Notícias & Negócios On Line _edição73

De: Humberto Ker [email protected]
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Assunto: Macroalgas

Caros Colegas da Panorama-L, estamos necessitando de informações sobre cultivos experimentais e/ou comerciais de macroalgas no Brasil, bem como de pesquisadores e técnicos com experiência nesse assunto. Obrigado.

De: Maria Luiza [email protected]
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Assunto: Re: Macroalgas

Estou envolvida no projeto de cultivo de algas e gostaria de lhe informar que existe um projeto para cultivo de algas com recursos da FAO, com experimentos nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. No Rio Grande do Norte a contraparte no projeto é a UFRN, através da professora Eliane Soriano. Na Paraíba também é a UFPB através do professor George Miranda e no Ceará é com a ONG “TERRAMAR” através do professor Dárlio Teixeira.

De: Marcília Barbosa Goulart [email protected]
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Assunto: Profilaxia
Caros colegas, sou bióloga e trabalho com reprodução de peixes, estou precisando de informações sobre o uso de um produto para manejo profilático de ovos, principalmente contra fungos. A espécie em questão é Oreochromis niloticus e na incubação artificial estou tendo problemas com fungos. Na literatura sempre encontro a utilização de verde malaquita, o qual eu não gostaria de usar, será que o permanganato de potássio pode ser utilizado em ovos, será que é eficaz?

De: Sergio Zimmermann [email protected]
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Assunto: Re: Profilaxia

Prezada Marcília, tenho trabalhado nos últimos oito anos com a técnica de incubação artificial em tilápias do Nilo e encontrava problemas de fungos quando não desinfetava os ovos na entrada da larvicultura e quando o desenho (projeto) do sistema não permitia uma adequada e constante movimentação/fricção entre os ovos. É claro que uma boa desinfecção antes de colocar os ovos na incubadora sempre ajuda, qualquer produto fungicida (até mesmo o sal) aprovado pelo FDA para aqüicultura (o verde de malaquita é carcinogênico e banido) funciona bem. O permanganato de potássio é aprovado pelo FDA para peixes, mas o problema é que em coletas de ovos com muita matéria orgânica acompanhante (muito comum), o permanganato não é recomendado por reagir com a matéria orgânica, formando compostos que podem ser tóxicos às larvas que recém eclodem. A formalina vem ocasionando problemas de má formação nos alevinos, e deve ser evitada. O iodo é uma opção boa, mas cara e, o sal, é o mais simples e mais barato. Uso de 10 a 30 partes por mil (banhos de 30 minutos ou 15 minutos, respectivamente) e tem sido o suficiente na maioria dos casos. Acho que combinando os dois procedimentos (desinfecção na entrada da larvicultura) e movimentação constante dos ovos por um bom desenho de incubadora e entrada/saída de água, você poderá obter uma sobrevivência média adequada (cerca de 80 a 90%) sem a presença de fungos. Recirculação de água e a manutenção da qualidade de água dentro do sistema, também são essenciais, mas conheço diversos sistemas abertos com água de poço produzindo excelentes resultados. Boa sorte!

De: Eduardo Beerli [email protected]
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Assunto: Ajuda

Pessoal, tem um produtor de carpas que está com seus tanques totalmente cobertos por pequenas algas avermelhadas ou alaranjadas. Parece uma nata por cima da água. Totalmente coberto mesmo, não dá nem para entrar um raiozinho de sol. Os tanques recebem pouca água e a retirada “manual” é impossível. A retirada do excesso escoando água da superfície também não dá para ser feita. Será que tem algo que pode ser feito? Alguém sabe dizer? Tem jeito de acabar ou matar essa alga?

De: Ricardo Y. Tsukamoto [email protected]
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Assunto: Re: Ajuda

Caro Eduardo, como você próprio constatou, a causa da proliferação excessiva das algas está na disponibilidade de nutrientes no tanque, principalmente o fósforo. Como as algas têm a capacidade de se reproduzir muito rápido, mesmo que você as matasse hoje, estariam de volta em pouco tempo. Na verdade, tentar eliminar essas algas presentes no tanque pode se transformar num tiro pela culatra, por várias razões: primeiro, se você matar essas algas, a biomassa delas apodrecerá dentro do tanque, ou seja, será imediatamente utilizada para a reprodução de bactérias que consomem o oxigênio dissolvido na água. A falta de oxigênio ficaria tão grave no tanque, que mataria não só os peixes, como também toda a vida submersa (incluindo as próprias bactérias que consumiram o oxigênio). Quando há falta total de oxigênio, o ambiente fica séptico, redutor, e passam a se reproduzir as bactérias anaeróbias – aquelas produtoras do gás sulfídrico (H2S) – gás responsável pelo “cheiro de ovo podre” (e de flatus), e que é tão tóxico quanto o gás cianeto ou cianureto (gás usado na câmara da morte). Nesse estágio, o seu tanque terá ficado com a cor negra e sem vida por várias semanas até o ciclo anóxico passar. Na condição atual (algas vivas), uma boa quantidade de nutrientes está presa na biomassa de algas. Após a morte dessas algas, a decomposição da biomassa pelas bactérias liberaria esses nutrientes na água. Assim, no retorno do ciclo, haverá uma reprodução excessiva de algas (“floração”) com magnitude muito maior do que antes, simplesmente porque haverá mais nutrientes disponíveis a elas do que antes. Segundo, como você não se referiu a mortandade de peixes, essas algas alaranjadas microscópicas possivelmente sejam algas flageladas (Chlamydomonas, Euglena, etc.) NÃO tóxicas. Ao matar essas algas e liberar os nutrientes, é comum que as algas que se desenvolvem em seguida sejam algas TÓXICAS (geralmente algas verde-azuladas do tipo cianofíceas). Essas algas tóxicas de que estamos falando são as mesmas cuja toxina causou a morte de 63 pessoas na hemodiálise de Caruaru em 1996, elas ocorrem em águas de todo o Brasil. A sua toxina está presente na água consumida, por exemplo, por 11 e 3 milhões de pessoas, respectivamente, nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. Terceiro, as algas cianofíceas produzem e mantêm as toxinas dentro de seu corpo, como forma de proteção contra predadores. Ao morrerem, é que a toxina é liberada na água. Por isso, caso o tanque já tenha cianofíceas dentre as outras algas (bastante provável), e você mate as algas do tanque, mesmo uma parte delas, estará liberando aquelas toxinas que hoje estão aprisionadas, e que podem afetar os peixes. Se a carpa a que você se refere é a carpa comum e suas raças (colorida, espelho, húngara, etc.), note que essa espécie vive revolvendo o fundo, o que provoca a ressuspensão constante do sedimento contendo nutrientes, e estimula a “floração” das algas. Utilizar aerador nessa condição não ajudaria em nada a resolver o problema. As algas presentes provavelmente estão até produzindo excesso de oxigênio durante o dia. Como você mencionou que o tanque é raso, se puser um aerador, a corrente de água irá revolver o fundo, ressuspendendo o sedimento com matérias orgânicas e nutrientes. Portanto, não há solução mágica para remover as algas atuais, mesmo porque tal ação pode acarretar conseqüências imprevisíveis. Aparentemente, esses tanques estão sendo operados bem acima de sua capacidade de carga, não conseguindo tolerar a quantidade de matéria orgânica e de nutrientes que estão sendo introduzidos com a ração (e eventualmente com adubação). A melhor estratégia imediata seria seguir o que já foi recomendado por um colega – diminua ao máximo possível a quantidade de ração ministrada aos peixes neste tanque, para reduzir os nutrientes livres. Quando possível, drene o tanque, seque o fundo e retire a camada de sedimento negro e orgânico que você mencionou. No futuro, a quantidade de ração terá que ser adequada à capacidade de carga do tanque.

De: Jorge Cotan [email protected]
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Assunto: Hipófise

É possível utilizar hipófises de tilápias para indução hormonal? Qual o tamanho ideal do peixe para se coletar a hipófise? A coleta deve ser sempre feita com o peixe pronto para desova? Quanto tempo após a morte do peixe ainda posso coletar as hipófises? Qual o melhor método para a conservação das hipófises? Alguém pode tirar estas dúvidas?

De: Phil Scott [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Hipófise 

Caro Cotan, as hipófises de tilápias podem ser usadas, mas, como a tilápia desova várias vezes por ano, ela não chega a acumular bem o hormônio, como a carpa, que desova, de maneira geral, uma ou duas vezes por ano, numa estação definida (primavera/verão).

De: Sergio Tamassia/Creative [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Hipófise

Temos disponível um manual sobre o produção/estocagem e utilização de hipófises de carpa comum. Se tiver interesse mande o seu endereço de correio normal que lhe envio o que disponho, pois eles estão na forma impressa. Também nos Anais do SIMBRAq de 1998 (Florianópolis) existem algumas informações sobre o tema. Talvez o Hilton Amaral do Campo Experimental de Piscicultura de Camboriú possa lhe dar mais informações, pois ele trabalhou com isso. O e-mail é [email protected]

De: Tito Livio Capobianco Jr. [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Informações

Nutricionais Eu gostaria de receber informações nutricionais do filé de Tilápia. Alguém pode me ajudar?

De: Jomar Carvalho Filho [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Informações

Nutricionais Acredito que no endereço http://ag.arizona.edu/azaqua/ista/nutrition.htm você encontrará o que deseja (com a aprovação do FDA).

De: Osmar Tomazelli Junior [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Re: Informações Nutricionais

Como orientação podes utilizar a tabela abaixo sobre composição nutricional do filé de tilápia. O ideal é que análises sejam realizadas pois haverá alteração em função da alimentação disponível. Para uma porção de 100 g: Calorias: 79,3 a 85 kcal; Proteína: 18 g; Gordura total: 1 a 1,5 g; Gordura saturada: 0,4 g; Colesterol: 50 mg; Sódio: 345 mg; Fonte: Seafood International, 2000.