Atualmente é amplamente reconhecido que o aumento da oferta de pescado em nível mundial se dará a partir da expansão da aquicultura, pois a maior parte da captura marinha e de água doce já ultrapassou os limites sustentáveis. Assim, a contribuição da aquicultura para o atendimento da demanda humana por pescado vem se tornando cada vez mais importante, sendo esta atividade frequentemente mencionada como o setor de produção primária de crescimento mais rápido nas últimas duas décadas. Este crescimento, porém, não pode estar simplesmente direcionado para o aumento da produção, sem que se leve em consideração a responsabilidade social e o respeito ao meio ambiente. Este artigo mostra que os modelos de sistemas de produção aquícola baseados unicamente nos benefícios econômicos, sociais ou ambientais, isoladamente, são inadequados para avaliar a sustentabilidade da aquicultura, sob pena de em muito pouco tempo termos na aquicultura brasileira problemas tão ou mais sérios do que os da agricultura.
Por: Felipe Matias
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