OSTRAS E ALGAS – A SOSTRAMAR, de Jacques Debeauvais, uma das pioneiras da ostreicultura no País, está também cultivando Crassostrea gigas em Arraial do Cabo – RJ através de sua filial OSTRACABO. Margarida Bartolomeu bióloga responsável pela operações no Rio de Janeiro, está implantando um projeto de cultivo das algas Pterocladea e Spirulina.
RECORDE CHILENO – A produção de salmão e trutas no Chile obteve um aumento recorde de 84% com 23.687 toneladas cultivadas em 1990. Desse total, a maior parte foi exportada, gerando US$ 110 milhões que representam 12% do total das exportações de pescados chilenos para o ano. A produção de salmão foi de 19.406 t, sendo 11.129 t congeladas, 8.146 t resfriadas, 52 t enlatadas e 79 t defumadas, gerando um total de US 94.3 milhões. A produção de trutas foi de 4.281 t, sendo 3.801 congeladas e 480 resfriadas, alcançando US$ 15.7 milhões. Por outro lado, os desembarques pesqueiros para o mesmo ano no Chile cairam em 30% .
IBAMA ESTÁ MAL DAS PERNAS – A Divisão de Aquacultura do IBAMA obteve apenas 14% do volume de recursos previstos para 1991. Desta forma, as 12 Estações de Piscicultura vão dispor de apenas Cr$ 70 milhões. Todas atividades, projetos e programas estão quase paralisados e neste ano a oferta de alevinos dos laboratórios estatais aos produtores será mínima. O que esperamos é que toda a equipe técnica, apesar das dificuldades, não esmoreça e mantenha-se unida na busca de soluções, sem esquecer as entidades civis ligadas ao setor que aí estão também para opinar e colaborar.
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BAGRE DO CANAL – Em 1990, a receita dos criadores de catfish nos EUA foi de 323 milhões de dólares , isto é, 20% a mais que em 89. São 1.800 fazendas cultivando 65.560 hectares. Atualmente estão sendo construídos 3.870 hectares de novos viveiros. O preço médio atual do kg é US$ 1,58 entregue às fábricas e só em janeiro de 1991 foram entregues 14.640 t às indústrias. São 550 laboratórios produtores de alevinos que, no início de 91, tinham 1,3 milhão de matrizes reprodutoras. Neste momento, os laboratórios americanos estocam 500 milhões de alevinos com outro tanto já em viveiros.
PROJETOS COSTEIROS – Mauricio Noernberg da MOLUSKUS Ltda. lembra que a Mitilicultura, além de ser uma atividade produtora de renda alternativa para os pescadores artesanais, pode ser uma atividade econômica muito promissora . Como dica, Maurício avisa que os primeiros passos para o mitilicultor iniciante é a regularização do projeto junto ao órgão estadual do meio-ambiente, que posteriormente será avaliado pelo IBAMA, onde obterá o Registro de Aquicultor. Finalmente, o projeto passará pela Capitania dos Portos para análise de sua compatibilidade com a navegação na área pretendida. Daí em diante, o sucesso dependerá de bom acompanhamento técnico e sanitário.
TELAS ESPECIAIS – A NORTENE, indústria especializada na fabricação de telas 100% plásticas, está investindo na expansão da aqüicultura com uma linha de produtos voltada especificamente para a-tender necessidades do setor. Presente ao Encontro Nacional de Pesca e Aquicultura – Stand 11- a empresa vai expor equipamentos fabricados com suas telas para o setor aqüicola. KURUMA EBI – Portugal amplia suas perspectivas de participação no Mercado Comum Europeu. A região de Algarve – Sul do país – já abriga duas fazendas de engorda do camarão Penaeus japonicus, uma com 20 ha – a
ODEAXERE AQUACULTURA – , e a outra com 10 ha – AQUACULTURA ESPARGUEIRA. O preço do Kuruma ebi é muito bom em Portugal e na Espanha. As pós-larvas (PL-25 – PL-40) são provenientes de um projeto na Espanha e são povoadas numa densidade de 15 a 20 /m2, com período de engorda que varia de 4 a 7 meses. O responsável por esses projetos é o biólogo português Paulo Serra Lopes, da AQUAINVESTE LTDA, cuja meta de produção é de 2 t/ha/ano. Os viveiros não ultrapassam 1,4 ha, seguindo o modelo de Taiwan. Os projetos dependem muito da aeração intensiva. A água de descarga é reaproveitada para o cultivo da ostra portuguesa Crassostrea angulata e a ostra francesa Ostrea edulis. Para 1992, os planos são de iniciar o cultivo do ouriço Paracentrotus lividus.
CULTIVO MONOSEXO DO CAMARÃO DA MÁLASIA – É uma realidade no País: a Capiatã Aqüicultura Com. e Expot. Ltda. localizada em Alagoas, já investe na produção a partir de resultados concretos de pesquisa. A tecnologia visa a produção com população de 100% de machos, com rendimento bastante superior ao cultivo tradicional, onde a população é mista.
PADDLE-WHEEL – A Yakult vem obtendo excelentes resultados na produção de camarões marinhos com a utilização de aeradores tipo “paddle-wheel”. Fica comprovado, mais uma vez, que a oxigenação suplementar é imprescindível nos cultivos comerciais.
DUAS TONELADAS/SEMANA – Corresponde ao volume de peixe vivo comercializado pela setor de piscicultura da Agropecuária Sendas. Os peixes são enviados vivos para o sofisticado mercado oriental e israelita da cidade de São Paulo. O peixe vivo também já aparece em alguns supermercados do ES, RJ e PR onde atrai os consumidores pela alta qualidade do produto cultivado em fazendas.
O JÚNIOR – A Fazenda Sta. Helena informa que possui um exemplar de Macrobrachium rosenbergii que pesa 530 g e mede 34 cm de comprimento. Quem quiser conhecê-lo é só comparecer à recepção da fazenda, que fica na Rodovia BR-101 km 237, em Silva Jardim – RJ. Aliás durante o Festival de Camarão da Malásia, realizado nos dias 25 e 26 de maio, na Santa Helena, foram consumidos 1290 kg de camarões e 2.500 l de chopp, com direito a concursos de melhor tarrafada e maior camarão da Malásia. O Júnior foi “Hors Concurs”, ganhando outro exemplar da Sta Helena com 290 g.