A suspenção dos editais do PADCT/CDT – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério de Ciências e Tecnologia, chegou em hora inoportuna e pode atrapalhar bastante os planos dos ranicultores, que vinham embalados com os bons resultados do Projeto Plataran – Plataforma da Ranicultura Brasileira. O corte de recursos para dar continuidade aos projetos cooperativos chega justamente no momento em que estão sendo formados os núcleos de parcerias na qual diversas empresas, universidades e ranicultores manifestaram formalmente seu desejo de participar.
Infelizmente as perspectivas para a continuidade dos trabalhos são incertas, pois o edital do PADCT para os projetos cooperativos, que deveria ser lançados em 1 de junho, foi suspenso e não tem nova data prevista. O PADCT/CDT foi criado pelo governo brasileiro em 1984, fruto de três acordos de empréstimos entre o governo e o BIRD – Banco Mundial, como um instrumento complementar à política de fomento à ciência e tecnologia, estando agora na sua terceira fase. O objetivo principal do CDT – Componente de Desenvolvimento Tecnológico do PADCT III é estreitar as formas de cooperação entre os setores produtores de conhecimentos técnico-centíficos, com universidades, institutos tecnológicos e os setores usuários-empresas. Dois tipos de atividades podem ser financiadas através do CDT: a instalação de plataformas tecnológicas, como foi o caso do Projeto Plataran, e os projetos cooperativos, para apoiar as parcerias que darão suporte ao desenvolvimento da atividade.
Plataformas
O conceito de plataformas, que é inédito no Brasil, refere-se à organização de seminários, grupos de trabalhos, levantamentos e outras atividades, convocados por um setor específico da sociedade, preocupado em mapear a demanda de projetos técnico-científicos pertinentes, promover negócios e formar parceiras.
O Projeto Plataran consistiu de três etapas: o levantamento de campo, o workshop “Plataforma da Ranicultura, ocorrido em abril último e, finalmente, as reuniões especiais, onde identificou-se os interesses dos agentes da cadeia produtiva. Como resultado, definiu-se um conjunto de ações para o fortalecimento das empresas que atuam no segmento de agronegócios da aqüicultura/ranicultura, através da realização de parcerias, visando aumentar a competitividade do setor, ampliando, aperfeiçoando e consolidando a infra-estrutura dos serviços tecnológicos. A esse conjunto de ações deu-se a denominação de PRODERan – Programa de Desenvolvimento Tecnológico da Ranicultura. Através dele, vários projetos serão apresentados, caso hajam recursos disponíveis do PADCT, o que significará um notável avanço na atividade.
Seis núcleos de parcerias foram formados para dar suporte ao PRODERan. São eles:
I – Insumos, Implementos e Equipamentos; II – Sistemas de Integração na Ranicultura; III – Distribuição e Comercialização; IV – Novos Produtos na Ranicultura; V – Capacitação e Formação de Recursos Humanos e, VI – Difusão de Informações.
A seguir as instituições que já manifestaram a intenção de participar como parceiras do PRODERan: Conservas Rubi, Ranário Atibaia Produtos Alimentícios, Aquavale Aqüicultura, J. B. Ferreira Cia. Ltda, Aquamar Cult. e Com., Cooperan-Rio, Ranavit Abatedouro de Rãs, Ranário Ouro Verde, Rander, Mogiana Alimentos, Nutron Alimentos, Revista Panorama da AQÜICULTURA, Recolast Impermeabilizações, Rações Du Milho Indústria e Com., Agribrands Purina do Brasil, Maison Crevette Produtos Alimentícios, Ranajax Import & Export, Ranário Beija-Flor, Centro de Tecnologia em Aqüicultura, Anfigranja Tambiú, Ranário Sete Nascentes; Ranário Beija-Flor, Ranário Ouro Verde, Ranário Vitória, ARES, Universidades Federais: UFBA, UFES, UFF, UFPB, FUFRG, UFV; Universidades Estaduais: UNESP de Botucatú e Jaboticabal; Escola Técnica Colatina; Fundação Arthur Bernardes – FUNARBE; Instituto de Ciência e Tecnologia Maria Tereza.