Notícias & Negócios Online – edição 48

De:“Anderson Oliveira Latini”
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Para: Lista Panorama-L [email protected]
Assunto: Larvas de odonata

Trabalho desde 1993 com larvas de Odonata (ecologia quantitativa) e estou iniciando trabalhos na área de controle de artrópodos aquáticos (ou fases jovens destes) em viveiros e, por carência bibliográfica a respeito, gostaria de levantar a opinião dos profissionais, pesquisadores e educadores da área de aqüicultura a respeito do controle químico de larvas de insetos nos tanques onde são criadas fases jovens de peixes, camarões e rãs. Se possível, peço a quem já teve experiência na área, o obséquio de indicar o melhor inseticida (folidol, neguvon, dipterex etc) e dosagem de uso e, se já usou, qual o resultado obtido.

De: “Walter Boeger”
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Para: Panorama-L [email protected]
Assunto: Re: Larvas de odonata

Cuidado, muito cuidado mesmo com estes produtos químicos mencionados em teu texto! Um experimento que estamos desenvolvendo aqui no meu laboratório indica que, apesar destes organofosforados não causarem danos plenamente visíveis ao peixe, eles podem reduzir a taxa de crescimento em peso em 100%! Outros problemas observados são: bioacumulação, danos histológicos no fígado e brânquias!

De: “Sergio Tamassia”
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Para: Panorama-L [email protected]
Assunto: Re: Larvas de odonata

Estas larvas podem de fato tornar-se uma praga e um problema real para viveiros de produção de alevinos. Inicialmente trabalhava com dipterex-2-3 ppm. Mas nem sempre funcionava, nos últimos 4 anos, ao invés do controle químico do zooplancton passei a utilizar o método do povoamento imediato das larvas com alimentação inicial destas “baseado na cadeia heterotrófica” e não em rotíferos como prega a hipótese tradicional. Os resultados foram interessantes e não diferiram estatisticamente e economicamente dos obtidos pelo método tradicional. Em relação aos odonatas, neste novo método não tivemos ocorrência. Uma possível explicação pode estar no tempo de povoamento do viveiros com larvas, não sendo suficiente para as odonatas se tornarem predadoras, mas sim permanecem como presas para as larvas dos peixes.

De: “Alain Passerat de Silans”
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Para: [email protected]
Assunto: Curtimento de couro de peixe

Caros amigos da Panorama-l, eu estou muito interessado em obter algumas informações sobre o curtimento de couro de peixes, se alguém puder me ajudar como obter endereços, referências de trabalhos, etc, eu agradeceria muito.

De:orf<[email protected]>
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Para: Panorama-L [email protected]
Assunto: Re: Curtimento de couro de peixe

Sugiro procurar o centro de estudos em curtimento de peles exóticas do SENAI em Campina Grande -PB. Infelizmente estou em trânsito e só na próxima semana posso lhe dar informações mais detalhadas. O nome do especialista é Inaldo, ele ministra cursos de curtimento em todo nordeste. Já assisti a um curso, muito interessante, o que me faz pensar em mercado…será que existe?

De: “Regina Ferreira”
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Para: Panorama-L [email protected]
Assunto: Re: Curtimento de couro de peixe

Sugiro que você entre em contato com: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. – IPT, Centro Tecnológico de Couro e Calçados – CTCC, Av. Wilson Bego, 300 – Distrito Industrial – 14406-091 – Franca – SP telefone: (016) 720.1033, fax: (016) 720.0980, http://www..ipt.br

De: “Rodolfo Nardez Sirol”
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Para: Panorama-L [email protected]
Assunto: Mussum!

Estive recentemente na região de Ubá, na Zona da Mata Mineira, quando me deparei com um problema que até então não conhecia. Os tanques de piscicultura estão infestados de mussuns, um peixe preto que mais parece uma cobra (parecendo ser o mesmo peixe usado como isca no pantanal do Mato Grosso). Apenas para vocês terem uma idéia do problema, alguns proprietários comentam que não conheciam a existência desse peixe na região, mas com o aumento da piscicultura o invasor tornou-se muito comum, causando sérios problemas, especialmente para os produtores de alevinos e para quem recebe alevinos muito pequenos, uma vez que esse peixe é um predador. Segundo alguns produtores os mussuns escavam galerias de até 1 metro no fundo dos tanques, podendo permanecer vivos por um longo período, tornando seu controle muito difícil. Portanto, recomendei que após a retirada dos peixes do tanque, fosse utilizado cal virgem no tanque ainda seco (150 gr/metro quadrado) e gradualmente adicionado água até preencher todo o fundo. O resultado parece satisfatório, contudo, gostaria que novas idéias fossem lançadas.

De: “Cristininha”
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Para: Panorama-L [email protected]
Assunto: Musssum!

Já tivemos alguns problemas parecidos com este. O mussum costuma se apresentar também com outras colorações, amareladas, marrons e pretas. Já tentamos também o uso do cal, sem obter sucesso. Todos os buracos (tocas) feitos pelo mussum foram tapados e passado alguns meses, o tanque estava novamente cheio de mussuns. Talvez fosse necessário um controle biológico, como por exemplo, ser colocado algum peixe que se alimentasse dos filhotes de mussum. Para voces terem uma idéia, os tanques de experimento, revestidos com tijolos, eram perfurados pelo mussum que conseguia atingir o tanque ao lado. Notei que essa espécie se alimenta também de ração. Se alguém tiver outra idéia, não deixe de enviar.