Um projeto financiado pela União Européia desenvolveu técnicas de monitoramento para medir o frescor dos peixes, com o objetivo de melhorar a qualidade para aos consumidores. O projeto MUSTEC juntou uma equipe de parceiros da Dinamarca, Alemanha, Islândia, Itália, Noruega, Espanha e Reino Unido a fim de desenvolver um sistema multi-sensor automatizado, para a medida rápida do frescor dos peixes.
Tradicionalmente, a maneira utilizada para avaliar a qualidade e o frescor dos peixes é feita por meio de um painel sensitivo composto por 10 pessoas treinadas para monitorar atributos tais como a aparência, odor, gosto e textura. Esta técnica obviamente é cara, tanto no que se refere ao treinamento como com a montagem do painel.
De acordo com o coordenador do projeto, Dr. Paul Nesvadba, da Universidade de Robert Gordon, em Aberdeen, no Reino Unido, o objetivo do projeto que durou três anos e meio e custou 730 mil euros foi o de desenvolver instrumentos capazes de imitar os sentidos humanos. Os pesquisadores desenvolveram instrumentos para medir quatro atributos principais: textura, com a compressão para medir a elasticidade e a consistência; odor, através de ‘narizes eletrônicos’ para detectar os compostos voláteis associados com a decomposição; impedância elétrica, outro parâmetro que indica se o produto está estragado e, análise ótica da cor e da aparência da superfície dos peixes.
Os resultados mostram que as medidas instrumentais podem ser calibradas para serem tão boas quanto aquelas de um painel sensitivo treinado. Outro benefício do sistema é que as medidas podem ser feitas on-line e em locais que não seriam necessariamente acessíveis aos membros de um painel sensitivo.