NOTÍCIAS & NEGÓCIOS – edição 157

FERRAZ MÁQUINAS COMEMORA – Setembro e outubro foram meses de comemoração para a Ferraz Máquinas. Duas obras desenvolvidas por sua equipe foram inauguradas com sucesso, entre elas a nova Unidade Industrial de Rações da Cooperativa Integrada, em Londrina, no Paraná, que agora possui 2 linhas de ração: extrusada, com capacidades de produção de 10.400 kg/hora e farelada com capacidade de 3.000 kg/hora. Para o projeto da fábrica que possui 6 mil m² de área construída, a Ferraz Máquinas forneceu, entre outros equipamentos, os elevadores de canecas, peneiras rotativas, silos, moinhos, misturador e extrusoras. A empresa foi também a responsável por toda montagem da fábrica e automação total das linhas. A outra fábrica inaugurada foi a Qualy, unidade Lindóia – SP, que funciona com todos equipamentos fornecidos pela Ferraz, distribuídos em uma Linha farelada de 20 ton/h, Linha Peletizada de 8 ton/h e Linha Extrusada de 6 ton/h.

LABORATÓRIO DE AQUICULTURA – O Estado de Alagoas detém 1,47% da produção nacional de pescado. Cerca de 35 mil pessoas estão envolvidas na atividade e a aquicultura de peixes de água doce é desenvolvida atualmente por 300 produtores locais. Mesmo com vocação e potencial para o franco crescimento e consolidação de tão importante setor produtivo, o Estado de Alagoas continua incipiente para a produção aquícola. Nesse sentido, visando a formação profissional qualificada e para alavancar a atividade pesqueira em Alagoas, o Centro de Ciências Agrárias (Ceca), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) inaugurou o Laboratório de Aquicultura, o primeiro do estado e um dos poucos da Região Nordeste para a produção também de peixes marinhos. Uma parceria da UFAL com a Universidade do Porto levou o pesquisador Emerson Soares, do Laboratório de Aquicultura (Laqua/Ceca), a apresentar uma palestra sobre cultivos multitróficos e toxicidades de peixes da espécie Eugerres brasilianus, a carapeba. O intercâmbio firmado entre as duas instituições objetiva a realização de pesquisas com espécies aquáticas potenciais do Estado de Alagoas, entre elas a carapeba e curimatã-pacú.

COOPERAÇÃO ENTRE AS INSTITUIÇÕES – O congresso da European Aquaculture Society foi realizado em setembro, em Edimburgo, na Escócia – Reino Unido. Aproveitando este evento a Comissão Europeia, através de sua unidade de Bioeconomia e Recursos Marinhos, que faz parte da Diretoria Geral para Pesquisa e Inovação, promoveu o “Workshop on Aquaculture & Food Security – South Atlantic Research Cooperation”, com o objetivo de reforçar a disposição para a cooperação em aquicultura, identificando áreas de interesse comum entre os países membros da Comunidade Europeia e alguns países considerados estratégicos, limítrofes do Oceano Atlântico Sul e tropical. No workshop foram realizadas breves apresentações do estado da produção e do conhecimento da aquicultura por cada representante. Trinta pessoas ao todo participaram do workshop sendo onze participantes de fora da Europa (seis do Brasil, três da África do Sul, um do México e um da Argentina) e dezenove europeus, provenientes de setores da pesquisa e da indústria. Representaram o Brasil: Andrei Polejack (MCTIC), Eric Routledge e Lucas Torati (Embrapa Pesca e Aquicultura), Rodrigo Roubach (MAPA), Ronaldo Cavalli (UFRPE) e Wagner Valenti (CAUNESP). Quatro sessões técnicas abordaram os principais desafios, as lacunas de P&D, as relações de cooperação em andamento e as prioridades de P&D para as diferentes áreas geográficas (Europa, Brasil, Argentina, México e África do Sul). O incentivo da Comunidade Europeia para criar um ambiente favorável para cooperação entre as instituições de pesquisa em aquicultura do Brasil e de seus países membros é considerado muito positivo, entretanto, dentro do programa Horizon 2020 de apoio a projetos de P&D, o Brasil não é mais elegível e deverá buscar suas próprias fontes de recursos para participar de projetos e cooperar com a Comunidade Europeia. Articulações entre dirigentes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil e da Comunidade Europeia estão em andamento para identificar um mecanismo para contornar essa situação em 2017, o que inclui a vinda ao Brasil de representantes da plataforma tecnológica de inovação em aquicultura da Comunidade Europeia (www.eatip.eu), a qual possui uma integração que inclui academia, governo e indústria, visando apresentar um modelo de governança que é coordenado pela indústria e define as prioridades de alocação de recursos para pesquisa.

NUTRIAD ACELERA NAS AMÉRICAS – A Nutriad, produtora multinacional de aditivos para rações e com sede na Europa, continua investindo na América do Norte, Central e do Sul. No último ano abriu uma unidade de produção de última geração nos EUA, iniciou novas parcerias e contratou vários técnicos e gerentes comerciais. Na sua mais recente iniciativa para aumentar sua presença no continente americano, a Nutriad nomeou como Diretor de Desenvolvimento de Negócios nas Américas Guilherme Bromfman, que tem uma extensa trajetória na indústria de ração, tendo atendido clientes do Brasil e dos EUA. Bromfman formou-se em Agronomia e Administração de Empresas, além de cursos avançados de Negócios e Marketing nos EUA. “Estou entusiasmado em ajudar a Nutriad a desenvolver ainda mais soluções para a nutrição e saúde animal, uma vez que há muitas oportunidades para ajudar os produtores em condições de mercado desafiadoras”. A Nutriad fornece produtos e serviços para mais de 80 países, através de uma rede de escritórios de vendas e distribuidores próprios. Conta com o apoio de quatro laboratórios de aplicação e cinco fábricas em três continentes.

VAI BOI E VOLTA PEIXE E CAMARÃO –No próximo ano a Tailândia vai enviar ao Brasil uma equipe técnica com a intenção de habilitar frigoríficos brasileiros a vender carne bovina para a Ásia. A declaração foi feita em Brasília após reunião entre embaixadores da Ásia e Oceania com o ministro Blairo Maggi, no último dia 26 de outubro. A negociação de compra da carne bovina do Brasil inclui em contrapartida, a venda de peixe e camarão asiáticos. Na ocasião, o embaixador da Tailândia Pitchayaphant Charnbhumidol afirmou que seu país também tem interesse no pescado do Brasil, especialmente nos tambaquis de Mato Grosso.

ALFAKIT NA FENACAM 2016 – A Alfakit Ltda. (www.alfakit.com.br) estará, como em todos os outros anos, presente à Fenacam 2016. O químico industrial e diretor da empresa, Leo Oliveira estará no estande número 78, onde vai recepcionar os visitantes e dar suporte técnico aos seus clientes. No Simpósio de Aquicultura, evento que acontece paralelamente à feira, Leo Oliveira vai proferir a palestra “A importância do equilíbrio iônico para produção semi-intensiva e intensiva de camarão, face ao desafio da mancha branca”.

PEIXES NATIVOS UM EXCELENTE NEGÓCIO? – O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura, Alexandre Freitas afirmou durante o workshop “Nichos de mercado para o setor agroindustrial”, ocorrido em setembro em Campinas (SP), que o mercado de peixes nativos como o pirarucu, cresce a taxas bem superiores ao da tilápia. Alexandre Freitas destacou que enquanto o mercado da tilápia cresce a uma taxa de 17% ao ano, o de alguns peixes nativos cresce a 25% ao ano. “O mercado persegue algo similar à tilápia, como o filé porção sem espinhas, e isso significa que é preciso evoluir no sistema de produção para que as espécies nativas ofereçam essas mesmas possibilidades” disse Alexandre, lembrando que o consumidor quer praticidade. Disse ainda que talvez o grande mercado para o peixe nativo não seja o doméstico, mas o mercado gourmet, baseado em uma pesquisa do IBGE realizada em 2010 que mostrou que 55% do consumo de peixes é feito fora das residências. Ele acredita também que restaurantes especializados em comida japonesa podem adotar o uso de peixes nativos na gastronomia asiática. Já o secretário executivo da Associação Brasileira da Piscicultura – Peixe BR, Francisco Medeiros, proferiu a palestra “Mercado de peixes nativos do Brasil: atualidades e tendências”, ocasião em que afirmou que criar políticas públicas específicas para o setor da piscicultura e investir em tecnologia são uma necessidade para aprimorar o nicho de piscicultura nativa no Brasil. “O setor de peixes nativos está crescendo, mas ainda é muito disperso e sem logística”, afirmou Francisco.

SOLUÇÕES NATURAIS – A Biorigin participará pelo quinto ano consecutivo da Fenacam. Suas equipes técnica e comercial estarão no estande 20 a disposição dos visitantes, apresentando soluções em ingredientes naturais, indicados para indústria e produtores que buscam melhor desempenho, saúde e lucratividade, com destaque para o MacroGard, beta 1,3/1,6 glucanos que tem o potencial de equilibrar as defesas naturais contribuindo para uma proteção mais eficiente frente os desafios causados por vírus, bactérias e parasitas, garantindo resistência, saúde e desempenho. Segundo o Gerente Global de Negócios Feed Roberto Vituzzo, estudo comprova que camarões suplementados com MacroGard apresentaram taxa de sobrevivência 66,6% maior após desafio quando comparado com camarões não suplementados. Além do MacroGard, a Biorigin apresentará outras soluções em ingredientes 100% naturais de seu portfólio, direcionados tanto à saúde quanto para suplementação nutricional, fonte de proteína e energia. “A Biorigin tem crescido a participação nas dietas para camarões, principalmente com o MacroGard que se mostra uma ferramenta importante para melhora da resistência dos animais. MacroGard é uma solução importante no desempenho da produção sendo eficaz no combate a desafios virais entre outros”, diz Vituzzo.

GUABI + ALLTECH – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou, em 3 de novembro, a aquisição de 51% da Guabi Nutrição e Saúde Animal, uma das empresas do Grupo Guabi, pela Alltech do Brasil Agroindustrial. O negócio ainda não está totalmente concluído, mas as negociações estão bastante adiantadas. A previsão é de que a aquisição se concretize até o final deste ano e, por conta disso, ainda não foram revelados os planos de investimentos da nova parceria. A Guabi Nutrição e Saúde Animal possui cinco fábricas, escritório central em Campinas–SP, cerca de 800 funcionários, aproximadamente 250 produtos em linha, está presente em todos os estados brasileiros e exporta para mais de 20 países de todos os continentes.

PRÊMIO FUNDAÇÃO BUNGE 2016 – A Fundação Bunge anunciou a lista de ganhadores da 61ª Edição do seu prêmio. Na categoria Juventude, Felipe do Nascimento Vieira foi o agraciado com o Prêmio Fundação Bunge 2016, um dos mais tradicionais e respeitados pelo meio acadêmico, por suas pesquisas com cultivo de camarões. Formado em Agronomia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Felipe se mantém como um dos pesquisadores na instituição. Suas pesquisas envolvem o uso de aditivos alimentares, especialmente de bactérias probióticas, que melhoram a microflora do sistema digestivo dos camarões, protegendo-os de doenças e melhorando a qualidade da água onde são criados. A cerimônia oficial de entrega do Prêmio e medalha será realizada no dia 23 de novembro, às 10:30, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

CANADÁ APROVA SALMÃO TRANSGÊNICO – O Tribunal Federal de Recurso do Canadá aprovou no dia 24 outubro, a produção, venda e consumo de salmão geneticamente modificado (GM), que é fabricado pela AquaBounty Technologies. O recurso foi apresentado pelo Ecojustice, em nome do Centro de Ecologia e Ação Living Oceans Society, contra o ministro federal do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, o ministro da Saúde e contra a própria AquaBounty. No entanto, o Tribunal não só decidiu contra, como também ordenou que os demandantes paguem os custos dos que representaram a AquaBounty e os ministros. A rejeição do recurso significa que os Ministros do Meio Ambiente e da Saúde agiram corretamente ao permitir a produção do Canadá de salmão geneticamente modificado para uso comercial, disse o CEO da AquaBounty, Ronald Stotish. Em meados deste ano, o Ministério da Saúde do Canadá e a Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA) já tinham dado a sua aprovação para a produção, venda e consumo de AquAdvantage, nome patenteado deste peixe que foi desenvolvido a partir de um salmão do Atlântico que eles inseriram um gene do crescimento do salmão Chinook (Oncorhynchus tshawytscha), a maior espécie da família dos salmonídeos. O gene também foi inserido em uma enguia. Representando a Living Oceans Society, Karen Wristen, expressou preocupação sobre o que pode acontecer se o salmão selvagem escapar e cruzar com o tipo geneticamente modificado.