadeia produtiva do pescado, com destaque para o tambaqui, matrinxã, pirarucu, surubim e os peixes ornamentais. Para a pesquisadora, a ideia é contribuir com a elaboração do Plano Estadual de Sanidade Aquícola, e assim garantir que a produção de peixes em cativeiro possa ser utilizada pelo mercado interno, exportada para todo o Brasil e o exterior, sem sofrer barreiras sanitárias e dentro dos padrões de qualidade e higiene, e isentos de doenças, conforme exigido por órgãos internacionais como a Organização Internacional de Epizootias – OIE.
NOVO POLO AQUÍCOLA – O lago da Usina Hidrelétrica de Estreito, localizada no rio Tocantins, entre os estados do Tocantins e Maranhão, começou a ser enchido no último dia 30 de novembro. Segundo informações do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o reservatório, que deve ocupar uma área de 555 km2 contará com infraestrutura adequada para a aquicultura. O Consórcio Estreito Energia (CESTE), responsável pela usina, já assinou com o MPA um acordo de cooperação no valor de R$ 4,8 milhões, financiados pelo BNDES, para a implantação de um complexo pesqueiro na área de influência da barragem, que integrará o beneficiamento e o escoamento da produção. O acordo deverá beneficiar mais de 1.500 famílias.
LISTA VERMELHA I – No dia 6 de dezembro o Fundo Mundial da Natureza (WWF na sigla em inglês) colocou o pangasius vietnamita na sua Lista Vermelha. A WWF aprova para o consumo somente os peixes de suas Listas Verde e Amarela. De pronto a Associação Vietnamita de Exportadores e Produtores de Pescados (VASEP), através de seu presidente Truong Dinh Hoe, manifestou seu protesto ao coordenador global de pescado da WWF, Mark Powell. A VASEP, bem como o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã (MARD), convidou representantes da WWF para que visitassem as fazendas do Vietnã e as suas fábricas processadoras para que pudessem avaliar os processos de exportação e conservação. Em resposta Powell argumentou que havia provas que sustentavam as acusações e as falhas detectadas estavam relacionadas a “problemas de gestão.” Entretanto, o vice diretor do Departamento de Pesca, Pham Anh Tuan, insistiu que não havia nenhuma evidência científica para justificar o ingresso do panga na Lista Vermelha do WWF. No Vietnã, muitas empresas exportadoras e processadoras têm implementado sistemas de qualidade ao longo dos diferentes estágios do processo produtivo, e muitas obtiveram a certificação de Boas Práticas Agrícolas Globais (BPA). O panga vietnamita é exportado para mais de 120 mercados, incluindo os EUA e União Europeia (UE).
LISTA VERMELHA II – Pouco mais de uma semana após ter colocado o pangasius vietnamita na sua Lista Vermelha, o WWF veio a público reconhecer o seu engano. O coordenador global de pescado da WWF, Mark Powell admitiu ter sido seu o erro em divulgar informações imprecisas e informou que a WWF alertaria para que os consumidores europeus sigam comprando o pescado. O vice diretor do Departamento de Pesca, Pham Anh Tuan confrontou imediatamente a declaração de Powell e lembrou que o erro da WWF provocou grandes perdas aos produtores vietnamitas e indignação na população local. O panga foi retirado da Lista Vermelha e o WWF se comprometeu a colocar o peixe na sua lista de “Desenvolvimento Sustentável”. Em declaração ao jornal Viet News, Mark Powell disse concordar com o Vietnã que a indústria do bagre tem um futuro brilhante, e na mesma semana representantes do WWF se reuniram com funcionários vietnamitas para chegar a um acordo para converter o panga em um produto com desenvolvimento sustentável no mercado internacional.
SALMÃO INFECTADO – A Câmara dos senadores do Chile, discutiu um projeto de lei que visa proibir a venda de produtos aquáticos infectados ou contaminados com o vírus da anemia infecciosa do salmão (ISA). O projeto estabelece que o regulamento seja incorporado ao artigo 107º da Lei Geral da Pesca e Aquicultura, com base na necessidade de se cumprir a Política Nacional de Segurança Alimentar e Direito do Consumidor. A ação surgiu após o Servicio Nacional de Pesca (SERNAPESCA) ter anunciado o processamento de mais de 200 ton de salmão contaminado com o vírus da ISA, provenientes de um cultivo em Magallanes. Ambientalistas estimam que essa quantidade pode ser triplicada, porque eram 600 ton de peixes expostos à infecção, uma vez que a empresa excedeu em muito as 220 ton que lhe eram permitidas por ano. Especialistas aconselham suspender as vendas até que se tenham mais informações sobre o assunto. O projeto de lei propõe proibir a venda, ou qualquer outra forma de fornecimento de produtos contaminados com substâncias nocivas à saúde humana ou que venham de mortalidades geradas por patógenos. Os ambientalistas acreditam que a SERNAPESCA deve fornecer informações específicas, tais como volume total de peixes infectados por mortalidades devido à ISA. O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de salmão chileno. A indústria pesqueira do Chile exportou para o Brasil 26.000 toneladas de salmão e truta entre janeiro e agosto de 2010.
ESTURJÃO – Após quinze anos de pesquisa, a Universidade de Lagos, no Chile foi capaz de obter a primeira ninhada de esturjão. Os ovos de esturjão são conhecidos como caviar, iguaria que pode custar US$ 1000 o quilo. Além disso, sua carne é muito popular no exterior. A equipe de pesquisa é liderada pelo pesquisador Juan Carlos Uribe.
TAMBAQUI DE RONDÔNIA – Técnicos envolvidos com o projeto “Rastreabilidade do Tambaqui de Rondônia” iniciado em 2005, e que busca trabalhar com reprodutores de origem conhecida, estimam que em meados de 2012 todos os peixes de 300 piscicultores de Pimenta Bueno terão recebido um microchip com informações de sua origem. O projeto começou porque os piscicultores desconfiavam de que a consanguinidade entre alevinos fornecidos pelos laboratórios do estado era muito alta. Segundo Danilo Streit, responsável pelo projeto, o fato motivou a equipe de pesquisa do Núcleo de Pesquisas PeixeGen, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, a avaliar a variabilidade genética dos plantéis comerciais de Rondônia. Segundo conta o piscicultor Neguni “Pedrinho” Yokoyana, proprietário da Piscigranja Boa Esperança e um dos parceiros do projeto na produção dos alevinos, há cinco anos seu laboratório produzia 1,2 milhão de tambaquis/ano e agora a produção já ultrapassa 5 milhões, em 45 tanques. “Não adianta trabalhar com piscicultura sem apoio técnico. Com a rastreabilidade, o peixe, que antes demorava 11 meses para alcançar dois quilos, hoje leva sete meses para atingir o mesmo peso”, disse Seu Pedrinho.
DIA NACIONAL DA AQUICULTURA – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou no dia 6 de dezembro passado o Projeto de Lei 05162/2009, de autoria da então senadora Ideli Salvatti, que institui o Dia Nacional da Aquicultura a ser celebrado anualmente, no dia 20 de março. Em sua justificativa a atual ministra da Pesca e Aquicultura ressalta que a celebração pretendida representa o devido reconhecimento a todas as pessoas, empresas e instituições que se dedicam a essa importante fonte de produção de alimentos para os brasileiros. Esclarece ainda que a data escolhida faz referência à cessão dos primeiros títulos de uso de águas da União para a criação de peixes. “Em 20 de março de 2008, dezenas de famílias de pescadores artesanais da região do Lago de Itaipu, passaram legalmente a ter o direito de explorar a aquicultura”, diz Ideli. Segundo ela, “diferentemente da pesca em que qualquer pessoa ou empresa explora recursos aquáticos comuns, a aquicultura compreende a intervenção em espaços específicos aquáticos, seja para aumentar a produção, com o intuito de regular estoques, seja para proteger a criação. Por isso a necessidade dos criadores terem controle sobre a área em que atuam”. Este projeto foi uma iniciativa da Associação Brasileira de Engenheiros de Aquicultura – ABEAQUI, apoiado por grande parte das entidades do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca – CONAPE.