Parasita exótico pode ser um risco para a
natureza e prejudicar a pesca e a aqüicultura no Brasil
Por: Ricardo Y. Tsukamoto
Bioconsult
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Os apreciadores da cozinha japonesa receberam um choque no mês de março, com a divulgação de que consumidores de peixe cru (sushi e sashimi) foram contaminados por um parasita intestinal até então desconhecido no Brasil1. Aquela comunicação inicial para o Estado de São Paulo foi seguida de outros relatos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará. Uma semana depois, o Brasil passou ainda à posição de contaminador internacional, com a divulgação de que um turista holandês fora infectado ao passar por São Paulo. A conclusão do boletim internacional era: “…os médicos [do mundo] devem estar alertas para difilobotríase em pacientes com histórico de viagem recente ao Brasil”2. E assim, de uma hora para outra, o Brasil passou a ser um vilão internacional, por conta de uma enfermidade que jamais havia sido detectada no seu meio ambiente.
A resposta do governo federal veio tímida através de um comunicado conjunto emitido pelos Ministérios da Saúde (MS), da Agricultura (MAPA) e da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR)3, minimizando as conseqüências médicas do parasitismo, justificando, de forma até curiosa, que “…não há necessidade de obrigar que todo pescado importado seja congelado…” – apesar da origem do parasita não ter sido oficialmente reconhecida pelo governo. Com isso, o assunto foi aparentemente encerrado pelas autoridades brasileiras, sem que fossem tomadas medidas concretas para deter o avanço da enfermidade. O certo é que tanto o peixe cru, quanto o defumado a frio e a quente (se o calor for insuficiente), e os marinados incompletos (ceviche, etc.) podem apresentar o parasita.
Há, porém, em todas as discussões sobre a difilobotríase, um importante detalhe que em nenhum momento foi mencionado, e que tampouco chamou a atenção do Ministério do Meio Ambiente: caso o parasita, uma espécie exótica, venha a se estabelecer futuramente por aqui, poderá causar sérios danos ao meio ambiente (espécies nativas), bem como grandes prejuízos aos setores da pesca e aqüicultura e, às populações tradicionais, como já ocorreu na América do Norte. Por isso, não se pode ignorar o impacto ambiental possível com este parasita exótico, que o governo vem desdenhando. Como esta discussão parte de um biólogo do setor aquático e não de um parasitologista, não serão aqui abordadas as implicações médicas e veterinárias, de Saúde Pública, ou as decorrências políticas do problema.
Que parasita é este?
O parasita constatado nos pacientes é o Diphyllobothrium latum1, 7, que se pode referir em português como difilobotrium. A espécie foi identificada através da morfologia dos ovos e do adulto, além de microscopia eletrônica e, atualmente, por análise de DNA4.
O Diphyllobothrium latum é a principal espécie de tênia de peixe a parasitar o ser humano, a partir de um hospedeiro intermediário representado por peixes de água doce ou migradores entre água doce e mar, como os salmonídeos. É ainda, o parasita mais longo a infestar o homem, tomando a forma de uma fita com até 25 metros de comprimento por 1,5 a 2 cm de largura, constituída por mais de 4.000 segmentos (proglótis)6. Um indivíduo desta espécie pode permanecer no homem por até 30 anos6, em contraste com as outras espécies do gênero, que geralmente duram menos de um ano. É hermafrodita e produz ovos um mês após infectar o homem6, fazendo com que cada pessoa infectada passe a eliminar em suas fezes, de 20 a 40 milhões de ovos da tênia por dia5. A maior parte das pessoas infectadas não apresenta sintomas específicos, além de eventual desconforto intestinal, de modo que apenas uma parcela dos pacientes procura voluntariamente o atendimento médico. Este baixo reconhecimento impede a erradicação do parasita em populações humanas. Detalhes deste parasita estão disponíveis em sites brasileiros da Internet7,10.
Aonde existe o parasita?
Doze espécies de difilobotrium no mundo podem parasitar o homem8, sendo D. latum a mais importante. Esse parasita é originário da Europa e Ásia, tendo sido introduzido por imigrantes europeus nas Américas do Norte e do Sul (veja revisão em 5). Na América do Sul, o D. latum já havia se estabelecido no ambiente lacustre local em 1919, no Chile8, e em 1952 na Argentina5. Esta espécie estava restrita, na América Latina, àqueles dois países e ao Peru. Apenas duas outras espécies de difilobotrium ocorrem na América Latina – D. dendriticum, espécie também introduzida da Europa, e D. pacificum, uma espécie marinha, cujo hospedeiro definitivo é o lobo marinho. Ambas as espécies ocorrem no Chile e Perú. Portanto, na América Latina, jamais se encontrou difilobotrium nos países banhados pelo Oceano Atlântico, ou em peixes de água doce ou marinhos deste oceano.
Um especialista brasileiro em cestódeos de peixes9 confirma que o Diphyllobothrium não existe no meio ambiente do país. Porém, ainda assim, se hipoteticamente houvesse contaminação por difilobotrium nos peixes produzidos e capturados no Brasil e fartamente consumidos crus na culinária japonesa (atum, tilápia, robalo, linguado, pargo, tainha e alguns outros), obrigatoriamente teria sido registrada a incidência de contaminação ao longo do tempo – e isso jamais ocorreu. Uma espécie marinha de difilobotrium, como D. pacificum, também não poderia ocorrer aqui, uma vez que não temos uma população estabelecida de lobos marinhos em nossa costa. Desta forma, é extremamente improvável que esta infestação por difilobotrium largamente divulgada na imprensa, tenha ocorrido a partir de peixes brasileiros, só podendo ter origem em peixe de outra procedência. Assim, o único peixe a se encaixar neste modelo é o salmão cultivado no Chile, que é importado cru (resfriado) em grande volume, em razão do custo mais baixo deste produto minimamente processado. Porém, para discutir como o processo de cultivo do salmão pode levar à contaminação no Brasil, devemos conhecer o fator mais importante a condicionar qualquer infestação – a existência de hospedeiros adequados.
Os hospedeiros – determinantes para o sucesso do parasita
D. latum é a espécie de tênia de peixe de importância médica e zoonótica mais difundida no mundo, devido à sua capacidade de colonizar uma ampla variedade de hospedeiros intermediários (microcrustáceos e peixes) e definitivos (mamíferos)5. O ciclo de vida desta espécie foi revisado em detalhes11 e ilustrado em várias publicações e na Internet7,10, de modo que não será aqui abordado. Importa saber que o ciclo de D. latum depende obrigatoriamente de uma seqüência de três hospedeiros, sendo dois intermediários e um definitivo.
Primeiro hospedeiro intermediário
Os ovos de difilobotrium eliminados nas fezes de mamíferos eclodem em água doce ou levemente salobra sob temperaturas de 4 a 25º C e liberam a larva coracídeo. Esta larva é ingerida por um microcrustáceo copépode, e se estabelece como parasita dentro dele, até ocupar cerca de 1/3 do corpo do hospedeiro. Um grande número de espécies de copépodes pode atuar como hospedeiro, o que já foi demonstrado experimentalmente em mais de 40 espécies de copépodes das Ordens Calanoida e Cyclopoida11. Um importante
lago do sul do Chile (Lago Paguipulli) contém apenas duas espécies de copépodes, uma das quais atua como hospedeira do D. latum, e na qual 73% dos copépodes foram infectados pelo parasita em testes de laboratório 12. Em contraste, os corpos d´água do Brasil contém uma variedade muito maior de copépodes do que nesse lago. São conhecidas no país, 47 e 29 espécies de copépodes Calanoida e Cyclopoida, respectivamente, num total de 76 espécies potenciais como hospedeiros13. A densidade mínima de hospedeiro para infestação na natureza é estimada em um copépode por litro11, mas a densidade usual nos corpos d´água do Brasil é comumente de 10 a 100 vezes maior que tal requisito mínimo. Portanto, nos aspectos de temperatura, de copépodes hospedeiros potenciais e de densidade de hospedeiros, não haveria impedimento para a colonização dos corpos d´água do Brasil pelo D. latum.
Segundo hospedeiro intermediário
Um peixe que se alimenta de zooplâncton durante toda a vida ou nas fases larval/juvenil ingere o copépode infectado. A larva do difilobotrium se transfere para o corpo do peixe, transformando-se numa larva plerocercóide, que se espalha por diversos órgãos do corpo. Caso o peixe infectado seja comido por um peixe maior, o parasita passa para o novo peixe11. A tolerância à infecção varia conforme a espécie de peixe – há espécies que suportam um grande número de larvas no corpo, enquanto outras podem morrer com 1 ou 2 larvas6. Os peixes salmonídeos são os hospedeiros secundários mais conhecidos, porém, espécies de outras famílias também podem ser infestadas pelo D. latum. Em lagos importantes do sul do Chile, observou-se, por exemplo, que das 11 espécies de peixes autóctones (nativos) analisadas de diversas famílias, sete estavam parasitadas, com incidência de até 50% da população de uma das espécies14. Também na Argentina se verificou a infestação de espécie nativa15. Portanto, os corpos d´água brasileiros, com sua ampla biodiversidade, certamente apresentam numerosas espécies de peixes hospedeiros potenciais para o D. latum.
Hospedeiro definitivo
Uma grande variedade de mamíferos que podem atuar como hospedeiros definitivos do D. latum, apresenta baixa especificidade neste sentido11. O homem é um dos principais hospedeiros, além de seus animais domésticos (cão, gato e porco). Animais selvagens carnívoros (urso, raposa, racoon, etc.) também são infestados, e em vários países podem atuar como dispersores e mantenedores da infestação na natureza5. Na Argentina, 30% dos animais selvagens carnívoros observados estavam infectados por D. latum, sendo que na família Procianidae (do quati, mão pelada, etc.) 60% dos indivíduos estavam infectados16. Portanto, caso o D. latum venha a se estabelecer no Brasil, poderá ser propagado, além de no homem e seus animais domésticos, em animais selvagens que se alimentam de peixes, como a lontra, ariranha, onça pintada, cachorro do mato e os citados acima.
A origem provável do surto no Brasil
As evidências indicam que o salmão seja a fonte mais provável do surto de difilobotríase no Brasil. O salmão do Atlântico, Salmo salar, é uma espécie cultivada em larga escala no sul do Chile. Na fase juvenil, o salmão é obrigatoriamente criado em água doce até se tornar fisiologicamente apto a tolerar água salgada (fase smolt). Por isso, o salmão juvenil é criado em tanques-rede nos grandes lagos de água doce do sul do Chile, localizados na famosa Região dos Lagos daquele país. Tais lagos estão infestados por D. latum5, 17, e o problema é considerado sem solução pelo governo chileno. Como os tanques-rede são totalmente abertos à circulação da água do lago, durante os 8 a 10 meses em que são mantidos no lago, o salmão juvenil tem a chance de adquirir o D. latum ao ingerir um copépode ou peixinho infestado que passe por perto. Na Europa, foi observada infestação do Salmão do Atlântico por difilobotrium no cultivo dos juvenis em tanques-rede em lagos18, em condição similar à do cultivo no Chile. O parasita se mantém no salmão infestado durante a fase de crescimento no mar, até o abate.
Como o salmão é eviscerado antes da exportação, a maior parte dos parasitas é eliminada no processo, restando os poucos parasitas que estiverem na musculatura. Pela incidência verificada da difilobotríase nos consumidores brasileiros, pode-se supor que um filé de salmão estaria contaminado entre 1.000 a 5.000 filés. Por isso, uma amostragem usual dos filés (10 a 50 filés) não alcançaria a proporção estatística para que se detecte o parasita no músculo. Assim, um resultado negativo na amostragem não significa ausência de infestação no salmão.
Impactos ambientais e sociais no Brasil
As condições ambientais e de hospedeiros no Brasil apresentam um bom potencial para o estabelecimento do difilobotrium na natureza. Com base nas constatações em outros países, as populações das espécies de peixe mais susceptíveis poderão ser reduzidas ou desaparecer, e os mamíferos carnívoros poderão ser intensamente afetados. O ciclo do parasita poderá se perpetuar mesmo nos locais sem humanos, ao reunir copépodes, peixes e mamíferos selvagens.
Em meados da década de 1990, na região dos Grandes Lagos, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, a infestação por difilobotrium foi tão intensa nas vísceras e músculos dos peixes, que eles se tornaram imprestáveis para o consumo humano, e portanto, não vendáveis. Isto provocou problemas financeiros para os pescadores indígenas11, 19.
Atualmente, o D. latum ocorre em águas mais frias do que as existentes na maior parte do Brasil. Porém, se a larva se desenvolve a até 25ºC e o adulto vive durante décadas a 36ºC (temperatura do corpo humano), provavelmente exista capacidade de tolerar temperaturas mais altas. Além disso, pode ocorrer seleção natural que adapte a espécie para temperaturas mais elevadas. A soja é um exemplo de espécie originalmente de temperaturas baixas, mas que foi rapidamente selecionada (pelo homem) para áreas tropicais. O peixe tucunaré, originalmente tropical da Amazônia, vem se estabelecendo naturalmente em águas cada vez mais frias, já tendo atingido a Região Sul do Brasil.
A carência de saneamento amplia o risco do difilobotrium no Brasil, uma vez que as fezes humanas são lançadas sem tratamento nos cursos d´água, criando excelentes condições para fechar o ciclo do parasita. O país trata apenas uma pequena parte do seu esgoto (cerca de 10% do total). Dentre os poucos tratamentos de esgoto implantados, o processo mais comum de tratamento é por meio de Lagoas de Estabilização – extensos tanques de terra, semelhantes aos de aqüicultura. O esgoto municipal entra na lagoa, onde fica estocado entre duas a quatro semanas sendo decomposto por bactérias, fitoplâncton e zooplâncton, e depois é lançado no rio mais próximo. O zooplâncton destas lagoas contém altas densidades de copépodos pertencentes às famílias hospedeiras do difilobotrium. Os tanques de piscicultura e lagos naturais também são ricos neste tipo de microcrustáceo. Infelizmente, a quase totalidade dos tratamentos de esgoto por lagoa não faz a desinfecção posterior do efluente, antes de descartar no rio. Por isso, os parasitas já hospedados dentro dos copépodes seriam lançados viáveis na natureza, a partir de uma “criação” feita sob medida para eles. Tal criação reúne diretamente as milhões de larvas de difilobotrium provenientes das fezes da população humana com os copépodes continuamente gerados nas lagoas, para fornecer alimento contaminado para os peixes daquela Bacia Hidrográfica. Como o difilobotrium já foi constatado em pessoas das Regiões Sudeste e Nordeste, a natureza possivelmente já está recebendo o parasita veiculado na forma apropriada à infecção.
Em conclusão, o descaso das autoridades brasileiras da Saúde, da Agricultura, da Seap e do Meio Ambiente deixou livre o comércio de peixe contaminado com difilobotrium viável. Caso o parasita venha a se estabelecer na natureza do Brasil, as conseqüências serão graves e a infestação é irreversível. Espécies nativas de crustáceos, de peixes e de mamíferos serão afetadas. Não se decidiu a quem caberá a descontaminação periódica da população humana, especialmente em locais ermos. Além disso, as atividades de pesca e a aqüicultura poderão ser permanentemente prejudicadas, tanto na sua produção quanto na imagem do pescado produzido pelo país, o que é justamente o contrário daquilo que os aqüicultores brasileiros desejam.
Referências bibliográficas:
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www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/peixe_cru.pdf
(11) von Bonsdorff, B. & Bylund, G.. 1982. The ecology of Diphyllobothrium latum. Ecology of Disease, 1(1): 21-26.
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(17) Verificar os numerosos trabalhos publicados por Patrício Torres, da Universidade Austral do Chile, em Valdivia.
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