De: Alexandre Sampaio
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Assunto: Doutorado em Eng. de Pesca
Caros amigos, é com satisfação que informo a aprovação pela CAPES do nosso doutorado em Engenharia de Pesca. Os integrantes do Conselho Técnico Científico (CTC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior do Ministério da Educação (CAPES/MEC), em reunião que ocorreu nos dias 11 e 12 de julho aprovaram a recomendação dos novos cursos de pós-graduação. Dentre as propostas aprovadas está o Curso de Doutorado em Engenharia de Pesca, que recebeu conceito 4. Após a recomendação da CAPES, os cursos receberão o reconhecimento do Conselho Nacional de Educação (CNE). O Curso de Doutorado em Engenharia de Pesca é o primeiro doutorado em Engenharia de Pesca do Brasil o que é uma grande vitória dos professores que compõem o programa e do Centro de Ciências Agrárias da UFC.
De: Luz Weber Baladão
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Assunto: Relatório do consultor internacional da FAO Dr.Wurmann
Como solicitado na lista recentemente, segue link para o texto de um dos consultores internacionais que participaram do Projeto de Cooperação Técnica entre a SEAP/PR e a FAO: http://www.planalto.gov.br/seap/. No item aqüicultura, está o relatório do consultor internacional da FAO Dr.Wurmann. Assim que forem saindo os demais relatórios eu vos informo.
De: Janaina Mendes Barros
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Assunto: Maranhão
Estou cursando Ciências Aquáticas na Universidade Federal do Maranhão – UFMA e gostaria de saber mais sobre o andamento da aqüicultura, ou seja criação de peixes, ostras e, principalmente, camarão aqui no Maranhão, pois andei pesquisando e obtive pouca informação…e também sobre o levantamento de fazendas nesta região.
De: Alexandre Oliveira
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Assunto: Re: Maranhão
Janaina, imagino o seu calvário em obter informações sobre a aqüicultura aqui no Maranhão. Em um estado comandado por pessoas desqualificadas não poderia ser diferente. Há cerca de 10 anos o governo estadual incentivou o cultivo de ostras no município de Raposa, mas hoje este “projeto” não mais funciona. A piscicultura é um Deus nos acuda. O Estado é omisso e o setor vem crescendo desordenadamente. Nenhuma estatística é gerada, daí que você nada, ou quase nada, conseguiu. Em relação ao camarão também nada foi feito nos último anos, aliás, só o fechamento de inúmeras pequenas fazendas em Primeira Cruz e Humberto de Campos. Muitas, por falta de licenciamento e outras por desconhecerem os gargalos da atividade. Em 2003 foi criada a AMCC – Associação Maranhense de Criadores de Camarão, inicialmente com 20 sócios. Devido às dificuldades criadas pelo “secretário de mal ambiente othelino neto” (em minúsculas mesmo), muitos interessados desistiram e apesar de alguns licenciamentos concedidos no ano passado (após 3 anos de espera, como foi o meu caso), nada foi implantado, quer pela descrença em relação ao “apoio” do governo estadual, quer devido às dificuldades que todo o agronegócio está enfrentando no momento. No ano passado uma nova diretoria foi eleita, tendo como presidente o senhor Raimundo Carneiro Sobrino, ex-diretor do BNB no governo FHC. Este sujeito até hoje não promoveu nenhuma reunião com os associados e quando instigado ele diz que realmente reconhece que nada ainda fez pela atividade. Mas vai fazer. Ultimamente não mais atende meus telefonemas. E o governador José Reinaldo ainda acredita que seremos grandes produtores de camarão cultivado. Logo ele que nomeou um ambientalista para “secretário de mal ambiente”. Haja esperança! Resumindo: este é o quadro caótico em que se encontra o Maranhão, cercado de ONGs ambientalistas e órgãos públicos comandados por despreparados. Não desanime. O Maranhão é diferente de tudo que se possa imaginar.
De: Gustavo Frota
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Assunto: Beneficiamento de Camarão
Gostaria de saber se alguém que participa da nossa lista pode me informar sobre o preço de compra de camarão para beneficiar e, o por quê de tanta alternância nos preços. Quem determina estes preços na Região de Natal?
De: Bruno Moser
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Assunto: Re Beneficiamento de Camarão
Aqui no Rio Grande do Norte estão sendo praticados preços diferenciados para a compra de camarão: Para o mercado interno o preço do camarão de 11g (80/100) é R$ 7,80/kg, e é dado por compradores que levam diretamente para outros estados, sem passar por nenhum beneficiamento!? e sem nenhuma “Guia de Trânsito”, documento legal emitido pelo Ministério da Agricultura, que habilita o produto para ser transportado para outros estados. Este preço é maior do que o praticado pelos beneficiamentos que compram camarão com o objetivo de exportação (R$ 7,30 /kg). Para o mercado externo o preço é dado por frigoríficos que beneficiam para exportar, pois o preço internacional é regido pelo mercado (commodite), sofre influência sazonal, conforme a procura pelo produto. Neste caso, o preço de compra é determinado pelo preço internacional em dólar, pelo câmbio e pelos custos de despesca, beneficiamento, embalagem e custos de exportação.
De: Marcos Martins
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Assunto: Tilápias – Excesso de Gordura
Crio tilápias em tanques-rede e com ração com teor de 32% de proteína, desde juvenil até o abate. Sirvo ração à vontade, mas o volume consumido nunca chega nem perto dos percentuais recomendados pelos fabricantes de ração. Tenho notado o acúmulo de bastante gordura no abdômen dos peixes, quando estes são eviscerados. O aspecto externo do peixe é normal, mas as vísceras apresentam bastante gordura, que se adere também ao filé. Isso é normal? Diminuir o teor de proteína melhora, agrava ou não altera a situação?
De: Márcia Regina Stech
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Assunto: Re: Tilápias – Excesso de Gordura
Isso acontece em primeira instância por causa de um alto teor de energia, o que pode ser percebido por uma ingestão de ração mais baixa (ao menos na teoria do fabricante). Os peixes preferem utilizar os lipídios como fonte de energia, mas se a ração for extrusada, a energia em excesso provavelmente vai vir do carboidrato, que tem que ser utilizado no processamento da ração. Quando a relação energia/proteína da ração está correta, esse tipo de coisa não deveria acontecer. Infelizmente teu problema tem sido constatado junto a muitos produtores e com diferentes marcas de ração. Reporte isso ao seu distribuidor, mas só com uma reformulação é que isso poderá ser revertido.
De: Luiz Marcelo S. Pinheiro
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Assunto: Re: Tilápias – Excesso de Gordura
O acúmulo de gordura ocorre quando há sobra de nutrientes, ou seja, você está fornecendo mais do que é necessário para a mantença e crescimento dos peixes. Sugiro reduzir a porcentagem de proteína bruta na fase de engorda destes. Vale a pena testar outras formulações. Além de evitar o acúmulo de gordura, você irá reduzir o seu custo de produção.
De: Giovani Sampaio Gonçalves
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Assunto: Re: Tilápias – Excesso de Gordura
Essa é uma situação muito encontrada em relação à alimentação de tilápias com as mais diversas rações, mesmo em pesquisas com alimentos de alta qualidade!! Nem sempre as recomendações fornecidas pelas indústrias são aquelas que devemos adotar. Cada sistema de produção tem a sua característica e talvez a quantidade de ração que você está utilizando esteja até acima do necessário. Tente fazer a sua própria tabela de arraçoamento (sem sobras), controlando o fornecimento de ração e acompanhando uma curva de crescimento do peixe em função do tempo, ganho em peso e conversão alimentar. A relação energia/proteína é uma questão importante, entretanto ela pode ser apenas uma indicação, pois mesmo que esteja em equilíbrio, o fornecimento em aminoácidos fora da exigência mínima para produção pela Tilápia pode ocorrer em elevada deposição de gordura. Isso se dá pela alta capacidade da espécie em utilizar proteína como fonte de energia. Alguns microingredientes também são importantes no metabolismo energético, podendo levar à situação de acúmulo de gordura. Resumindo: mesmo que sua ração esteja com pouca ou muita gordura (energia), o desbalanço em aminoácidos (apenas 1) ou mesmo a deficiência em algum microingrediente, pode fazer com que grande parte da proteína (mesmo que de boa qualidade) seja utilizada para a síntese de gordura e não fibras musculares como o esperado. Faça testes com outros alimentos, e com certeza encontrará boas rações no mercado.
De: Paulo rodrigues
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Assunto: Re: Tilápias – Excesso de Gordura
Nossa experiência prática em relação a gordura visceral é a seguinte: 1) Fatores que contribuem para o aumento da gordura visceral: proteínas baseadas em farinha de carne e sangue; alimentação acima da curva de alimentação e crescimento e, teor protéico acima da necessidade do peixe para a fase de crescimento que se encontra. 2) Fatores que reduzem a quantidade de gordura visceral: proteínas baseadas em farinha de peixe; alimentação dentro da curva de alimentação e crescimento. Usar 32% até o final da engorda é muito bom, pois reduz o tempo de abate do animal e proporciona um ganho de peso acima da curva (cerca de 15 dias em nossa experiência). Contudo, aumenta consideravelmente a gordura visceral por estar acima, pouca coisa, da necessidade para esta “fase” do peixe.
De: José Maria
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Assunto: Filetagem de peixes
Pretendo agregar valor a minha engorda de tilápias e pensei em filetar peixes em minha propriedade para entregar no comércio local. Tenho demanda para uns 150 kg de filés/semana fornecendo filés frescos dois dias por semana(terças e quintas). Ocorre que tenho represas grandes (2000 m2) que têm inviabilizado o processo, em função do custo para retirar peixes, uma vez que tenho que pagar pessoal para passar o arrastão para a retirada, aumentando o custo e estressando demais os mesmos. Pensei em fazer uma pequena represa de depuração para transferir uns 1000 kg de peixe a cada 15 dias, o que facilitaria o processo de retirada de peixes frescos para filetagem. Gostaria de opiniões e idéias sobre a viabilidade ou não deste projeto por parte de nossos companheiros piscicultores, bem como de literatura disponível com as formas de filetagem para melhor aproveitamento de carcaça. Gostaria de saber também se alguém pode me dizer quais as obrigações legais para poder entrar neste novo negócio.
De: Francisco Moreira Dubeux Leao Junior
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Assunto: Re: Filetagem de peixes
Dica: coloque tanques-rede de pequeno volume nas represas, porque desta forma você não precisa fazer grandes despescas e retira somente aquilo que vai ser depurado e depois vendido. Para 150 kg de filé por semana, você está no limite daquilo que se considera artesanal (processar 100kg de peixe vivo por dia). Se crescer mais, vai ter que ser aprovado pelo menos pelo Serviço de Inspeção Estadual. Eu tenho o mesmo problema em relação à iniciar a filetagem. Quem sabe a gente pode trocar uma idéia e unir esforços?