De: Fábio Sussel
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Assunto: Infiltração de Água no Solo
Necessito de informações referentes a utilização de algum produto que minimize as perdas de água por infiltração no solo. Considerando uma represa de 10.000 m2 (solo mais pra argiloso do que para misto) a qual não pretendo utilizar lona ou Gel Membrana. Alguém já ouviu falar do uso de esterco orgânico (formação de colóides que tapam os poros do solo)? Ou do uso do Gesso Industrial?
De: Eduardo Turra
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Assunto: Re: Infiltração de Água no Solo
Nossa experiência com esterco bovino é muito boa. Também em situações parecidas com a sua – solo mais argiloso que arenoso, mas viveiros novos – uma camada pequena se mostrou suficiente. Usamos cerca de 3 caminhões (10 a 15 m3/caminhão) de esterco para forrar o fundo e parte do talude de um viveiro de cerca de 2.000 m2. O interessante é espalhar uma camada, gradear misturando com os primeiros 10-20 cm do solo e recompactar com o próprio peso do trator que fez o serviço anterior (logicamente levantando a grade). Tínhamos viveiros que infiltravam 40 cm por dia e passaram a 10 cm no dia seguinte ao serviço. Com o passar das semanas, não muitas, 2 cm é o máximo que se infiltra. O preço para nós dependeu da distância da granja leiteira, pois o frete encarece. Pagamos R$ 150,00 pelo esterco e R$ 100,00 pelo frete (R$ 250,00 / caminhão, distância de 25-50 km).
De: Jorge Luiz Vieira Cotan
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Assunto: Reprodução de Tilápias
Possuo um pequeno laboratório de reprodução de tilápias para incubação artificial dos ovos e aconteceu um fato interessante que não sei se é normal. Ocorre que fazemos a verificação de desovas de 13 em 13 dias quando separamos as fêmeas que desovaram após a retirada dos ovos das mesmas. Estas são colocadas em caixas d’água separadas dos machos para descansarem durante os 13 dias. Quando fomos pegar estas fêmeas para juntá-las com os machos, verificamos a presença de ovos (não fecundados, brancos) na boca de algumas. Sempre pensei que a presença do macho fosse necessária para ocorrer a desova da fêmea, mas parece que isto não é verdadeiro. Qual a explicação? A minha dúvida é que destas fêmeas foram retirados os ovos da boca e levados para incubação. Se existissem óvulos em maturação na fêmea estes não deveriam ser reabsorvidos pelo seu organismo já que não haveria estímulo para desova sem a presença dos machos?
De: Ricardo Tsukamoto
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Assunto: Re: Reprodução de Tilápias
No mundo, as tilápias estão divididas em 3 gêneros, que se distinguem basicamente pelo comportamento reprodutivo. No gênero a que pertence a tilápia nilótica (Oreochromis), o macho prepara um ninho permanente, que é visitado sucessivamente pelas fêmeas em ovulação (igual com os ovos em fase de liberação no ovário). Com a chegada da fêmea preparada, ocorre o comportamento de corte sexual durante algumas horas para facilitar a ovulação e estimular a postura (desova). Após a desova, a fêmea guarda os ovos na boca e vai embora. O macho então, se prepara para outra, portanto, o ciclo de ovulação da fêmea não é controlado pela presença do macho. O macho apenas ajuda a fêmea a se excitar para terminar a ovulação e efetuar a desova. Outro ponto interessante sobre o gênero Oreochromis é que o macho nem precisa lançar esperma sobre os ovos no ninho para fecundá-los. Ao invés disso, a fêmea deposita os ovos no ninho e imediatamente os recolhe com a boca. A seguir, vai até a papila genital do macho e dali recolhe o sêmen que vai fecundar os ovos dentro da boca. Isto garante uma elevada eficiência na fecundação dos ovos. Também explica porque o macho de tilápia nilótica produz uma quantidade tão pequena de um sêmen tão ralo (diluído), e ainda assim, dá conta de fecundar todos os ovos. E explica ainda porque os ovos não-inseminados de tilápia podem ficar um longo tempo imersos em água, e ainda se manterem aptos a serem fecundados (mais de 5 minutos, segundo meus experimentos). Ou seja, o macho tanto pode fecundar os ovos no ninho, como pode cortejar antes a fêmea e esperar o resultado. Portanto, a presença de ovos na boca de suas tilápias sem macho é natural, pois a única etapa que faltou do ciclo reprodutivo foi a fecundação. Quando os ovos são removidos da boca da tilápia, o ciclo de maturação da nova batelada de ovos é reiniciado imediatamente na fêmea. Se tal prática é realizada sob temperaturas elevadas (ambiente tropical), uma tilápia pode produzir bateladas sucessivas de ovos com intervalo de 12 a 16 dias, mas já foi constatado intervalo experimental de apenas 7 dias. Obviamente, esses intervalos curtos não são sustentáveis em laboratório comercial, se a fêmea não tiver tempo suficiente para se alimentar e repor os nutrientes usados para gerar os ovos. Por outro lado, indica a possibilidade de usar intervalo (= licença maternidade) mais curto se (a) a fêmea for alimentada com ração de excelente qualidade, (b) a temperatura for mantida constantemente elevada, e (c) na triagem, os peixes sejam manipulados com cuidado, para passar logo o estresse e voltarem a se alimentar rápido.
De: Marco Antonio Pintaudi
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Assunto: Peixes ornamentais
Gostaria de saber se, como negócio, é interessante a compra de alevinos de peixes ornamentais para deixá-los crescer e depois comercializá-los nas casas de aquariofilia do ramo. Tenho uma ranicultura com tanques ociosos e penso numa maneira de usá-los. Se for viável, onde encontrar endereços de fornecedores.
De: Manuel Vazquez Vidal Junior
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Assunto: Re: Peixes ornamentais
A cadeia de produção de peixes ornamentais, no Brasil, não segue o mesmo modelo de diversificação da cadeia de peixes de corte. A figura do produtor de alevinos é inexistente, o que afeta até os sistemas empregados. Fora do Brasil é muito comum o uso de hapas (tanques-rede), pois é viável a aquisição de alevinos. Nos bolsões ou pólos de produção de peixes ornamentais (Grande Recife, Região de Muriaé, Região de Mogi, etc.), existem alguns casos de produtores que possuem uma capacidade de produção de alevinos superior à de engorda, e que formam parcerias com um ou mais sitiantes, fornecendo o alevino e garantindo a venda aos atacadistas. Falando, parece uma integração, mas é algo bem mais informal e de baixa sustentabilidade por diversos motivos, mas o principal é que os peixes de maior valor agregado são mantidos em engorda no produtor, que faz a reprodução. Nos parceiros são engordados os peixes de baixo valor comercial. Dependendo do número de tanques que você tem disponíveis (e do volume dos mesmos), você poderá pensar em criar algumas espécies que desovam naturalmente e cujos exemplares chegam ao tamanho comercial rapidamente. No grupo dos ciclídeos africanos temos muitas espécies com esse perfil (supondo que seus tanques sejam de concreto, fibra, alvenaria etc).
De: Tarciso Lopes
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Assunto: Linhagem Híbrida em Ornamentais
Prezados Amigos e Colegas da Panorama, sou um pequeno criador de peixes ornamentais, e me dedico especialmente aos Pterophylum scalare “Acará Bandeira “. Gostaria de desenvolver uma nova linhagem com um padrão de cor e formato diferenciado do que existe atualmente no mercado. Alguém da lista poderia me informar como se desenvolve esse processo seletivo, e como se obtém estes híbridos?
De: Ernesto Medeiros
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Assunto: Re: Linhagem Híbrida em Ornamentais
Também sou um pequeno criador de ornamentais, e atualmente me dedico a reprodução de Pterophylum scalare, nosso popular Acará Bandeira, ou Bandarra, como é conhecido entre os piabeiros do Rio Negro. Primeiramente, gostaria de dizer que, comercialmente, o melhor é você trabalhar com as linhagens mestiças, principalmente as variações de marmoratos, que vendem bem e são fáceis de reproduzir e engordar. Pode-se trabalhar também com matrizes de linhagens mais raras, mas devido aos custos, é preciso avaliar bem os objetivos. Se for de pesquisa e desenvolvimento de técnicas e aprimoramento genético, tudo bem, mas se for com finalidades comerciais, é preciso ter uma certeza do mercado consumidor, de preferência grandes compradores como as lojas de São Paulo que vendem muito, como Ecoanimal, Aquário Itaquera, dentre outras. Isso porque o valor agregado desses peixes é alto, e para compensar o trabalho, você precisará vendê-los por um preço que compense, penso em algo em torno de R$ 5 a 10 por peixe. Durante o processo reprodutivo, tenho como procedimento padrão a separação de peixes com características interessantes, como cauda em véu, cabeça e corpo laranja, marmoratos uniformes (50% branco e 50% preto), partes do corpo em determinada cor, formato do corpo, etc. Isso no aspecto aparência. A característica formato do corpo merece aqui um comentário, pois tenho observado que encontramos nos peixes atuais as características dos ancestrais P. altum (corpo pequeno e barbatanas verticais e altas), leopoldi (corpo ovalado), scalare (corpo grande). Paralelo a isso, observo também os alevinos que se destacam no crescimento em relação aos demais, pois a vitalidade e rápido crescimento é sinal de melhoramento genético e não devem ser desprezados na seleção de novas matrizes. Enfim, o ideal é a conciliação desses dois aspectos. Se você quiser ganhar tempo, a solução é partir para a compra de matrizes já selecionadas, têm alguns criadores no Brasil e no exterior que podem te atender. Como exemplo, posso te indicar um site nos Estados Unidos que se especializou nos Orange Koi Angelfish, um Acará de corpo laranja que beira os 100% de cor, são lindos, mas comercialmente falando não sei se são viáveis, pois as matrizes são caras, da ordem de US$100 o casal. O site é: www.mellowaquatics.com . Não vou entrar nos detalhes de genética pois não me aprofundei ainda nesses estudos, mas pode-se ainda fazer uma análise de um ponto de vista científico. Os especialistas em ornamentais, como o Manuel Vidal, podem ter alguma informação a acrescentar.
De: Daniel Ashidate
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Assunto: Tilápia x meio ambiente
Gostaria de saber se alguém conhece algum trabalho científico que diz respeito ao cultivo de espécies exóticas que causam ou não problemas ambientais. Meu interesse maior é com relação ao cultivo de tilápias e saber se elas realmente “destroem” o meio ambiente natural. Caso não tenha, pode ser também outras espécies cultivadas como camarão, outros peixes, etc.
De: Ricardo Tsukamoto
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Assunto: Re: Tilápia x meio ambiente
Ironicamente, algumas espécies de peixes brasileiros são as que efetivamente causaram problemas no meio ambiente quando foram transplantadas para outras bacias do próprio Brasil. São elas o tucunaré, a pescada-do-Piauí e as piranhas. Estes são os monstros verdadeiros, e que continuam a se espalhar sem controle. A pior espécie de caramujo aquático a invadir o mundo é o nosso comum aruá (Pomacea), que dizima toda a flora aquática dos lagos onde se estabelece. Já dentre as plantas aquáticas existentes no mundo, duas plantas brasileiras são as que mais causam problemas ambientais pelo mundo: o aguapé (baronesa) e a elódea. Por tais critérios, os outros países do mundo é que deveriam temer o Brasil como local gerador de monstros aquáticos invasores. Portanto, não é o fato da espécie ser originária de fora das fronteiras políticas do país (“exótica”) que a torna problemática em potencial, e sim, as características biológicas e ecológicas particulares a cada espécie. Por exemplo, a piranha e o pacú são irmãos genéticos, pertencem à mesma subfamília, mas as conseqüências ambientais de ambos são opostas. A família de peixes a que pertence a tilápia – os peixes Ciclídeos – tem uma ampla variedade de espécies nativas no Brasil. Dentre estas, os variados carás e o tucunaré. Devemos lembrar que o predador voraz tucunaré é irmão genético do pacato acará bandeira dos aquários, e ambos são “nativos” daqui. No caso específico da tilápia nilótica, esta é uma espécie filtradora (que se alimenta de fito e zooplâncton) e onívora, sem especialização para predação de outros peixes. Portanto, o manejo correto da “exótica” tilápia deveria representar um risco muitíssimo menor do que o do “nativo” tucunaré (que era amazônico, mas já está chegando na Argentina após entrar nas grandes bacias). A quase totalidade dos ambientalistas é bem intencionada, e deseja sinceramente proteger a natureza (tal como a maioria dos membros desta lista). Porém, os ambientalistas se baseiam nas informações que chegam até eles, para decidir as suas ações. O problema é que, tanto aqui como na América do Norte e na Europa, os aqüicultores não são organizados o suficiente para gerar informações e mídia que mostrem o seu lado. Justamente para atuar nessa área é que, há vários anos, foi fundada a ONG americana denominada Global Aquaculture Alliance (Aliança Global da Aqüicultura), mas que se dedica principalmente a defender internacionalmente a imagem da carcinicultura, e ainda representa uma gota d´água no oceano. Precisaríamos agir localmente para esclarecer a mídia e a sociedade (inclusive reconhecendo os problemas onde eles realmente existam).
De: George Yasui
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Assunto: Re: Tilápia x meio ambiente
Apenas complementando, acho que o Tsukamoto tem razão quanto ao potencial ambientalmente impactante das nossas espécies. Só para se ter uma idéia, em dois simpósios realizados na Ásia, para a minha surpresa, houve uma grande discussão sobre o nosso conhecido “cascudo” (Hypostomus sp.), que tem se propagado rapidamente pela China e outros países asiáticos, e também por alguns países da América Central e Norte. Há relatos de que esses “cascudos” prejudicam a desova de diversas espécies de peixes, inclusive cecídeos da América Central e do Norte, os quais realizam incubação no substrato. Entretanto, não sei até que ponto isso é verdade.
De: Paul Johnson
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Assunto: HDPE liners – revestimentos de polietileno de alta densidade
Alguém tem alguma experiência com a ocorrência de superaquecimento da água de tanques externos devido a utilização de revestimentos de polietileno de alta densidade (HDPE liners) de cor preta? Estou no Nordeste do Brasil e planejando revestir os tanques, porém diversos produtores locais declararam que ao tentar revestir tanques sem um fundo de terra, a água dos tanques esquentou tanto que chegou a cozinhar os camarões. Algum comentário/experiência com esses revestimentos?
De: Giovanni Chasin
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Assunto: Re: HDPE liners – revestimentos de polietileno de alta densidade
Os problemas mais comuns com a utilização dos revestimentos HDPE em tanques são: 1) esses revestimentos são difíceis de instalar, devido à sua rigidez. Os revestimentos de PVC trabalham melhor; 2) são muito fáceis de romper quando utilizados para o revestimento de tanques de concreto ou de cimento. A temperatura não é problema para tanques revestidos com HDPE para a criação de camarões, no entanto, existem inúmeros materiais baratos destinados a cobertura de tanques, visando reduzir a incidência solar direta. Você está pensando em revestir tanques de larvicultura ou viveiros de engorda?
De: Oscar L. Hennig
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Assunto: Re: HDPE liners -revestimentos de polietileno de alta densidade
Temos tanques e viveiros de engorda revestidos com HDPE aqui em Kona (Havaí), sem nenhum problema. De fato, a maior parte dos tanques que temos, são revestidos com um HDPE espesso e alguns deles estão instalados dentro de estufas.
De: Durwood M. Dugger
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Assunto: Re: HDPE liners -revestimentos de polietileno de alta densidade
A não ser que seus tanques fiquem muito rasos, aparentemente não deverá ocorrer nenhum problema. Na Flórida usamos revestimentos de cor preta (HDPE e EDPM), sem nenhum problema de aquecimento. Esta afirmação admite que a água dos seus tanques e a água de abastecimento estarão na mesma salinidade. A única vez que tive algum problema com revestimento de cor preta, foi há 25 anos, quando eu estava adicionando água doce a um reservatório de água salgada e não estava misturando a água doce efetivamente com a água doce que estava sendo adicionada. Neste caso, você tem um efeito de estratificação termal, que cria um índice refrativo diferencial entre a água doce e a água salgada. Esse diferencial é bastante eficaz (usado em alguns tipos de coletores de aquecimento solar) na absorção e retenção de calor nos tanques e aí sim, você poderá ter problemas de superaquecimento, como eu tive em meu reservatório. Ele possuía 1 metro de profundidade e 5 metros de diâmetro. O tanque estava com seu volume pela metade com água salgada que eu pretendia diluir para 15 ppt de salinidade. Eu adicionei a água doce antes de escurecer e deixei por um dia. Na tarde seguinte, quando cheguei para medir a salinidade final do tanque, minha caneta que estava no bolso de minha camisa caiu dentro do reservatório. Sem pensar meti a mão para apanhá-la e hoje dou graças à Deus por não ter mergulhado, pois queimei a minha mão. A água do tanque estava com 71ºC!!! Assim, a não ser que você esteja planejando trabalhar com sistema de água clara e a não ser que você adicione água com baixa salinidade a tanques ou viveiros contendo água com salinidade mais alta e sem homogeneiza-las adequadamente, seu revestimento preto não deve trazer problemas, especialmente após o desenvolvimento de bloons de algas.
De: Neal Van Milligen
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Assunto: Alternativas para fazendas de camarão
Quais são os usos mais populares para fazendas de camarão que encontram-se desativadas? Tenho visto inúmeras espécies de peixes tolerantes à água salgada sendo criados. Existem usos alternativos que sejam particularmente atrativos?
De: Alexandre Wainberg
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Assunto: Re: Alternativas para fazendas de camarão
Eu engordo ostras (Crassostrea rizophorae) em bandejas flutuantes dentro dos viveiros de camarão (L. vannamei). A densidade das ostras não é alta o suficiente para alterar a qualidade da água. Estamos ainda começando a introdução das ostras, com somente 1/m2 (400.000/40 hectares), mas esperamos alcançar densidades de 8-10/m2. De acordo com o aumento da produção, é claro, os efeitos sobre a qualidade da água irão aparecer. Atualmente eu não tenho uma resposta para o tema ostra/qualidade da água. Vamos aguardar o que irá acontecer no futuro.
De: Alex Wong
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Assunto: Re: Alternativas para fazendas de camarão
Posso sugerir a engorda de pepinos do mar (holotúrias). Existe um grande mercado para esses organismos, que podem “limpar” o fundo dos viveiros! As holotúrias podem ser comercializadas por excelentes preços, duplicando os benefícios para os produtores de camarão.
De: Jorge Jalil
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Assunto: Re: Alternativas para fazendas de camarão
Você tem alguma experiência com o cultivo de holotúrias? Quais os parâmetros ideais de cultivo para esses organismos?
De: Dipi Ghumman
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Assunto: Re: Alternativas para fazendas de camarão
Os pepinos do mar possuem uma grande demanda nos países asiáticos, mas a questão é: você ou alguém mais tentou esse cultivo antes? E quais as vantagens e desvantagens com respeito a produção de camarões, visto que o nosso trabalho primário é a produção de camarões de forma segura e econômica. Estou bastante interessado nestes policultivos, mas não temos informações suficientes. O método de produção em policultivo é muito importante e espero que alguém possa esclarecer melhor.
De: Leland Lai
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Assunto: Re: Alternativas para fazendas de camarão
Os pepinos do mar são amplamente cultivados na China, mesmo na região norte, onde são criados em raceways em instalações cobertas. Um detalhe a ser considerado, é a necessidade de fundo arenoso e desta forma, os tradicionais viveiros de terra não devem funcionar bem. Mercados premium são para animais vivos, que são comercializados e transportados de caminhão por quilômetros, para os grandes mercados. Mercados de menor qualidade são para estoques de animais desidratados que visam o consumidor final ou a exportação. O cultivo de garoupas é mais evidente no sul da China e atualmente é a principal alternativa para algumas fazendas de camarão. Novamente os cultivos alternativos são na maioria das vezes voltados para a exportação.