Sergipe – Projeto de Inclusão Produtiva gera expectativa de renda em piscicultores

Executado pela Seides, através de convênio com Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o projeto tem o objetivo de viabilizar a promoção da inclusão social e produtiva de famílias cadastradas no Cadastro Único

15/8/2013
“Acordei uma hora da manhã para pescar. Sai com o meu barquinho e fui atrás do meu sustento. Voltei apenas com 1,4 quilos de pilombeta, que me rendeu R$18. A pesca tradicional está muito difícil nos dias de hoje. Tenho muita fé em Deus e acredito que essa situação vai mudar com a chegada desse projeto de piscicultura aqui na nossa comunidade. Não vejo a hora de poder vender os peixes e começar a ganhar meu dinheiro certinho”.
O depoimento do pescador Manoel Messias Bispo traduz a expectativa de 40 famílias de pescadores, que moram no município de Ilha das Flores e fazem parte do projeto de Inclusão Produtiva para pequenos produtores familiares, executado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides).
Nesta quarta-feira, 14, aconteceu a entrega de equipamentos de piscicultura à associação de pescadores de Ilha das Flores. Entre os equipamentos entregues estão balança plataforma, balança eletrônica, máquina seladora, máquina de fabricação de gelo,comedouro para tanque-rede e ração. Os equipamentos são necessários para a criação de peixes (tilápia) em tanques-redes.
Além de Ilha das Flores, o projeto integra os municípios de Pirambu,Telha, Santana do São Francisco, Neópolis e Graccho Cardoso. Todos os municípios estão recebendo os equipamentos.
O investimento estimado no projeto em Ilha das Flores, custou aproximadamente R$500 mil, através da compra de insumos, equipamentos e assistência técnica e extensão rural. A produção estimada de peixes tilápia no município é de 14,5 toneladas a cada dois meses. A primeira despesca já acontece até setembro desse ano.
“Temos consciência da dimensão e da importância desse projeto para os piscicultores do nosso Estado. O Governo, nessa primeira fase, oferece toda a estrutura necessária para que o projeto renda bons frutos. A ideia é gerar sustentabilidade e renda com a produção e a venda desses peixes. Assim que concluído o projeto, os próprios piscicultores já terão conhecimento e capital de giro para continuar com a produção”, ressaltou a secretária adjunta de Estado da Inclusão Social, Maria Luci Silva.
Executado pela Seides, através de convênio com Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o projeto tem o objetivo de viabilizar a promoção da inclusão social e produtiva de famílias cadastradas no Cadastro Único, fortalecendo a economia familiar com a estruturação de centros de formação profissional e o fortalecimento da economia dos pequenos produtores familiares por meio do apoio as cadeias produtivas de piscicultura e da apicultura.
A pretensão é contemplar mecanismos que visem favorecer as potencialidades já existentes no Estado de modo a incrementar economicamente os perímetros urbanos e rurais. Com o fortalecimento dessas atividades, procura-se minimizar a situação de vulnerabilidade da população beneficiaria do projeto, promover uma melhoria na qualidade de vida das comunidades atingidas e a fixação dos pequenos produtores com condições de sustentabilidade.
O prefeito de Ilha das Flores, Christiano Beltrão, participou da solenidade e destacou a importância da parceria com o Governo do Estado para a execução do projeto no seu município. “A prefeitura está à disposição da Seides e dos pescadores para fortalecer ainda mais esse projeto. Agradecemos muito por esse grande investimento que o Governo do Estado realizou em nosso município. A população de pescadores do Baixo São Francisco precisava de um projeto que incentivasse a piscicultora local”.
O pescador Edivânio dos Santos disse ter ficado muito grato com a participação no projeto. “Só vejo vantagens em participar de um projeto como esse. Recebemos do Governo todo o material necessário para a nossa produção de tilápias, desde os alevinos até esses equipamentos que chegaram agora. Não gastamos um centavo com isso. Não temos do que reclamar, só agradecer e procurar aprender bastante para saber tocar o projeto depois. Estou muito disposto e tenho fé que eu vou ter um salário digno todo mês”.

Fonte: FaxAju/Plenário