A população do mundo está crescendo a um ritmo constante. A população atual, de acordo com www.un.org, é de aproximadamente 7,6 bilhões de pessoas. Até 2050, espera-se que a população global se aproxime de 9,8 bilhões de pessoas. Examinando mais detalhadamente, veremos que a população mundial está experimentando um aumento líquido de aproximadamente 8.600 pessoas por hora (+/- 208.000 por dia). Se indagarmos o que todas as populações têm em comum, a resposta mais básica e simples será – todos nós comemos!
Em geral, a dieta de um indivíduo depende de vários fatores associados – mas não limitados – à sua localização geográfica e à economia local. Assim, em decorrência do aumento da qualidade de vida em algumas partes do mundo, as pessoas passaram a desejar uma proteína de mais qualidade. Em muitos países, o consumo de peixe é preferível às aves, suínos e bovinos, razão pela qual, em 2012, a produção de peixes criados em fazendas superou a produção de bovinos (Figura 1). Entretanto, é preciso sempre ter em mente que a ideia de consumir peixes e a forma como o pescado se torna parte da dieta de uma pessoa, tem início na captura das espécies aquáticas, seja na natureza ou em uma fazenda de cultivo.
RAS
O sistema de recirculação na aquicultura (ou RAS, abreviação na língua inglesa) é uma prática terrestre, operando quase sempre em ambientes fechados, que permite aos piscicultores um controle completo ao longo do ano sobre todas as condições de cultivo. Como o nome indica, a água é recirculada através dos tanques que abrigam os peixes, passando também por filtros para a remoção de fezes, restos de comida e outros nutrientes, e por outra etapas do tratamento da água para a remoção do dióxido de carbono e a adição de oxigênio (Figura 2).
O uso de RAS deve ser considerado, principalmente, em áreas onde a quantidade de água disponível é baixa ou em projetos onde o custo de aquecimento da água é alto. Nesse sistema é possível obter as melhores condições para gerenciar a alimentação, bem como controlar o ambiente da operação. Em contrapartida, as fezes e os alimentos não consumidos representam uma fonte potencial de poluição da água. Nesse sentido, o uso de alimentos com “qualidade premium” são os mais indicados por reduzirem o potencial de poluição. São alimentos que devem ter as seguintes características:
1. Nutrientes alimentares com altíssima digestibilidade, expostos a um bom cozimento para reduzir o volume de fezes, que devem ser firmes para que possam ser filtradas;
2. Excelente estabilidade à água. Neste sistema fechado, quanto menor a lixiviação de nutrientes solúveis e insolúveis dos alimentos, melhor;
3. Alimentos livres de pós e finos, com pellets com a superfície lisa. Os finos na água devem ser filtrados;
4. Sem vazamento de gordura, o que requer um produto muito bem processado e as vezes recobrimento a vácuo;
5. Alimentos consistentes e estáveis em todos os lotes. Uma qualidade alcançada pele tecnologia de rosca dupla;
6. Taxas de afundamento personalizadas, possível com o uso da tecnologia de rosca dupla acoplada ao BPV;
7. Alimentos pasteurizados para evitar a transmissão de doenças, possível com os controles ETM.
WENGLER AQUAFLEX
O Wenger AquaFlex equipado com o Wenger HSC, um condicionador de alto cisalhamento, tem a capacidade de produzir alimentos extrusados em tamanhos muito pequenos, da ordem de 0,5 mm. Como o nome sugere, o AquaFlex pode produzir produtos que flutuam e afundam com tamanhos que variam de 0,5 a 15 mm, com rendimentos que variam de 1.000 a 12.000 kg/h, dependendo do tamanho dos produtos que estão sendo produzidos. O uso da avançada tecnologia de rosca dupla oferece as melhores opções para a produção de alimentos de alta qualidade, duráveis e com excelente estabilidade na água, portanto, perfeitas para serem utilizadas em sistemas RAS.
O Wenger HSC é um condicionador especialmente projetado para atender determinadas aplicações de alimentos aquáticos. As altas velocidades do eixo criam misturas dispersivas e distributivas. O Wenger HSC é um projeto cônico de eixo único, que permite maior cisalhamento à medida que o alimento flui da entrada, de maior volume, até a saída, com menor volume. Além disso, com o aumento dos contatos dos batedores – em comparação com a tecnologia mais antiga -, é possível observar uma mistura eficaz e um coeficiente de variação (CV) muito baixo <2,5%. Ao atingir um CV baixo, é possível hidratar e aquecer o alimento para que a extrusora opere de forma muito uniforme.
Para máxima flexibilidade na produção de ração, também é possível equipar o AquaFlex com o Wenger HIP, um Pré-condicionador de Alta Intensidade. Para alimentos que exijam umidade do processo maior que 27% ou conteúdo de gordura interna maior que 15%, essa configuração é a opção certa.
