Sanidade aquícola: uso de desinfetante específico para o setor auxilia descontinuação da circulação de patógenos

A desinfecção na piscicultura é item básico e primordial na prevenção de doenças; a escolha correta do produto e a aplicação adequada interferem no sucesso da limpeza

Para minimizar a transmissão de doenças, bem como evitar a introdução de novos patógenos, a piscicultura se baseia em programas sanitários e de biosseguridade, o que inclui a desinfecção de superfícies sólidas. A desintegração de microrganismos por meio do método químico, pelo uso de desinfetante, é processo base para uma piscicultura saudável, e o sucesso da limpeza está ligado tanto ao produto escolhido, considerando seu espectro de ação, quanto à prática aplicada.

Um estudo realizado pela MSD Saúde Animal, sob a coordenação do Prof. Carlos Augusto Gomes Leal (Escola de Veterinária, UFMG), avaliou a eficácia desinfetante de solução de glutaraldeído 15% e cloreto de alquil dimetil benzil amônio 10% frente aos seguintes patógenos de peixes, endêmicos no Brasil: Aeromonas spp; Edwardsiella ictaluri; Edwardsiella tarda; Flavobacterium columnare; Francisella orientalis; Streptococcus agalactiae sorotipo Ib; S. agalactiae sorotipo III; Streptococcus dysgalactiae; Streptococcus iniae; e Weisella ceti. Em um segundo estudo, a equipe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos para Espécies de Peixes Tropicais da MSD Saúde Animal, localizado em Cingapura, avaliou a eficiência desse mesmo desinfetante frente a diferentes cepas de Iridovírus (ISKNV).

Os testes demonstraram que a solução análoga ao produto Omnicide Aqua, o primeiro desinfetante com informações específicas de dosagens e protocolos para programas de biosseguridade em aquicultura, apresentou-se altamente eficiente para a eliminação (efeito desinfetante) dos patógenos de peixes testados.

“O Omnicide Aqua é um desinfetante da MSD Saúde Animal composto justamente pela associação de glutaraldeído + cloreto de dimetil cocobenzil amônio. Com atividade de amplo espectro, é efetivo contra vírus, bactérias e fungos e tem ação residual de longa duração”, diz Talita Morgenstern, coordenadora técnica da unidade de negócios de Aquicultura da companhia. “Outro grande diferencial do produto em sua composição é o fato de o cloreto de dimetil cocobenzil amônico ser obtido a partir de ácidos graxos do óleo de coco de alta pureza, garantindo propriedades não corrosivas e biodegradáveis, o que contribui com a sustentabilidade ambiental.”

A especialista ainda destaca que era comum ao setor o uso de desinfetantes de outras espécies para a higienização das estruturas, mas agora há a possibilidade de realizar uma desinfecção adequada para essa cadeia com um produto específico para piscicultura. “O Ominicide Aqua foi testado em eficácia contra os principais patógenos que atualmente estão presentes na aquicultura, sendo um desinfetante essencial no dia a dia”, afirma Talita.

Ele é indicado para uso em instalações aquícolas, como tanques-rede e geomembrana, comedouros, bolsões e mesas de vacinação e classificação; em veículos e embarcações, como barcos, balsas e caixas de transporte; em utensílios, como puçás, materiais de necrópsia, microscópios, luvas e calçados; e em barreiras sanitárias, como pedilúvios e arco sanitário.

Aplicação correta

O procedimento operacional para aplicação correta de desinfetante requer algumas etapas específicas, que envolvem lavagem para remoção de sujeiras, remoção de matéria orgânica, a aplicação em si do desinfetante, remoção completa do produto e o armazenamento imediato dos utensílios que não forem usados no momento. Quanto à aplicação do desinfetante, a diluição correta e o tempo mínimo de ação precisam ser seguidos criteriosamente, de acordo com a bula do produto.

Lavagem e desinfecção dos comedouros

“A solução para os desafios sanitários no Brasil é a biosseguridade, e a utilização adequada de desinfetantes como Omnicide Aqua contribui para o sucesso dos programas sanitários e de biosseguridade, visto que o principal objetivo é reunir uma série de estratégias e ações para promover a descontinuação da circulação de patógenos e a não introdução de novos ao sistema de produção, prezando pela saúde do plantel”, conclui Talita.

Foto de abertura: Limpeza de bolsões e hapas é essencial no manejo diário