De: José Eurico Possebon Cyrino – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Simpósio do CBNA
O Colégio Brasileiro de Nutrição Animal – CBNA, estará organizando nos dias 22 e 23 de julho do corrente, em colaboração com o Departamento de Zootecnia da ESALQ-USP, o seu II Simpósio sobre Manejo e Nutrição de Peixes. O primeiro simpósio do CBNA dedicado à área de aqüicultura, realizado em 1995, abordou somente a área de nutrição de peixes e crustáceos. Em resposta a solicitações dos participantes daquele encontro, o temário dos simpósios foi estendido para as áreas de manejo da nutrição e da produção em piscicultura. Assim, a partir do I Simpósio sobre Manejo e Nutrição de Peixes, a proposta de divulgação de informações e difusão de tecnologia do CBNA passou a ser a discussão e a divulgação dos conhecimentos sobre os recentes desenvolvimentos nas áreas de nutrição e técnicas de manejo da alimentação e da produção aplicadas à piscicultura intensiva. Em resposta a uma pesquisa de opinião veiculada na Panorama-L, o CBNA definiu a lista de palestrantes, incluindo novos talentos em pesquisa ou na área empresarial com alto nível de treinamento e propostas inovadoras. O temário do simpósio é bastante amplo, tratando da nutrição por fases, manejo sanitário, doenças nutricionais em peixes, desenvolvimento econômico e análise econômica de projetos, estado da arte da indústria da pesca esportiva, etc. O público alvo do Simpósio são os empresários e técnicos do setor pesqueiro, da nutrição animal voltada aos organismos aquáticos; produtores rurais; profissionais e estudantes das áreas de ciências agrárias, veterinárias, zootecnia e ciências biológicas em geral.
De: Renê Carvalho de Castro – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Problema com a água dos tanques
Caros amigos, gostaria de saber se alguém pode me dizer o que forma uma “nata” avermelhada por cima da água dos meus tanques e como combatê-la. Dá a impressão de ser alguma espécie de alga, pois no final da tarde ela fica completamente esverdeada. Obs: nesses viveiros eu tenho tambacu e carpa capim. Desde já agradeço.
De: José Eurico Possebon Cyrino – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Re: Problema com a água dos tanques
Seu problema parece (eu disse: parece) ser uma explosão populacional de Euglenophytas (semelhante ao que ocorre com a tal da “maré vermelha” no mar). O problema geralmente é causado pelo excesso de matéria orgânica na água. A presença ou não de peixes nos tanques não influencia a proliferação destes organismos. Como corrigir: consiga alguém que identifique os organismos para você. Se estas suspeitas forem confirmadas, não faça tratamento químico com algicidas (e.g. sulfato de cobre) pois isso vai afetar os peixes. Cuide melhor da água, diminua a ração e/ou adubação. Na primeira oportunidade, esvazie o viveiro e remova o lodo do fundo. Faça uma boa calagem. E passe a evitar, a todo custo, o acúmulo de matéria orgânica no fundo do viveiro. Dica: uma próxima vez que consultar o pessoal da lista, localize geograficamente sua propriedade e dê uma “pista” do seu manejo alimentar e da produção. Com os dados que você forneceu, a identificação do problema e sua solução funcionam na base do “chute”, ou seja, tenho 100% de chace de estar errado. Boa sorte. Crie peixes. Em 25 anos, vão faltar 30 milhões de toneladas de peixe no mercado mundial.
De: João L. Campos – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Re: Problema com a água dos tanques
Não sou de modo algum um especialista em problemas com doenças ou no controle de algas vermelhas em tanques de piscicultura, o que parece ter sido o questionamento inicial colocado aos participantes da Panorama-L. No entanto, através de experiência própria e dos poucos cursos na área que fiz durante meu mestrado, para que o uso do sal tenha algum efeito como tratamento, conforme sugerido por outros participantes da lista, a concentração mínima a ser usada deve ser da ordem de 0,1% (1 quilo de sal em 1.000 litros de água), podendo de acordo com a tolerância de cada espécie, chegar a 3,0%. É óbvio que além da espécie, a eficiência do tratamento com sal também depende da doença ou do parasito que se deseja tratar. No caso das algas vermelhas citadas, não sei se tratamentos com sal resolveriam, uma vez que a provável causa do problema, excesso de matéria orgânica nos tanques, como apontado pelo Zico, não seria resolvida. Entretanto, eu já cheguei a jogar 27 toneladas de sal em um tanque nos Estados Unidos (2,9 hectares) para tentar reduzir uma infestação parasitária e obtive bons resultados!
De: Philip C. Scott – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Pirarucu
Caros amigos da Lista, tenho curiosidade de saber mais sobre o pirarucu – Arapaima gigas, mas não tenho achado muita coisa. Alguém por aí pode me sugerir trabalhos publicados? Tenho as Globo Rural etc., mas queria mesmo algo mais sólido. Serve tudo, desde produção em viveiros, fisiologia, etc.
De: Carlos Tuma Delbin – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Re: Pirarucu
Sou Eng. Agrônomo e trabalho com assistência em piscicultura e informática agrícola. Esta é a minha primeira mensagem enviada e espero que possa ter alguma utilidade. Realmente, não existem muitos trabalhos publicados sobre o pirarucu. Foram feitos alguns no CEPATU-EMBRAPA-PA, em Belém, pelo Sr. Emir Imbiriba. Em junho de 97, tive a oportunidade de conhecer um trabalho pioneiro com o peixe em Almeirim-PA, onde estão sendo criados os peixes para abate. Estão atualmente trabalhando os biólogos William Damasio Crus e Cristianne Borges Miguel, com a participação de Geraldo Bernardino – CEPTA e Sergio Antunes – USP. Caso necessário, disponho de uma lista de trabalhos publicados sobre o Arapaima gigas. Agradeço se tiver sido útil.
De: Philip C. Scott – [email protected]
Para: Todos da Lista Panorama-L – [email protected]
Assunto: Re: Pirarucu
Seguindo as dicas, fui à página da Embrapa e descobri o banco de dado deles, do qual retirei a lista de trabalhos que a Embrapa já publicou sobre o Pirarucu, e outras bibliografias a mais sobre o mesmo. Excelente ter um serviço público assim, não acham? Quem tiver acesso pode ver na página http://www.cnptia.embrapa.br/bdpa/consace.html Eu nem sabia que havia tanto material publicado sobre o bicho! Eis aí um gargalo entre pesquisa e extensão. Quantos extensionistas rurais/ aquüícolas conhecem ou têm livre acesso a estes trabalhos que poderiam desenvolver a aqüicultura? Agora, vamos ver qual a dificuldade que terei em conseguir um exemplar destes trabalhos. (N.E. – na mensagem original enviada à lista, o remetente enviou as referências bibliográficas que encontrou na página da EMBRAPA, sobre o pirarucu. Quem não tiver acesso a internet e tiver interesse, entre em contato com a nossa redação).