CANTAGALO – Amaury Cruz, sócio da ABRAT e proprietário da Truticultura Cantagalo, em Garatucaia, Conceição de Jacareí – RJ, está produzindo com sucesso trutas em sua propriedade. O curioso é que o local está na menor cota que temos notícia – 80 metros acima do nível do mar. A criação começou em 1989 com 1.200 peixes trazidos de Visconde de Mauá e em seis meses alcançaram 250 g. Novos povoamentos foram feitos em julho de 90 e abril de 91 com alevinos provenientes do truticultor João Luiz Sauer e do Hotel da Montanha, em Penedo.
MOGIANA – A Mogiana Alimentos S/A através de seu Departamento de Aqüicultura – D’AGUABI, criou e vem aperfeiçoando um alimento específico para rãs. São poucos os conhecimentos nutricionais existentes, mesmo a nível mundial, para esses animais. A D’AGUABI, com a participação e colaboração de ranicultores paulistas, goianos, cariocas e das principais instituições nacionais de pesquisa, tem obtido relevantes progressos: crescimento de até 1,5 g/dia e conversões alimentares de (1,6:1) a (3,1:1), dependendo da região, do lote de animais, do sistema de criação e do manejo alimentar. Muito ainda deverá ser feito, mas os primeiros passos já foram dados na direção correta.
PRODUTORES DE RAÇÃO – A Associação Internacional de Produtores de Farinhas de Peixes (IAFMM) abre agora suas portas também para os produtores de equipamentos, refinadores de óleos, importadores e exportadores, e todos aqueles que tenham ligação com o setor. Maiores informações: IAFMM, Hoval House, Mutton Lane, Potters Bar, Hertfordshire EN6 3AR, England, Fax: (0707)45489
CAMARÃO COLOMBIANO – Os carcinicultores colombianos fecharão o ano com um lucro de US$ 50 milhões, 60% a mais do que no ano passado. Foram produzidas 9.000 t em 75% de sua área total de viveiros de 4.000 hectares. Há cinco anos atrás a produção era proveniente de apenas 300 hectares, com lucros de $600,000. A maioria das fazendas operam com o sistema semi-intensivo. A metade das 40 fazendas situam-se na costa caribenha, perto de Cartagena, e as restantes situam-se perto da fronteira com o Equador. O su-cesso deveu-se à abertura para investimentos estrangeiros e regras simplificadas para financiamentos.
CAMARÃO MEXICANO – O desempenho da carcinicultura mexicana e-voluiu de 1.800 t em 1988, passou pelas 5.000 t do ano passado e atinge as 7.000 t este ano.
CAMARÃO HONDURENHO – O maior problema da carcinicultura hondurenha continua sendo a falta de larviculturas para apoiar seus 6.000 hectares de viveiros construídos. Coletando pós-larvas de P. vannamei e P. stylirostris no meio ambiente, Honduras produziu em 1990 4.000 t.
CAMARÃO TAILANDÊS – São 12.000 fazendas ocupando 60.000 hec-tares. A produção esperada para este ano é de 150.000 t. Aproximadamente 60% desta produção é proveniente de cultivo intensivo, 10% semi intensivo e 30% de cultivo extensivo. É esperado um aumento pela preferência dos cultivos semi-intensivos, pois os resíduos químicos nos camarões, nocivos a saúde humana, parecem ser impossíveis de serem evitados nesse tipo de cultivo. Autoridades de saúde japonesas detectam e rejeitam estes camarões.
LAVA – Cerca de 60.000 hectares de viveiros Filipinos foram destruídos pelas lavas do Vulcão do Monte Pinatubo. Estima-se que os prejuizos neste anon sejam da ordem de 120.000 t de camarões e peixes. ‘LARVI ‘91’ – Foram os seguintes os brasileiros presentes ao evento realizado em agosto na Bélgica: Miguel Boos da EMATER – ES que, como já havíamos noticiado, apresentou trabalho a respeito da larvicultura de M. rosenbergii no ES; Carlos Araújo Lima do INPA-AM, que apresentou o trabalho “ Padrões de desenvolvimento de larvas de peixes na Amazônia Central”; Vinícius Cerqueira da UFSC que apresentou o ‘poster’ – “Food comsuption of European Seabass Dicentrarchus labrax larvae reared at different water temperatures” e “Photoperiodic effects on the growth and feeding rhythm of European seabass, D. labrax larvae in intensive rearing”; Itamar Paiva Rocha da MCR apresentou o ‘poster’ – “Update of larviculture practice and production for Penaeid species in Brasil”, Marcos Camara de Natal-RN (fazendo o doutorado em Ghent); Patricia Abelin – RJ (finalizou o doutorado em Ghent); Alexandre Hilsdorf de SP; Cristina Maria Camara da MCR-RN; e Mario Hoffman – piscicultor brasileiro radicado a 8 anos na Europa. MCR – A MCR, leia-se Itamar Rocha, está investindo forte na qualificação técnica de sua equipe e acaba de incorporar Luiz Antônio Gomes – do Rio de Janeiro, Katerina Pertesew – de Recife e Roberto Barbieri – brasileiro radicado no Equador, ao seu quadro de consultores. Novos projetos expandem-se pelo Nordeste e muitos na região do São Francisco, pólo produtor abençoado pelas águas do Velho Chico.
MUDOU-SE – A Associação Européia de Aquacultura está de endereço novo. A quem interessar: The European Aquaculture Society, Compure Rechts 168, B-900 Ghent, Belgium. Tel: 32 91 237722 fax: 32 91 237604 CHINESES NO BRASIL 1 – O Grupo Chinês Sindorama acaba ter seu projeto de 30 ha de cultivo intensivo de camarão marinho aprovado no Município baiano de Santo Amaro. CHINESES NO BRASIL 2 – Um dos principais fabricantes de rações de Taiwan a Chin Ta Feed está construindo sua fábrica brasileira no Município de Propriá – SE.
NOVO INSTITUTO FOMENTA AQUACULTURA – O Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande, fundado em julho deste ano, visa, através da educação ambiental, mostrar métodos de conservação da natureza marinha típica da região de Angra dos Reis – RJ. Propõe a utilização racional dos recursos naturais da região através de fazendas marinhas para cultivo de ostras, mexilhões, peixes, etc. Entre os membros fundadores estão o Dr. Ivo Pitanguy, conhecido preservacionista e o Dr. Olympio Faissol, co-nhecido dentista carioca, também muito atuante na defesa dos ecossistemas da região. O instituto solicitou à Petrobrás uma verba de US$ 500.000 para a instalação de uma unidade de pesquisa e produção de larvas de moluscos mari-nhos. Outro sócio fundador, o biólogo e consultor em aquacultura Trajano Paiva, vem orientando a parte de cultivo utilizando de toda a sua experiência acumulada na Baía da Ilha Grande nos últimos 10 anos.
ARTEMIA “MADE IN BRASIL” – Muito boa, muito bacana, excelente mesmo. Mas alguém aí sabe onde encontrá-la? Cartas para redação do Panorama.
ILHA DE ITAPARICA – Acaba de ser aprovado pelo BNB projeto de engorda semi-intensiva de camarão marinho na ilha. O projeto pertence a Camarões da Bahia.
CURSO – Esta sendo preparado por especialistas um curso prático de 1 mês sobre lavicultura e engorda de M. rosenbergii. Será no Nordeste. Mais detalhes na próxima edição.
WEG CONVIDA TÉCNICO ESPECIALIZADO – John Jensen volta ao Brasil pelas mãos da WEG, que mostra, mais uma vez estar decidida a impor qualidade ao seu produto. Em tempo, John é especialista em catfish e a WEG em rações de trutas. Qual deverá ser o papo entre eles?
TRAPSA – A Trapsa-Termacil Agro-Pastoril, de Sergipe, está desenvolvendo projeto de 20 ha de camarão de água doce e engorda de tambaqui, carpa e tilápia em gaiolas onde esperam produzir 400 t/ano de peixes.
MONITORACÃO DA POLUIÇÃO AQÜÍCOLA – A convite da Universidade Santa Úrsula e com apoio do Conselho Britânico, o especialista em qualidade de água Dr. Liam Kelly, da Universidade de Stirling – Escócia, visitou algumas truticulutras no RJ. Foram coletados dados ambientais de locais tipicamente utilizados para a truticultura para se conhecer mais sobre a qualidade da água e dos nutrientes nela despejados. Os resultados servirão como dados para a elaboração de um estudo completo sobre o impacto ambiental causado pelas truticulturas e faz parte de um convênio firmado entre a ABRAT e a USU. Kelly ainda deu palestra sobre a situação do controle da qualidade das águas nas piscicultura da Escócia e a medida tomada para minimizar o impacto.
PREÇO DA CARNE DE RÃ NO MERCADO MUNDIAL EXCITA PRODUTORES – O México enviou especialista em aquacultura, Alejandro Nava, para viagem técnica ao Brasil para conhecer os manejos praticados por aqui, com vistas a dar continuidade à implantação da ranicultura no México. O mercado internacional está, aos olhos mexicanos, muito atraente. E aos olhos dos ranicultores daqui?
AMOSTRADOR DE ÁGUA PARA PEQUENAS PROFUNDIDADES – Foi desenvolvido pelo Centro de Ciências e Tecnologia do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal da Paraíba. Mesmo muito semehante aos seus pares, não deixa de ser interessante. O trabalho com o dese-nho técnico pode ser solicitado, gratuitamente ao Prof Marcos Scaico Rua Aprígio Veloso, 882, Camp. II, Bodocongo, Campina Grande, 58100, PB
MONOSEXO É SUSSEXO – Pesquisadores israelensis afirmam que o cultivo de 100% machos produz 18% mais do que o cultivo misto e que o cultivo de 100% fêmeas produz 25% menos. Só falta aos laboratórios de larvicultura brasileiros dominarem as técnicas de produção do monosexo. Só isto…
URSS PRODUZ ROSENBERGII – E ainda apresenta boa produtividade. Esta façanha aconteceu em Minak, na Bielorussia, e são utilizadas águas de efluentes térmicos com temperaturas que variam de 25 a 33 ºC. O sistema utilizado é de gaiolas flutuantes, e pro-dutividades de 1.000 Kg/ha foram obtidas com animais de até 60 g.
POLICULTIVO UTILIZANDO MILHO – O pessoal da EMATER de Sete Lagoas – Mg desenvolveu experimentos de alimentação de peixes utilizando uma nova variedade de milho branco desenvolvido pelo Centro de Pesquisa do Milho e Sorgo da EMBRAPA. Os resultados foram excelentes. José Eduardo Rasguido dispõe-se a fornecer mais resultados além de forne-cer sementes do milho branco BR-451 aos interessados. Tel (031)921-0400.
COOPERATIVADE TRUTICULTORES – Os truticultores do Rio de Janeiro e de São Paulo estão organizando a primeira cooperativa do setor no País. A dificuldade na comercialização é hoje o maior problema que os truticultores estão enfrentando. Uma comissão para criação da cooperativa já está trabalhando e, no último encontro realizado em Cunha – SP, foi oferecido aos participantes um curso de técnicas de formação de preços para que os truticultores possam ter as mesmas bases ao calcularem o preço final das trutas produzidas. A cooperativa será a res-ponsável pela comercialização de toda a truta produzida bem como direcionará todas as iniciativas de marketing.
WEG PARTICIPA NO FUNDO DE PESQUISA – Os truticultores do Rio de Janeiro já contarão, a partir de novembro, com os benefícios do Fundo de Pesquisa proveniente de 8% do total de venda das rações comercializadas no Estado. Por enquanto o acordo só foi assinado com a WEG. A ABRAT espera que os demais fabricantes ve-nham participar do Fundo o mais breve possível. CORTESIA – Você que recebe como cortesia o Panorama e com ele se informa das notícias e serviços. Você que encontra aqui a opinião dos melhores especialistas do setor. Já é hora fazer a sua assinatura. Ela é muito importante. A ficha de inscrição está na página 8. Assine já.