Universidade e empresa espanholas estudam a criação do pirarucu

15/8/2013

Valencia, Espanha – Pesquisadores em Ciências do Mar da Universidad Católica de Valencia “San Vicente Mártir” (UCV) estão atualmente estudando em conjunto com a empresa Valenciana de Acuicultura (VASA), a criação intensiva do pirarucu (Arapaima gigas), um peixe amazônico que pode alcançar três metros de comprimento e pesar cerca de 250 quilos.

Este projeto de pesquisa, que inclui também outras espécies, como a enguia e a tilápia, é financiado pela Generalitat Valenciana como um projeto emergente e é dirigido por Jerónimo Chirivella, professor da Facultad de Veterinaria e Ciencias Experimentales da UCV, e Rodolfo Barrera, diretor geral da VASA e presidente da Associacion Empresarial de Productores de Cultivos Marinos (APROMAR).

O pirarucu é o segundo maior peixe de água doce do mundo e atualmente “está ameaçado pela sobrepesca, tornando tão interessante sua reprodução em cativeiro, para proteção da espécie”, disse o professor Chirivella.

A carne do pirarucu, que também é conhecido como paiche, “é muito apreciada, nos mercados locais da América do Sul e do Extremo Oriente, o que determinou um grande aumento de sua captura nas últimas décadas”, acrescentou o professor.

Da mesma forma, o interesse desta espécie para a aquicultura intensiva “está em seu rápido crescimento, mais de 10 kg por ano, e seu desempenho quando processado que alcança mais de 51 por cento de carne”, afirmou Barrera.

Assim, a empresa VASA, com instalações na cidade valenciana de Puçol, começou a cultivar o pirarucu “em circuito fechado, uma vez que se trata de uma espécie equatorial exótica que requer temperaturas elevadas entre 26 e 29 graus Celsius” para sobreviver, posto que “em ambiente natural morreria rapidamente de frio”, esclareceu Barrera que também é veterinário especialista em aquicultura.

Este projeto de pesquisa entre a UCV e Valenciana Acuicultura, que começou há alguns meses, inclui o estudo de potenciais patologias e o desenvolvimento de protocolos profiláticos que preservam a saúde e o bem-estar destes peixes durante a sua criação.

Segundo o professor Chirivella, a produção do pirarucu em cativeiro “supriria o comércio internacional deste peixe, o que aliviaria a pressão sobre as populações selvagens e ajudaria a conservação da espécie em seu ambiente natural”.

Fonte: Aquahoy

http://www.aquahoy.com/noticias/peces/20581-universidad-y-empresa-espanolas-estudia-la-crianza-de-paiche