NOTÍCIAS & NEGÓCIOS ON-LINE __edição89

De: Jesus Malpartida Pasco
Para: [email protected]
Assunto: Macrobrachium
Alguém conhece algum cultivo de Macrobrachium rosenbergii em gaiolas ou tanques-rede? Existe em São Paulo algum produtor de larvas desta espécie? Alguém que esteja fazendo policultivo com tilápia em São Paulo?

De: Helenice Pereira de Barros
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Macrobrachium

O M. rosenbergii é uma espécie bentônica, que utiliza o fundo e laterais dos tanques/viveiros como “substrato”. Sua principal fonte protéica é obtida por meio da fauna bentônica, embora o arraçoamento seja necessário quando se pratica o monocultivo. Além disso, é territorialista, característica acentuada a partir do segundo mês após a metamorfose da pós-larva. Por essas características biológicas, não suporta, considerando a sustentabilidade da atividade, altas densidades. Assim, o cultivo em tanques-rede é viável na fase de berçário (ou seja, até dois meses após a metamorfose). Após esse período, os animais terão crescimento satisfatório se cultivados em viveiros de fundo natural, em densidades de até 10 animais/m2 (em monocultivo, sem utilização de substratos artificiais). Como não utiliza a coluna d’água, seu espaço fica restrito às laterais e ao fundo e, sendo territorialista, a mortalidade (por predação) será maior em ambiente confinado e em altas densidades. O policultivo de camarão com tilápia tem obtido êxito por aproveitar de modo eficaz a área de cultivo (peixes na coluna d’água e camarões nas laterais e fundo) e agregar valor à piscicultura. Nesse caso, a densidade de povoamento de camarões é menor (de 4 a 6 camarões/m2), e o arraçoamento é feito apenas para os peixes, sendo que os camarões se alimentam das sobras e dos animais bentônicos que se desenvolvem nos viveiros. Dados obtidos pelos produtores do Paraná têm sido satisfatórios, que garantem que a produção de camarão consorciado com tilápia cobre o gasto com a ração. Em Piedade – SP, há um laboratório de produção de pós-larvas.

De: Edson Falcão
Para: [email protected]
Assunto: Re: Macrobrachium

Que implicações podem ter a alcalinidade, dureza e o pH (aqui varia de 7,6 a 9,0) com o Macrobrachium?

De: Helenice Pereira de Barros
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Macrobrachium

O M. rosenbergii é um animal resistente, suportando uma grande amplitude de pH (6 a 8,5 – ideal: 7 a 8), alcalinidade (40 a 120 mg/L CaCO3) e dureza (60 a 140 ppm, ideal menor que 120). Porém, se a variação for constante, pode prejudicar o crescimento e sobrevivência dos animais. Há também que considerar outros fatores associados, como por exemplo, a amônia, cuja toxicidade aumenta em valores de pH elevados. pH 9,0 é crítico, podendo ocasionar a mortalidade dos animais. Muita atenção deve ser dada à dureza e a alcalinidade, pois refletem diretamente na muda do animal e, consequentemente, no seu crescimento e sobrevivência. Se forem valores baixos, os animais não obterão cálcio suficiente para endurecer a carapaça, ficando com o corpo mole e mais suscetíveis à predação. Ao contrário, se os valores forem altos, haverá endurecimento maior da carapaça, e os animais podem não conseguir completar o processo de muda, e morrer. De modo geral, os produtores corrigem valores de pH com aplicação de calcário durante o cultivo. Porém, há outros fatores a serem considerados. Se a amônia se mantiver no limite viável ao cultivo, talvez o pH não interfira muito no resultado final. Trabalhei em um laboratório de produção de pós-larvas onde o pH da água (originária de poço artesiano) era de 7 – 7,5, porém ao chegar aos tanques de larvicultura, passavam a 8 – 8,5. Como trabalhava em sistema de recirculação, mantinha os níveis de amônia e nitrito controlados, e o resultado era favorável.

De: Alexandre Wainberg
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: normas orgânicas 

Na última revista GAA um dos tópicos foi aqüicultura orgânica e gerou uma discussão entre mim, Dr. Peter Edwards (AIT Thailand) e Stefan Bergleiter (Naturland) sobre alguns tópicos das normas para aqüicultura orgânica. Foram citados especificamente a proibição de retirada do pedúnculo ocular (ablação) das fêmeas de L. vannamei e a necessidade de cultivo com sexos mistos de tilápias em viveiros de terra. Gostaria de perguntar ao grupo de discussão se conhecem tecnologias que permitam obedecer a estas exigências e onde são aplicadas.

De: Jorge Nicolau
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: normas orgânicas 

Lá nos primórdios do vannamei, na Valença, trouxemos uma leva de reprodutores da Venezuela que tinham um grau de domesticação tão elevado, que não necessitávamos cortar o pedúnculo ocular dos animais. Eles reproduziam normalmente, com produtividades até melhores que os selvagens que vinham do Equador e Panamá. Esses animais foram introduzidos na Venezuela em 1979, e daí se originaram os que vieram pra cá. Só não sei lhe precisar qual era a geração, mas se considerarmos uma por ano até 1991 – quando da importação – são pelo menos 12. Os trabalhos com os reprodutores venezuelanos não foram levados adiante, pois os resultados na engorda eram bastante inferiores aos dos demais. Não acredito que por aqui consigamos isso tão cedo, pois como você sabe, o setor demorou muito a se organizar e os plantéis, salvo os da Ana Carolina, da Aquatec, se misturaram demais, e não sabemos quase nada sobre eles. Estamos fazendo um trabalho na área de genética aqui no PI ,com a EMBRAPA, mas não espero nada antes de uns três ou quatro anos. Mas como a sua proposta é para camarão orgânico e este é trabalhado em baixas densidades, por que não trabalhar com o F. subitilis? Por aqui no PI existe a facilidade de se conseguir fêmeas ovadas, podendo ser feita a larvicultura, desde que haja demanda.

De: Alexandre Wainberg
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: normas organicas 

No caso da criação orgânica não é permitido usar reprodutores ablados nem selvagens. Se for para usar nativas prefiro o schmitti. Daria para fazer? Eu posso lhe mandar reprodutores de 35-40 gramas para maturação pois os temos na fazenda já dentro do planejamento de migrar para espécies nativas. Para nossa situação o subtilis é muito carnívoro e cresce pouco apesar da maior rusticidade.

De: Jorge Nicolau
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: normas orgânicas 

Era o que eu temia! O schimitti é muito mais complicado que o subitilis para maturar e pelo menos a princípio, não vejo como fazê-lo sem ablação. Quando da minha ida pra VBM, ainda fiquei uns 6 meses trabalhando com eles até se formarem os primeiros plantéis de vannamei, e davam mais trabalho até que estes. O subitilis daria pra fazer com os animais capturados de viveiros de maturação, onde não precisariam ser ablados.

De: André Brugger
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: normas orgânicas 

Se não podem ser selvagens, significa que vêm de cultivo, certo? E o endocruzamento não é mais perigoso (ambientalmente falando) do que a captura de uma meia dúzia de reprodutores da natureza? Cadê “coerência” no produto orgânico?

De: alexandre
Para: [email protected]
Assunto: Re: normas orgânicas 

As normas da agricultura orgânica são elaboradas pela instituição maior que é a IFOAM International Forum of Organic Agriculture Movements que reúne mais de 150 instituições em mais de 70 países. São normas de consenso e você pode contribuir nas revisões bianuais em www.ifoam.org. As normas para aqüicultura ainda são draft (rascunho). Neste caso valem as normas das certificadoras que se baseiam nas normas de criação animal (animal husbandry). Eu também acho que existe um monte de besteiras mas segue somente quem quiser ser certificado. Quem não quiser que faça como lhe aprouver. No caso da origem do estoque o objetivo é a domesticação. Endogamia é um problema de cruzamentos genéticos mal orientados e não de domesticação. Logicamente a origem de tudo é, em ultima instância, a natureza mas o objetivo deve ser a obtenção de um estoque domesticado à parte dos estoques naturais. Afinal, todos os animais domésticos foram selvagens um dia. Para o camarão a situação é até mais complicada uma vez que sua captura requer a prática da modalidade de pesca mais predatória possível. O by catch é enorme! Outra coisa que tem que evitar é a captura de pl’s na natureza, como é praxe em muitos países. Quanto ao impacto ambiental, existe muito mais coerência na domesticação do que ficar se abastecendo eternamente na natureza. Nos casos de escape o impacto ambiental pode ser muito grande. Animais domesticados simplesmente não têm condição de sobrevivência fora dos ambientes de cultivo. Uma galinha não pode se estabelecer na natureza pois não tem as ferramentas de suas antepassadas.

De: André Brugger
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: normas orgânicas 

Continuo achando o impacto da captura de alguns poucos reprodutores selvagens menor do que a possibilidade da perda de biodiversidade com eventuais fugas dos animais domesticados (e por isso diferentes geneticamente dos selvagens), mas que podem cruzar com a parentela (coisa que, de fato, acho que a galinha não pode mais), se bem que as fugas podem acontecer nas enchentes com animais em engorda (como já ocorreu várias vezes, até mesmo por aí). No fim das contas, eu volto num ponto que já discuti várias vezes na lista e já escrevi na forma de ensaio na Panorama. Eu continuo achando que a fuga de uma espécie exótica é menos pior do que a de uma espécie nativa ultra domesticada (os híbridos de surubim e cachara, por exemplo). Uso “menos pior” pois acabamos concluindo o quão difícil é consensuar sobre modelos orgânicos / sustentáveis de produção. É um debate interessante e oportuno, porém, acho que não podemos esquecer a dimensão econômica, tão importante quanto as demais, dentro do conceito de sustentabilidade (a questão ambiental não é mais nem menos importante que a econômica, que por sua vez, não é mais nem menos importante que a social, e por aí vai…).

De: Sergio Tamassia – tamassia@softhouse.
Para: [email protected]
Assunto: Pedido de outorga da água para aqüicultura

Para conhecimento sobre pedidos de outorga de água para aqüicultura. Alguém da lista tem informações adicionais sobre estes projetos.

De: Robert Gordon Hickson
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Pedido de outorga água para aqüicultura

Aqui no Estado do Paraná especificamente no Oeste do Paraná onde existe a maior concentração de piscicultura do estado, realizamos vistorias para outorgar o uso de recursos hídricos não só para piscicultura, mas para diversas outras atividades (industriais, irrigação, etc.). Para tal o requerente deve: preencher um requerimento solicitando ao Diretor Presidente da SUDERHSA a outorga; preencher um formulário chamado Cadastro para uso de Recursos Hídricos; anexar documento atualizado que comprove a dominialidade do imóvel; apresentar um projeto simplificado da atividade e do sistema de captação e /ou escoamento; recolher uma taxa de R$107,00; protocolar junto a SUDERHSA. É realizada uma vistoria técnica e emitido um relatório com as coordenadas para subsidiar a direção da instituição quanto ao procedimento de outorgar ou não a utilização ou alteração do recurso hídrico. Em caso positivo, é emitida uma portaria no caso da atividade de piscicultura válida por cinco anos.

De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Reversão sexual

Já li alguns artigos sobre a reversão sexual na piscicultura e muito se fala na utilização da 17 alfa-metiltestosterona associada à ração de alevinos. Gostaria de tirar umas dúvidas: a. Essa mistura de hormônio + ração é feita na hora da alimentação dos alevinos ou a ração já é comprada misturada com o hormônio? b. Onde podemos encontrar este hormônio? c. É possível realizar a reversão utilizando-se o hormônio diretamente na água, ao invés de utilizá-la misturada à ração?

De: Luis Inoue [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Há sim um trabalho tratando da possibilidade da reversão sexual de larvas de tilápia através de banhos em solução hormonais. Wassermaan, G.; Afonso, L., Sex reversal in nile tilapia by androgen immersion. Aquaculture Research, V 34, p. 65-71. 2003.

De: Teresa Cristina Ribeiro Dias Koberstein
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

A ração deve ser misturada alguns dias antes do início da reversão. Ela deve ser mantida em refrigerador e não se deve ultrapassar 30 dias de estocagem. Existem algumas firmas que vendem (se interessar passo os nomes em e-mail particular), mas você vai precisar de um atestado de  médico veterinário,  explicando o motivo do uso. Existem alguns trabalhos, mas a porcentagem de reversão é inferior às obtidas na  incorporação do hormônio na ração.


De: André Bravo – André[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Este é um tema relativamente novo e desconhecido para mim. Aqui na Europa a utilização de hormônios nos animais para consumo é um tema muito delicado e muito mal visto pela opinião pública (no fundo, os nossos clientes, a quem não queremos desagradar). Na tilápia não é possível fazer a reversão por métodos não-químicos?

De: Teresa Cristina Ribeiro Dias Koberstein
[email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Existem outros métodos, sim. Você pode optar pelo super macho ou reversão através de temperatura. Mas te adianto que é bem complicado por enquanto.

De: Francisco Hiran Costa [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Existem alguns procedimentos não convencionais, como larviculturas em águas quentes. Mas não são 100% eficientes, ficando, o cruzamento de indivíduos GMT (YY) com fêmeas normais (XX) como única alternativa viável.

De: Isabel Carderelli – [email protected]
Isabel fazenda-sta-isabel
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Este tema sobre uso de hormônios na produção de tilápias realmente tem sido muito condenado, principalmente por países da Comunidade Européia e EUA. Na prática, a sexagem manual só é eficaz com os peixes com tamanho médio de pelo menos 100g e com este tamanho eles já estão se reproduzindo o que pode comprometer seriamente sua produção, além de ser muito trabalhoso e torna-se inviável numa produção em larga escala. Temos grandes resultados de crescimento com o GMT (alevinos do supermacho) onde temos uma prole macho sem uso de hormônios para reversão sexual.

De: Reinaldo HS – [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Muito se fala na utilização de hormônio para reversão sexual em tilápias. Gostaria de saber se o processo pode ser realizado em qualquer tipo de peixe e se a proporção a ser adicionada na ração é a mesma.

De: Francisco Hiran Costa – [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Por quê você faria masculinização em outras espécies? Nós procedemos assim com as tilápias por que durante o ciclo de produção as fêmeas atingem a maturidade sexual, crescendo entre 30 e 50% a menos que os machos.

De: Ricardo Tsukamoto – [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Reversão sexual

Na quase totalidade das espécies de peixe, a fêmea é maior que o macho. Isso vale inclusive para as nossas espécies nativas (dourado, pintado, bagres, linguado, etc.). Por isso, com raras exceções, seria mais vantagem criar uma população só de fêmeas que de machos. [depois dessa, ninguém pode me acusar de machista…] No Brasil, há mais de uma década, a Estação Experimental de Salmonicultura em Campos do Jordão, SP, produz ovos embrionados de truta arco-íris 100% fêmea para repasse aos criadores. Enquanto o macho da truta para de crescer e começa a morrer com a maturação sexual, a fêmea continua a crescer. No caso da truta, o lote de peixes 100% fêmea que é criado para engorda NÃO é tratado com hormônio; ele é obtido todo como geneticamente fêmea. Esse lote unissexual é produzido a partir de ovos de fêmeas normais (cromossomos XX) fecundados com sêmen de fêmeas revertidas (XX), o que gera 100% de indivíduos XX. Fêmeas revertidas são fêmeas genéticas (XX) que foram transformadas em fenotipo masculino pela administração de hormônio feminino (estradiol) na ração ou na água de incubação, logo após a eclosão dos ovos. Nesta estratégia, só metade dos genitores terão sido tratados com hormônio, e jamais o peixe para engorda. Como curiosidade, mesmo na tilápia, a fêmea só apresenta crescimento inferior ao macho por que ela forma um nova leva de ovos todo mês, o que consome uma boa parte de sua biomassa. Quando a fêmea é castrada geneticamente (por triploidia), o seu crescimento é maior que do macho. O tratamento com hormônio (ou temperatura) só faz efeito se for realizado exatamente no momento do ciclo de vida do peixe em que as células que dão origem à gônada estão se diferenciando. Esse período é diferente para cada espécie de peixe. Por exemplo, na truta isso ocorre entre o final do período embrionário e o início da alevinagem, enquanto na tilápia nilótica ocorre no peixe juvenil com cerca de 10 mm de comprimento, e já na carpa comum só com 3 meses de idade. Portanto, o momento do tratamento e as doses usadas para cada espécie só são aperfeiçoados depois de muito trabalho especializado. No ano passado, um amigo pesquisador no Japão, isolou as células-tronco de gônada de salmão e injetou estas células em trutas recém-nascidas.  As células de  salmão  migraram dentro da truta e foram formar a gônada. Quando a truta cresceu e maturou, botou ovos de salmão. Fecundados com sêmen de salmão, estes ovos resultaram em embriões 100% salmão, que cresceram normalmente. Foi a primeira vez em qualquer animal vertebrado que se conseguiu que uma espécie crecesse para gerar outra.  O objetivo disso vale alguns bilhões de dólares. Os japoneses são vorazes consumidores de atum azul, uma espécie que está cada vez mais rara e ameaçada no mundo, mas pelo qual se paga mais de 100 dólares por kg de carne. Devido ao grande tamanho das fêmeas deste atum (mais de 100 kg), à velocidade de natação (80 km/h), e ao valor de cada animal, é praticamente inviável obter a reprodução artificial da espécie. A solução potencial estaria em gerar ovos desta espécie nobre em atuns ou bonitos menores, de modo a obter alevinos em cativeiro para salvar a lucrativa indústria. Há vários anos, a Austrália captura juvenis do atum azul na  natureza e os cria com sucesso para exportar ao Japão, mas o gargalo está no escasso suprimento natural destes juvenis. Portanto, esse ramo da aquicultura tem muito a crescer.