Notícias & Negócios_edição73

PARABÉNS – A Abracoa – Associação Brasileira dos Criadores de Organismos Aquáticos está completando 20 anos. Nestas duas décadas foram ministrados cursos de piscicultura, carcinicultura e aquarismo, entre outros. A Abracoa é uma entidade sem fins lucrativos e foi fundada em 27 de setembro de 1982, para congregar criadores, pesqueiros, técnicos, pesquisadores e todas as pessoas físicas e jurídicas envolvidas, ou interessadas, na criação de espécies aquáticas. Entre seus principais objetivos estão os de estimular, ajudar e desenvolver a produção de organismos aquáticos como fonte de proteína barata e abundante. A página da Abracoa na internet é http://www.abracoa.cjb.net e o e-mail é [email protected]

JUNDIÁ – Alunos do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce da UFSC (LAPAD) comercializaram no dia 23 de outubro cerca de 40 kg de filé e 80 kg de jundiás inteiros e limpos (eviscerados) no Centro de Ciências Agrárias – CCA. Essa foi a forma que o LAPAD encontrou para divulgar a espécie e ao mesmo tempo avaliar a aceitação deste peixe no mercado. O peixe inteiro foi comercializado a R$ 3,50/kg e o filé, R$ 7,50/kg. O jundiá é menos sensível ao manejo e às variações climáticas, por ser nativo da região Sul do Brasil. Apresenta bom crescimento em cativeiro, e alimenta-se inclusive durante o inverno, o que não acontece com outras espécies exóticas. Os jundiás (Rhamdia quelen), vêm apresentando grande potencial para a exploração comercial, por ser de fácil reprodução e larvicultura e não apresentar espinhos intramusculares.

GANHOU PRÊMIO – A Cooperostra – Cooperativa dos Produtores de Ostras de Cananéia recebeu o prêmio “Iniciativa Equatorial” (ver edição anterior), por ser considerada como um dos quatro melhores projetos brasileiros apresentados na “Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável”, realizada em Johannesburgo, África do Sul, de 26 de agosto a 4 de setembro. O prêmio de 30.000 dólares foi entregue à Cooperostra, pela “BrasilConnects – Cultura & Ecologia” no dia 17 de outubro, instituído agora como o “Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza”.

ACEAQ – Eudes Medeiros Paulino da Silva é o atual presidente da ACEAQ – Associação Cearense de Aqüicultores, tendo Renato Sílvio da Frota Ribeiro como seu vice. A ACEAQ foi fundada em 1998 e conta hoje com 70 sócios, em sua maioria produtores, além do quadro de técnicos e estudantes. Desde setembro último, depois de ter ocupado por anos um espaço cedido como cortesia pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, a ACEAQ está ocupando uma sede própria na Av. Santos Dumont, 2727 – Conj. 507 – Fortaleza-CE – Fone (85) 3087-3354. O mercado externo é a próxima meta de 14 produtores do grupo.

AJURICABA – Em setembro último, cerca de 20 mil pessoas estiveram presentes a VI Fenape – Festa Nacional do Peixe Cultivado que acontece anualmente em Ajuricaba -RS. Entre elas o governador Olívio Dutra, que visitou o município para inaugurar a Unidade Experimental da Cadeia Produtiva do Peixe Cultivado de Ajuricaba. Neste ano o Concurso do Maior Peixe Cultivado, foi ganho por uma carpa cabeça grande com 33 quilos. A criação da unidade experimental faz parte das ações do Pólo de Aqüicultura do Noroeste do Rio Grande do Sul, desenvolvido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado com investimento de R$ 255,9 mil e, em breve, serão iniciadas as pesquisas de produtos à base de peixe através da Cooperativa de Piscicultores de Ajuricaba e Nova Ramada (Cooprana), com a qual foi feito um convênio. Ajuricaba produz 600 toneladas depescado por ano e, com a pesquisa, os piscicultores pretendem determinar as espécies de maior aceitação no mercado gaúcho.

ALTO URUGUAI – Até o final do ano será inaugurado o frigorífico de peixes de água doce do município de Cacique Doble, na região do Alto Uruguai. O projeto, uma parceria entre a prefeitura e a Cardil – Cooperativa Agroindustrial Regional Diversificada, prevê o beneficiamento de cinco toneladas ao dia. Os 76 associados da cooperativa poderão agregar entre 20% e 30% ao preço do pescado transformado em filé. Das sobras, serão produzidas peles curtidas, polpa e farinha.

APCC – A aprovação do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos – APCC da indústria de transformação da pesca brasileira pela agência norte-americana FDA – Food and Drug Administration pode colaborar, ainda este ano, para o aumento das exportações de pescado para os Estados Unidos. A FDA atestou sem restrições, em agosto passado, a sanidade do pescado brasileiro. O atestado foi dado cerca de três meses após a visita de uma missão de técnicos norte-americanos ao Brasil, que inspecionou os processos empregados por 12 empresas do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e São Paulo. De acordo com Gabriel Calzavara, diretor do DPA -Departamento de Pesca e Aqüicultura, as exportações de pescado devem atingir US$ 340 milhões em 2002. Espera-se aumentar as exportações de atum fresco, de camarão e a de tilápia para os EUA. No caso do comércio de camarão, a expectativa de Calzavara com os problemas sanitários resolvidos pela APCC é de que as exportações cresçam até 42%.

CHAPECÓ – Como parte do programa “Peixe Móvel” da Associação Regional de Piscicultores do Alto Vale do Itajaí, com objetivo de aumentar o consumo regional de pescado e consolidar no seio da sociedade local parcerias e amigos da atividade piscícola, foram realizados dois eventos gastronômicos a base de peixe. A lingüiçinha de peixe e o filé de carpa comum sem espinhos, entre outros produtos elaborados pelo Frigorífico Cardume de Chapecó, foram os principais responsáveis pelo sucesso dos eventos em que mais de 1000 pessoas tiveram a oportunidade de conhecer e saborear muitas das delícias que podem ser preparadas a partir dos pescados produzidos em Santa Catarina e na região do Alto Vale do Itajaí. Além do aspecto gastronômico, estes eventos estão se consolidando como oportunidade concreta de integração e confraternização entre as comunidades.

CRESCIMENTO – Para este ano a Bahia Pesca está apostando num crescimento de 30% nas exportações de pescados baianos, em relação ao ano passado, quando foram comercializados para o exterior cerca de 4 mil toneladas.  No primeiro semestre deste ano a Bahia exportou 2,3 mil toneladas de seus produtos que foram direcionados para os mercados da Europa e os Estados Unidos. Até o final deste ano também a Ásia receberá, cerca de 60 toneladas de camarões cultivados na Valença Maricultura da Bahia, que seguirão para o Japão.

EMBRAPA VIVA – Existe uma mobilização de diversos setores para cobrar medidas do governo que revertam a situação de penúria por que passa a Embrapa, que hoje é lamentável. Sua importância para a agricultura brasileira é inquestionável e muito se espera da sua atuação na aqüicultura, apesar de ainda ser tímida. Não se pode esquecer que, apesar das dificuldades atuais por que passa a Embrapa, tudo deve ser feito para que a aqüicultura continue sendo uma de suas áreas prioritárias e, um passo importante já foi dado com a recente contratação de cinco pesquisadores para a área.

AQUATOP – A expansão dos cultivos de Litopenaeus vannamei em áreas distantes dos estuários já resultou numa associação, a Aquatop, que reúne produtores da região do Baixo Jaguaribe, no Ceará. Parte dos novos carcinicultores da Aquatop cultivava arroz e entrou na atividade há menos de dois anos. A produtividade nessas áreas atinge as 7,5 toneladas por hectare/ano, pouco abaixo da média das regiões estuarinas. Segundo os dirigentes da associação, os órgãos ambientais estão dificultando a expansão da atividade, já que o rigor no processo de licenciamento tem sido muitas vezes mais intenso do que os relativos aos projetos estuarinos, além de ser caro e moroso.

ORNAMENTAIS – O segmento de ração para criação de peixes ornamentais, tem registrado um crescimento de 100% nos últimos três anos. No Brasil, existem apenas seis empresas que produzem rações para peixes ornamentais. O setor movimenta mais de R$ 1 milhão, equivalente à venda de cerca de 73 mil toneladas do produto, sendo 70% importado, principalmente da China e Taiwan.

EXPOSIÇÃO NA FRANÇA – Os produtos agropecuários brasileiros participaram, em outubro, do Salão Internacional da Alimentação (Sial), em Paris. O Brasil ocupou um dos maiores estandes do evento, com 600 m2, local em que 95 expositores apresentam a caipirinha, pescados, frutas, doces e os cafés especiais aos consumidores europeus e de outras partes do mundo. No estande do Brasil, ocorreu a degustação de todos os produtos. Os 95 expositores brasileiros acreditam que essa é a estratégia mais eficaz para conquistar os consumidores estrangeiros. Acreditam que a aprovação do público incentivará as empresas de alimentação a importar mercadorias brasileiras.

ERRATA – A Panorama da Aqüicultura em sua última edição 72 (julho/agosto 02) publicou uma tabela incorreta no artigo “O Milagre da Multiplicação dos Peixes” de autoria de Antônio Ostrensky. A tabela corrigida já foi divulgada na lista de discussão Panorama-L e se encontra disponível também no nosso site www.panoramadaaquicultura.com.br. Os assinantes que tiverem interesse em obter a tabela correta, podem solicitá-la a redação da revista pelo fone 21-2553-3487. Poderemos enviar a correção por fax, correio e e-mail.

MACROALGAS – Representantes da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura foram ao Nordeste para conhecer o projeto de cultivo sustentável de algas da espécie gracilaria, patrocinado pela entidade através da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, com a colaboração do Ministério da Agricultura. Numa primeira fase, o projeto se concentrou no cultivo da Gracilaria nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, para depois abranger também outras espécies de algas. A Gracilaria é produtora de ágar-ágar, que além de servir como meio de cultura de microorganismos em laboratórios de pesquisas e análises bioquímicas, é matéria prima utilizada na produção de doces e geléias. O projeto oferece oportunidades de complementação de renda de R$ 45,00 a R$ 120,00 para as famílias carentes da região